Lembranças das noites quentes de verão Conversa em família (II)

- Ok, mas não se preocupe que a levo em casa. Assim eu aproveito e vejo Yuna. – Falou, um pouco sem jeito.
- Tudo bem. Obrigado mais uma vez. Vou passar por mensagem o endereço da escola e avisar a professora que você irá buscá-la.
- Ok. E boa sorte para vocês com J.R. Ele está uma fera.
- Imagino.
Charles desligou o telefone:
- Satisfeita com a minha solução?
- Muito, muito satisfeita – o abracei – Porque você é o homem mais especial do mundo inteiro.
- Eu sei. – Ele retribuiu o abraço, rindo.
- Eu amo você, “el cantante”.
- E eu amo você, garotinha... E nossas meninas também. Vou compor uma música para a bebê.
- Ela nem nasceu ainda. – Comecei a rir.
- Quero que ela me ouça de dentro da sua barriga – ele ajoelhou-se na minha frente e tocou meu ventre – Olá, pequena. Eu sou seu pai. Quero que saiba que você é muito esperada aqui fora. E que foi feita num momento especial, de muito amor. Não tem noção de quanto tempo esperei pela sua mãe... E você nasceu deste reencontro.
Toquei a mão dele que acariciava minha pele e encarei-o:
- Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, Charles. Não sei como consegui sobreviver quase seis anos longe.
Ele levantou e olhou no relógio:
- Agora vamos. Porque não quero correr. Este horário tem muito movimento na autoestrada.
- Vamos. – Confirmei, pegando a mão dele e partindo em direção à J.R Recording.
Chegamos na gravadora dez minutos antes do horário marcado. Quando entrei na recepção do prédio, já estava sendo esperada. A atendente me mandou subir direto.
Enquanto o elevador sem encaminhava em direção ao décimo andar, Charles perguntou:
- Como está se sentindo?
- Bem. Eu só quero a verdade... Nada mais.
- Chegou sua hora, meu amor.
- Nossa hora! Preciso saber se foi ele ou Mariane que armou tudo para sua prisão.
- Acha mesmo que ele vai confessar?
Sim, eu tinha esperanças. Porque a tal Tábata Deoli, que mentiu toda a situação, não se pronunciou depois do apelo de Charles em rede nacional.
Quando chegamos ao andar, a secretária já nos esperava.
- Poderia aguardar um pouco, senhorita Rockfeller? O senhor J.R está com sua irmã neste momento.
Não, não vou aguardar. Ela pode estar presente na conversa também. Aliás, é ótimo que ela esteja
tentou me segurar, mas não conseguiu, pois puxei meu braço imediatamente, passando pela secretária e indo diretamente à porta, abrindo-a sem ser anunciada. Foi quando peguei parte de uma discussão acalorada entre meu pai e
dois calaram-se imediatamente assim que me viram. Mas era perceptível que estavam
O que faz aqui? – Mariane encarou-me, olhando em seguida para Charles, atrás
marquei com nosso pai. Ele não lhe disse? –
Ela olhou para J.R:
Não acredito que vai recebê-la. Não deveria sequer aceitar a presença dela nesta empresa, depois de tudo que ela
Charles para o lado de dentro do escritório e fechei a
Ele não fica. – J.R apontou para