Leiloada - Contrato de Casamento romance Capítulo 55

CAPÍTULO 55

Assumir a Empresa? Não, Obrigada.

Narrado por Gael

A gente não é aquilo que fala, mas aquilo que faz.

— O teu pai cada dia que passa está pior — a minha mãe se queixa.

Vim a casa mais cedo, cheguei na quinta feira, estou cá há dois dias e para não variar, o meu pai só sabe resmungar.

Desde que cheguei, já repetiu as coisas várias vezes, está muito esquecido e repetitivo e a minha mãe disse que está um pouco mais agressivo.

Ele entra na sala onde nós dois estamos e traz uma novidade, até para a minha mãe.

Pára na porta e me encara, encurtando o seu olhar para mim.

Vira o rosto para a minha mãe e está enfurecido.

— QUEM É ESTE MARMANJO? E O QUE ELE FAZ AQUI NA MINHA CASA, AQUI SOZINHO CONTIGO? MAS QUE MERDA DE POUCA VERGONHA VEM A SER ESTA? — ele grita descontrolado.

Por breves instantes, nem percebemos o que ele está para ali a falar.

— Jack? — ela diz se levantando do sofá — O que raio tu estás para aí a falar?

— DELE. — fala apontando para mim.

Caralho, mas ele está louco?

— É ELE O TEU AMANTE? FALA SUA TRAIDORA, FALA.

— Pai, mas que estás para aí a falar? Tens noção do que estás a dizer à mãe?

Ele olha para mim e vejo o seu ódio que ainda agora estava estampado no seu rosto, se desvanecer.

Ele coloca ambas as mãos na cabeça e abana a mesma.

— Eu, eu… eu não sei o que me deu, desculpem.

Eu e a minha mãe trocamos olhares intrigados e assustados.

Mas o que se passa com o meu pai?

Vou na sua direção e o abraço.

Ele fica parecendo uma estátua, eu o largo ele vira as costas e sai da sala de cabeça baixa.

Olho para a minha mãe.

— Mãe, alguma coisa grave se passa com o pai.

Ela suspira e volta a sentar.

— Eu sei meu filho, mas ele não quer ir ao médico, diz que se sente bem, que está ótimo, mas depois tem estes momentos de loucura, mas nunca teve um ataque destas dimensões.

— O pai tem que ser visto por um médico, pelo que tu contaste ele tem vindo a piorar.

— Sim, tem. Ele nem foi ao escritório esta semana, temo que temos que arranjar alguém competente para ficar à frente da empresa, Gael.

— Mãe, não estejas com dicas, porque eu não vou assumir o cargo na empresa do pai, tu sabes que eu estou a fazer a minha vida em Odense, estou a preparar lá a minha empresa.

— Eu sei filho, mas e a empresa do teu pai? Quem vai ficar à frente dela? Tu sabes que o teu pai sempre deu a vida por aquela empresa.

— Eu sei, mas deixei bem claro a minha posição em relação a isso, eu não vou abrir mão dos meus sonhos, por causa dos sonhos do pai ou seja de quem for mãe, tu sabes isso. E não é estar a ser egoísta, como sempre ouvi o pai falar, não é mesmo, eu quero é fazer o que eu gosto, e o negócio das jóias, não é mesmo a minha praia.

Volto para Odense no domingo à noite, foram 4 dias bem cansativos. Eu sei que os meus pais precisam de mim, e sei bem que o meu pai está doente, as ações dele, não são normais.

Depois daquele ataque de histerismo que ele teve, nesse mesmo dia à noite, não se lembrava de nada do que se passou.

Não sei o que se passa, mas vou ter que descobrir.

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