Leiloada - Contrato de Casamento romance Capítulo 69

CAPÍTULO 69

Eu Ajudo-te

Narrado por Liam

A palavra impossível foi inventada por alguém que desistiu.

— Mas que história arrepiante, Gael. — eu falo transtornado.

— Nem me digas nada Liam, eu estou chocado em saber o que os meus pais tiveram a coragem de fazer. Agora diz-me como eu vou encarar a April? Como eu vou encarar a mãe dela? — ele pergunta desesperado.

— Quem fez a merda foram os teu pais, não tu. Tanto a April como a Senhora Alyson vão perceber isso.

— E se não perceberem? Eu não quero sair da vida da April, Liam.

— E não vais sair da vida da April, se for preciso eu ajudo-te, eu também não quero que saias da nossa vida, a nossa relação só faz sentido por sermos três, nós os três. E eu quero isso, para sempre.

Gael me abraça.

— Obrigado amigo, que era da minha vida sem vocês.

— Uma grande seca, te digo.

Nos afastamos um do outro e rimos.

— Vamos falar com a April e depois podemos falar com a Senhora Alyson, ela está aqui em Odense. — digo para ele.

Gael está assustado com a possibilidade de perder a April.

— Só espero que seja mesmo como tu dizes e que elas percebam. — ele diz.

Patrícia

Narrado por Brian

Não importa o que decides. O que importa é que isso te faça feliz.

— Brian, a sua esposa está ao telefone. — Patricia diz, visivelmente incomodada.

— Passa por favor.

Ela sai batendo com a porta atrás de si.

O telefone em cima da minha secretária toca.

— Aly, está tudo bem? — pergunto preocupado.

— Tu não atendes o telemóvel, tive que ligar para a empresa. — ela diz aborrecida.

Olho para o meu telemóvel e percebo que está no silêncio.

— Esqueci de lhe colocar som depois da reunião.

— Vais a casa este fim de semana? — ela pergunta.

— Sim, conta comigo.

— Eu estou em Odense, mas volto para casa na sexta-feira.

Falamos mais umas tantas coisas aleatórias e desligamos.

Suspiro depois de desligar.

Batem à porta e a Patrícia entra.

— Percebi que já tinha desligado. Estão aqui os papéis que me pediu para assinar — ela estica os papéis para mim.

— Porque me estás a tratar com essa indiferença, Patrícia? — pergunto segurando nos papéis.

— Porque o Brian é meu patrão, e as outras secretárias já começam a falar e a dizer que existe qualquer coisa entre nós os dois, ora como não existe nada, não vamos dar asas para falarem ainda mais, e ainda por cima coisas que não correspondem à verdade.

— Já falamos sobre isso, Patrícia, eu sou casado e por muito que tu mexas comigo, mas eu amo a minha esposa, não a enganaria por nada deste mundo.

— Hum, sei. Eu mexo consigo, mas o Brian ama a sua mulher. Isso é estranho.

— Pode ser Patrícia, mas a Alyson sempre foi uma excelente esposa, eu não tenho o que dizer dela.

— Que bom para si. — ela vira as costas — Espero que continue a ser feliz, digo isto de coração mesmo.

Ela abre a porta e sai.

Bufo irritado.

Patrícia chegou aqui à empresa há cinco meses atrás, para ser uma das minhas secretarias, já tinha duas, mas com a demanda de trabalho a crescer cada vez mais, tive necessidade de arranjar mais uma.

Mas desde o início que nos entendemos muito bem e ela é a que trabalha mais diretamente comigo, e isso também acabou por nos aproximar mais.

Já quase nos beijamos e ela mexe comigo de uma maneira insana, mas nunca me atreveria a trair a Aly, nem pensar.

Fiz um juramento de lealdade e o vou cumprir enquanto estiver com ela.

Amo a Aly e sempre vou amar, mas por muito que eu tente não admitir, mas eu vir para Zurique nos afastou irremediavelmente, porque eu vou continuar a trabalhar aqui e a nossa relação esfriou e também passamos muito tempo sem nenhum contacto físico.

Eu sinto vontade de foder e não o faço, só mesmo quando estou com a Aly.

Não sei o que fazer.

Estou perdido aqui nos meus pensamentos, quando voltam a bater na porta.

Patrícia entra de novo com um envelope na mão.

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