Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 129

Resumo de Não (II): Lembranças das noites quentes de verão

Resumo de Não (II) – Capítulo essencial de Lembranças das noites quentes de verão por Roseanautora

O capítulo Não (II) é um dos momentos mais intensos da obra Lembranças das noites quentes de verão, escrita por Roseanautora. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

- Você?

- Não eu... Mas... Meu pai. – Olhei nos olhos dele, que limpou minhas lágrimas com o polegar.

Charles respirou fundo e vi os olhos dele marejarem e uma lágrima solitária rolar por sua face:

- Eu... Cheguei a pensar que fosse por você... Minha “garota riquinha”. E foi isso que fez eu suportar por quatro anos a prisão.

Beijei sua lágrima e o abracei com força, junto de nossa filha:

- Me perdoe, meu amor...

- Não! Você não é culpada, Sabrina. Pelo contrário... Foi seu rosto, na minha lembrança, que me fez aguentar tudo. Não somos culpados pelas coisas que os outros fazem e você sabe disso. Quando a conheci, eu sabia que envolver-me com você era um perigo. Mas eu não me importei. Arquei com as consequências.

- O Cálice Efervescente fechado... – Me ouvi dizendo, confusa.

- Sem motivo... Funcionou anos do mesmo jeito e do nada alegaram estar irregular. O dono levou tantas multas que teve que vender o prédio.

- Foi ele... J.R...

- Deus... Como nunca falaram sobre você? É a filha deles...

- Como Mariane surgiu na sua vida?

Ele riu, de forma irônica, balançando a cabeça:

- Apareceu do nada na cadeia, me visitando, dizendo ser Mariane Rockfeller e ter visto minha música na internet. Disse que queria me ajudar e fazer de mim um astro.

- Vagabunda... – Bati a mão com força no chão, tentando descontar minha raiva.

- Eu... Nunca me dei em conta. Jamais imaginei que pudesse haver qualquer ligação entre ela e a pessoa que me pôs atrás das grades... Porque na família Rockfeller nunca houve outra filha a não ser Mariane.

- Ficar grávida foi o meu fim... Para eles.

- Ela sabia sobre mim? Quem eu era... Nossa ligação?

- Antes de deixar a mansão Rockfeller, no dia que fui mandada embora, com a roupa do corpo, disse à ela que não se preocupasse comigo, pois eu estaria segura... Que eu era a “garotinha” que o músico da internet procurava.

Olhei para o nada, tentando entender o que realmente havia acontecido.

- Não faz sentido... Ela dormiu com seu noivo... E depois ir atrás de mim, somente porque eu gostava de você? Com qual objetivo?

- Colin também gostava de mim. E ela não levou isso em conta... Em momento algum. Mas talvez não acreditou que eu não casaria com ele.

- Para mim sua irmã sempre foi a vagabunda que dormiu com seu ex-noivo. Mas... Ela me tirou daquele lugar. Conseguiu um advogado particular, pagou por ele... O cara conseguiu mexer em todo processo e descobriu que sequer minhas digitais estavam no carro roubado... Foi tudo surreal. Eu estava sozinho... Não sabia como me defender. Nunca soube fazer nada além de compor e cantar, porra!

- Eu não sei se meu pai sabia exatamente quem você era... Mas Mariane sabia. Isso eu tenho certeza.

- Não teria como ela ter armado tudo, Sabrina. Você contou antes de ser expulsa por seu pai de casa. Que horas foi isso?

- Passado do meio-dia.

- Nesta hora eu já estava fodido.

- Não fale palavrões... Tem Medy... – Olhei para nossa filha adormecida nos braços dele.

- Me perdoe... – Ele sorriu, olhando-a.

- Charles... Foram eles, eu tenho certeza. Se não foi minha irmã, foi meu pai.

Senti as mãos de Charles enrolando meus cabelos, tentando ajudar-me.

- Eu não quero ajuda... – Falei, tentando não demonstrar a raiva e o ciúme que eu sentia.

- Eu vou ajudá-la... Sempre que você precisar – ele virou-me em direção a si e olhou nos meus olhos – Jamais vou sentir por outra pessoa o que sinto por você, “garotinha”. Jamais vou tocar uma mulher como toco a minha... – passou a mão pelo meu colo, indo em direção aos seios – Olhe para o meu pau.

Olhei para baixo e o vi duro sob a calça preta justa.

- Ninguém me causa isso... Eu amo você, Sabrina. E posso ter dormido com outras mulheres, mas você foi a única que eu amei até hoje. E vou amá-la até o fim dos meus dias. Se fosse preciso ficar mais dez anos atrás das grades por você, sabendo que ao sair encontraria seu sorriso e seu corpo doce e saboroso... Faria tudo de novo.

- Eu... Sinto ciúme... Ao pensar que a tocou. E náusea por imaginar que planejaram acabar com você de uma forma tão covarde... E por um motivo tão fútil...

- Já transei com mulheres sem haver qualquer tipo de sentimento da minha parte. Nunca fez isso?

- Não. Eu gostava de Colin quando transava com ele.

- E depois?

- Encontrei você... E foi uma explosão de sentimentos.

- Mas eu fiquei quase seis anos longe...

Eu abaixei a cabeça, olhando para o chão. Charles ajoelhou-se no chão e abraçou minhas pernas, apoiando a testa nelas, sem me olhar:

- Seja a minha mulher... Você não é mais minha garotinha... Você cresceu, me deu uma filha linda... E talvez me dê outro filho... Passe o restante da sua vida ao meu lado, Sabrina. E juro que farei de você a pessoa mais feliz do mundo.

- Não. – Eu disse firmemente.

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