Resumo de Não – Lembranças das noites quentes de verão por Roseanautora
Em Não, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Lembranças das noites quentes de verão, escrito por Roseanautora, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Lembranças das noites quentes de verão.
- Jura?
- Eu... Não tenho certeza absoluta. Mas acho que sim.
- Ela... Já sabe?
- Não... – Olhei para Melody, que nos olhava, sem entender.
- Então espere... Vamos contar quando tivermos certeza. Juntos.
Assenti, enquanto ele alisava o rosto de Melody. Depois, começou a passar o dedo indicador ao redor dos olhinhos, do nariz, da boquinha, contornando-os enquanto ela sorria.
- Charles, você não tem dúvida de que... Seja seu? – Arqueei a sobrancelha, tocando meu ventre, quase certa de que um novo bebê estava dentro de mim.
Ele me olhou, o dedo ainda no rostinho de Melody:
- Não! E só pra constar, fiz tudo de caso pensado, para pelo menos participar da vida de um bebê desde o começo... Do zero. – Ele tocou minha barriga.
- Mil anos podem passar, minha alma voltar por várias encarnações... Ainda assim, vou te amar da mesma forma.
- Eu passei mais de cinco anos com você na minha cabeça, Sabrina. Eu daria minha vida pela sua... No passado, no presente e no futuro. Quero que tudo se exploda... Ainda assim, nada nem ninguém me tirará vocês duas... Ou três. – Olhou para minha barriga.
Olhamos para Melody, adormecida nos braços dele.
- Ela... Está molhada. Pode ficar doente. – Falei.
- Não está frio.
- Mas ela está muito molhada.
- Ficaria assim se tivesse tomado banho de praia.
- A roupa do corpo dela está molhada.
- Podemos tirar e deixá-la de calcinha.
- “El cantante”... – Quase me dei por vencida.
- Nada vai fazer você se afastar agora, “garotinha”. – Ele aproximou o rosto e beijou meus lábios.
- Ok, vamos começar... – Puxei a cabeça dele e pus minha língua dentro da sua boca, não suportando a distância do corpo dele.
- Acho que... – ele falou entre meus lábios, enquanto mordia o inferior – Podemos começar pondo Melody deitada... E irmos para trás de uma árvore. – Sugeriu.
Comecei a rir:
- Não, nós vamos começar por você me explicando onde esteve por todos estes anos.
- Isso leva um bom tempo. Quantos beijos ganho?
- Todos... Todos os beijos do mundo, que guardei para você por tanto tempo.
Nada mais importava no mundo: só nós três... Ou quatro. Eu sabia que daquele momento em diante, Charles e eu estaríamos juntos para sempre.
Charles olhou para a filha deitada em seu colo e alisou seu rosto adormecido, antes de dizer:
- Você chegou a ir à nossa casa naquele dia?
- Sim... Mas quando cheguei, você já tinha ido embora.
- Já estava praticamente nua quando chegou e passando pela porta ficou só de calcinha. Claro que fiquei confuso... Ela tentou tirar a minha roupa. Conseguiu arrancar minha camisa... Eu fiquei apavorado. Na minha cabeça você chegaria e nos pegaria ali e não acreditaria que eu não tivesse culpa do que estava acontecendo.
- De onde ela saiu?
- Eis a questão: alguém a mandou para lá. Alguém... Que sabia que eu estava naquela casa... Esperando por você.
- Isso... É loucura!
- Não foi só isso, Sabrina. Do nada, enquanto a menina tentava me arrancar a roupa, praticamente nua, a porta foi aberta e a Polícia apareceu.
- Tudo meramente planejado... O flagrante.
- Exatamente. Eu estava com a parte de cima nua... Ela só de calcinha. E a desgraçada tinha 16 anos. Você tem noção, Sabrina? Dezesseis... – ele ficou visivelmente nervoso, passando as mãos pelos cabelos, deixando-os completamente desarrumados.
- Conseguiu se defender? Não havia esperma seu nela...
- Ela tinha hematomas. Já veio com eles... Não sei de onde. Não me deixaram sequer falar. A menina tinha dado queixa contra mim na noite anterior, me acusando de persegui-la. Sabia meu nome... Sobrenome... E endereço. Disse que tínhamos um relacionamento, sendo que nunca a vi na vida. Havia um carro estacionado na entrada da casa. Estava dado como roubado. O dono confirmou, naquela mesma noite, que eu o assaltei, à mão armada. Reconheceu meu rosto, sendo que... – A voz dele embargou.
- Charles, se não quiser, não precisa terminar.
- Sim, eu preciso.
Senti meu peito doer e um forte enjoo tomar conta de mim. Porque temi que aquilo tivesse sido planejado por alguém da minha família.
- O dono da casa não sabia que eu estava lá. A chave havia sido dada para meu amigo, que cuidava. Ele raramente aparecia... Por isso Diego nos deu a chave naquela noite. Eu já estava fodido... Não quis prejudicar Diego e seu emprego. Então assumi a invasão da casa, que era de todos o menor crime.
Senti as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, quentes, doendo minhas bochechas maltratadas pela areia:
- Eu... Sinto muito. Mas acho... Que posso ter sido culpada por isso.
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