Resumo de Falido, fodido e renascido das cinzas – Lembranças das noites quentes de verão por Roseanautora
Em Falido, fodido e renascido das cinzas, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Lembranças das noites quentes de verão, escrito por Roseanautora, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Lembranças das noites quentes de verão.
- O que significa isso? – J.R perguntou
- São os dados obtidos pela auditoria terceirizada que contratei. Mariane desviou dinheiro, sonegou e deixou de pagar impostos. Ou seja, a J.R Recording não só está falida, mas deixará de existir muito em breve, quando o próprio governo a fechar. Era isso que você queria? Pois bem, conseguiu! – Olhei para ela, por fim.
- Não... Você não fez isso. – J.R olhou para Mariane.
- Pai, não tínhamos combinado que esta auditoria não ocorreria? – Mariane disse nervosamente.
- Eu segui com ela, mesmo sem autorização. Havia uma pessoa da empresa que contratei que ficou aqui, sem que vocês soubessem. E deu seguimento ao trabalho. Porque eu tinha certeza que você roubava a própria empresa, Mariane. Mas precisava de provas.
- Mariane... Eu confiei em você... E em troca... Me destruiu. – J.R sentou-se em sua cadeira, completamente desnorteado.
- Por que você fez isso? – Olhei para minha irmã, procurando respostas.
Ela ficou um tempo calada, antes de dizer:
- Tenho meus motivos. Mas não lhe dizem respeito.
- Isso é completamente sem sentido. Assim como tudo que vocês dois fizeram para destruir meu relacionamento com Charles.
- Acalme-se! – Charles pegou minha mão, quando não contive mais as lágrimas.
Desvencilhei-me dele, pois precisava ser forte e conseguir sozinha. E naquele momento, Charles me deixava mais emotiva do que eu deveria estar.
- Pai, o que mais me intriga é por que você me chamou para passar as festas de final de ano com vocês na praia, sabendo que Charles era o pai de Melody? Qual foi sua intenção naquele momento... Acabar com o restava de mim?
Ele me encarou, sem dizer nada. Não me importei mais que me vissem chorando, porque estava simplesmente destruída por dentro ao perceber o quanto os dois eram dissimulados e insensíveis. E ao mesmo tempo, tentavam ainda me esconder fatos que em breve eu descobriria, com ou sem a ajuda deles.
- Que tipo de pai é você, J.R? – Charles perguntou – Afinal, eu vi sentimentos da sua parte por Melody... Então... Por que fazer Sabrina e eu sofrermos desta forma? Não passou pela sua cabeça que a menina pudesse saber a verdade sobre o pai?
- Eu... Não fiz de propósito. Fui... Obrigado. – Ele olhou na direção de Mariane.
Mariane, por sua vez, encarou o pai, parecendo ainda mais nervosa:
- Quer mesmo chegar nesta parte?
- Que diferença faz agora? – Foi a resposta dele para a filha mais velha.
Senti meu coração acelerar ainda mais. O que eles escondiam, afinal?
- Por que foi “obrigado”? – insisti – Por favor... Eu preciso saber o motivo do ódio de vocês por mim.
- Não é ódio, Sabrina. Nunca foi – ele levantou os olhos na minha direção, sentado em sua grande cadeira de couro, atrás da mesa gigantesca, onde passou praticamente a vida inteira dando ordens e sendo o dono do mundo – Eu amo você, pois é minha filha. E sempre quis o seu bem.
- Fico imaginando o que faria se não a amasse... E não quisesse o bem dela. – Charles ironizou, enquanto sentava num dos confortáveis sofás em couro, de frente para nós.
Eu e Mariane estávamos de pé. Eu sabia que talvez a conversa demorasse mais do que eu esperava, mas não conseguia sentar. Estava nervosa demais para me manter quieta, num só lugar.
- Só quem tem um filho sabe do que um pai é capaz. – Ele vociferou para Charles.
- Eu tenho... Uma filha que você me impediu de conhecer por exatos cinco anos. E eu sou capaz de matar e morrer por ela, acredite. E também pela mãe dela... – me olhou – Acha que isso é proteção ou amor, J.R? Afastar sua filha do homem que ela amava, com um filho no ventre?
- Vocês nunca irão me entender... Mas sim, fiz pelo bem dela. Colin era o homem certo. Sempre foi.
- Sequer me deu uma chance para descobrir o que eu faria... Julgou, sem nem falar comigo antes.
- Eu só queria minha filha longe de você. Criei minhas meninas com tudo que quiseram a vida inteira... Dei-lhes tudo que o dinheiro podia comprar. E planejei casamentos com pessoas que pudessem lhes dar nada menos do que eu proporcionei a elas a vida inteira. São... As minhas meninas! – Ele nos olhou.
Ouvi um gemido e olhei para Mariane, que limpava o rosto, tentando fingir que não estava chorando.
- O que você tem a ver com tudo isso? – Olhei para ela.
- Eu... Procurei Charles. Por muito tempo...
- Por quê? Porque queria tudo de mim, porra? – Gritei.
- Tenho meus motivos.
- O que eu fiz a você que nunca me contou? Eu preciso saber.
- Você não me fez nada... Ele fez... A vida inteira. – Apontou para nosso pai.
- Eu preciso saber.
- Não... Você não precisa saber porra nenhuma. O que precisa saber é que eu encontrei Charles e decidi livrá-lo.
- Não pelo meu bem, com certeza. – Charles disse, olhando para ela.
- No início, não... Mas depois... Eu gostei de você. Porque era... Despretensioso. Você não me mentiu, Charles. Embora não tenha dito o nome da minha irmã, eu sabia que a mulher que você amava e procurava desesperadamente era ela... Sempre soube.
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