Resumo do capítulo Chapter 65 Quem Ele Pensa Que Eu Sou? de Leiloada - Contrato de Casamento
Neste capítulo de destaque do romance Erótico Leiloada - Contrato de Casamento, Sandymary apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
CAPÍTULO 65
TRÊS SEMANAS DEPOIS
Alemanha, Zehlendorf
Quem Ele Pensa Que Eu Sou?
Narrado por April
Nunca deixes ninguém se sentir confortável enquanto te desrespeita.
Gael me pediu para vir com ele à casa dos seus pais na Alemanha, mais precisamente em Zehlendorf.
O estado do seu pai piora a olhos vistos.
Chegamos à mansão onde eles moram e está uma bonita mulher à nossa espera na enorme porta, presumo que seja a sua mãe, pois vejo semelhanças neles os dois.
Saímos do carro e vejo que a sua mãe que me é apresentada como Elise, me olha com um ar estranho, tenta disfarçar, mas eu sou muito perspicaz e percebo o seu nervosismo.
Entramos na casa e ela nos leva para o que eles chamam de salão de chá.
É realmente um salão bonito e muito bem decorado.
Uma senhora com um rosto simpático vestida com um uniforme de empregada, entra com uma bandeja.
Ela dá os bons dias e deposita o conteúdo da bandeja em cima de uma mesa baixa, que está no nosso meio e sai.
— Então, April, tu és a namorada do meu filho? — a mãe do Gael pergunta, pegando num bolinho.
— Sim, namoramos há uns meses, poucos meses — a informo.
Não sei o que o Gael contou e nem combinamos nada, por isso não falo nada fora do normal.
Gael assente com a cabeça e muda de conversa rapidamente.
— E o pai? Como está?
Elise olha de imediato para mim, como a tentar perceber o que pode falar.
Gael percebe.
— Mãe, a April sabe de tudo, foi ela que me disse o que achava que podia ser.
Elise volta a olhar para mim
— Então és tu, a estudante de Medicina? — ela pergunta.
— Sou sim senhora. — respondo.
Por alguma razão, esta mulher não me inspira a mínima confiança.
— Ele tem estado melhor? — Gael volta a perguntar
— Ai Gael, o teu pai tem estado uns dias bem, outros dias mal, todos os dias há uma novidade. Repete as coisas montes de vezes e quando eu lhe digo que ele já disse aquilo, fala que eu estou a fazer ele de maluco.
— E como está a correr lá na empresa?
— Tive que subir o Jeffrey de posto, depois de uma reunião com todos, foi unânime que fosse ele a ocupar o cargo do teu pai.
— Mas é uma excelente escolha, Jeffrey é esforçado e muito profissional.
— Mas continua a partilhar tudo comigo, aquilo é nosso, Gael.
Ele revira os olhos.
— Já falamos sobre isso mãe, eu não vou me meter nos negócios da empresa do pai.
Nisto, a porta do salão de chá abre e um homem entra.
Apesar dos seus quase 70 anos, vê-se que foi um homem muito bonito.
— Bom dia. — ele nos cumprimenta e nós nos levantamos.
Chega perto de nós e abraça o Gael.
— Meu filho, que saudades tuas.
E é no meio do abraço que ele está a dar ao filho, que ele levanta o seu olhar para mim.
O seu olhar muda de imediato.
Afasta-se do Gael quase o empurrando, e me olha com os olhos cheios de surpresa, terror e ódio, tudo misturando.
— MAS O QUE É QUE ESTA IMPRESTÁVEL, ESTÁ AQUI A FAZER NA MINHA CASA.
Ele grita tresloucado.
Eu entro em pânico.
Mas porque merda ele está a gritar para mim.
Gael está visivelmente assustado.
— Pai, o que estás a fazer? Esta é a April, a minha namorada. — ele tenta chamar o pai à razão.
Mas eu acho que a razão já abandonou este homem.
Tento me acalmar, afinal de contas o pobre homem sofre de Alzheimer.
— NÃO, ELA NÃO É QUEM TE DIZ SER Gael. — diz, alternando o seu olhar entre mim e o seu filho.
Abaixa a voz e diz perto do rosto do Gael.
— Ela diz isso para te enganar, ela quer se vingar de mim filho. Não deixes, eu fiz o que tinha que ser feito, a mãe dela enganou-me, me traiu e depois fez eu acreditar que ela era minha filha. — volta a olhar para mim com ódio — MAS NÃO ERA, NUNCA FOI. — volta a gritar.
— JÁ CHEGA, JACK. — a mãe do Gael, grita aborrecida.
— NÃO, NÃO. Elise, — ele a chama baixando a voz — tu a conheces, tu sabes que é ela, não podemos deixar ela enganar o nosso filho. — ele fala agarrando no braço dela.
Mas que merda de conversa sem pés nem cabeça. Mas quem ele na sua mente, pensa que eu sou quem afinal?
Numa prateleira próxima vejo fotos, vejo o Gael em criança, claramente é ele, são as mesmas feições bonitas e delicadas dele. Em outra, vejo ele em cima de um potro e sorri, tem também uma com os seus pais na Disneyland e mais algumas com outros familiares.
Nesse momento a porta abre e eu tento me sentar na cama.
— Princesa, como te sentes? — ele pergunta, extremamente preocupado.
Senta-se ao meu lado e agarra a minha mão.
— Desculpa, não sei o que se passou, acho que me enervei demais. — digo confusa.
— Não era para menos, e eu é que tenho que te pedir desculpa, o meu pai teve uma atitude insana. — ele fala envergonhado.
— Há aqui qualquer coisa estranha Gael, o teu pai chamou o nome da minha mãe.
Gael baixa a cabeça.
— Eu não sei explicar isso, perguntei à minha mãe, mas ela não quis falar sobre o assunto, virou as costas e não a vi mais, fechou-se no quarto com o meu pai.
Ficamos um pouco em silêncio.
— Gael, eu não quero ficar aqui na tua casa. Eu sei que disse que vinha contigo e ficaria o fim de semana, mas eu não vou ficar não. Tudo aqui me arrepia, a tua mãe mal me viu olhou estranho para mim e depois o surto do teu pai, eu não me sinto bem aqui.
Ele me abraça.
— Eu compreendo, minha linda. — ele fala calmo — Eu vou te levar de volta e venho tentar perceber o que se passa, pode ser assim?
— Leva-me só até ao aeroporto, eu apanho o avião, não precisas de ir comigo.
— Ok, como quiseres.
Dá-me um beijo nos lábios.
Nem me despedi de ninguém, os pais do Gael continuavam fechados no quarto deles.
Entramos no carro que está mesmo de frente para a enorme mansão, é uma mansão bonita.
Gael liga o carro, pronto para arrancar.
— Merda. — diz a procurar alguma coisa.
— O que foi?
— Devo ter deixado a carteira lá dentro, vou buscar, volto já.
Gael sai do carro o deixando ligado.
Sobe a escadaria e desaparece dentro de casa.
Eu fico ali a olhar de frente para a mansão, e num ato sem pensar, tiro o meu telemóvel, aponto para a mansão e tiro uma foto.
Gael sai logo de seguida com a carteira na mão e eu arrumo o telemóvel na minha bolsa.
— Já estou pronto. — fala ao entrar no carro a sorrir.
E saímos dali, e eu vou me sentindo mais aliviada ao me afastar cada vez mais daquela casa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Leiloada - Contrato de Casamento
Eu ameiiii...
Pode por favor, exibir a continuação do livro ? 🙏🏾🙏🏾😢...
Se puderem providenciar em PDF agradeceria muito...
Estou no capítulo 51 gostaria de ver o livro completo...
Boa tarde estou no capítulo 24 e adoraria o livro completo em PDF...
Queria tanto a continuação 🥹🥹🥹...