- Ok, mas não se preocupe que a levo em casa. Assim eu aproveito e vejo Yuna. – Falou, um pouco sem jeito.
- Tudo bem. Obrigado mais uma vez. Vou passar por mensagem o endereço da escola e avisar a professora que você irá buscá-la.
- Ok. E boa sorte para vocês com J.R. Ele está uma fera.
- Imagino.
Charles desligou o telefone:
- Satisfeita com a minha solução?
- Muito, muito satisfeita – o abracei – Porque você é o homem mais especial do mundo inteiro.
- Eu sei. – Ele retribuiu o abraço, rindo.
- Eu amo você, “el cantante”.
- E eu amo você, garotinha... E nossas meninas também. Vou compor uma música para a bebê.
- Ela nem nasceu ainda. – Comecei a rir.
- Quero que ela me ouça de dentro da sua barriga – ele ajoelhou-se na minha frente e tocou meu ventre – Olá, pequena. Eu sou seu pai. Quero que saiba que você é muito esperada aqui fora. E que foi feita num momento especial, de muito amor. Não tem noção de quanto tempo esperei pela sua mãe... E você nasceu deste reencontro.
Toquei a mão dele que acariciava minha pele e encarei-o:
- Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, Charles. Não sei como consegui sobreviver quase seis anos longe.
Ele levantou e olhou no relógio:
- Agora vamos. Porque não quero correr. Este horário tem muito movimento na autoestrada.
- Vamos. – Confirmei, pegando a mão dele e partindo em direção à J.R Recording.
Chegamos na gravadora dez minutos antes do horário marcado. Quando entrei na recepção do prédio, já estava sendo esperada. A atendente me mandou subir direto.
Enquanto o elevador sem encaminhava em direção ao décimo andar, Charles perguntou:
- Como está se sentindo?
- Bem. Eu só quero a verdade... Nada mais.
- Chegou sua hora, meu amor.
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