Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 30

Resumo de Minha melodia preferida (II): Lembranças das noites quentes de verão

Resumo do capítulo Minha melodia preferida (II) do livro Lembranças das noites quentes de verão de Roseanautora

Descubra os acontecimentos mais importantes de Minha melodia preferida (II), um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Lembranças das noites quentes de verão. Com a escrita envolvente de Roseanautora, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Sai de cima dele, sentindo o líquido viscoso escorrer pelas minhas pernas enquanto me encaminhava para o banheiro, confusa, tentando recobrar minha consciência.

Assim que entrei no chuveiro, o vi me observando pelo vidro, completamente nu. Virei para o outro lado, porque olhá-lo daquele jeito fazia eu não pensar direito.

- Falei algo errado? – Perguntou.

Respirei fundo e me lavei rapidamente. Desliguei o chuveiro e abri a porta do box, pegando uma toalha:

- Caramba, como acha que estou me sentindo com isso tudo, Charles? Eu... Estou confusa. Há vinte e quatro horas atrás eu estava quase casando com um homem que conheço há quatro anos. E agora estou aqui, com você, que conheço há... Quarenta e oito horas.

- O que quer dizer com isso?

- Que são 1460 dias comparados com 48 horas.

- Que porra você quer dizer?

- Que acho que estamos loucos.

Passei por ele, que pegou meu braço, encarando-me:

- Achei que você estava sentindo o mesmo que eu...

De uma hora para outra, senti uma dor no peito e percebi lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

- Porra, me perdoe... Eu não queria fazê-la chorar.

- Estou com medo, Charles... Medo de quando isso acabar... Medo do futuro... Medo do que tenho que enfrentar quando sair daqui e sei que isso vai ser difícil... Mas meu maior medo é... Perder você. Porque estas 48 horas significaram mais do que 1460 dias... 48 horas que foram mais importantes que outras 35.040 que já vivi em um relacionamento com outro homem.

- Você conta isso... De cabeça?

- Eu estou tentando dizer que me encontro completamente apaixonada por você, “el cantante”... E você está preocupado com números?

Ele fez um breve silêncio antes de responder:

- Eu... Não me preocupo com números, garotinha. Mas... Você parece que sim... Afinal, conta tudo... Transforma meses em dias, dias em horas... Mas não vai conseguir transformar o que eu sinto neste momento por você... Nunca.

Nossos olhos se encontraram e as mãos se enlaçaram, instantaneamente, sem nos pedir permissão.

- Eu quero ficar com você, Sabrina. Eu sei que nos conhecemos a não sei quantas horas... Tampouco minutos... Não sei transformar tudo em números como você... Mas posso transformar tudo que sinto numa música, isso eu garanto.

O abracei e encostei a cabeça no seu peito coberto de pelos macios. Até naquilo ele e Colin se diferenciavam completamente.

- Você acha que isso é possível, Charles? Nos apaixonarmos assim... Em tão pouco tempo?

- Eu não sei, Sabrina. A única certeza que tenho é que jamais senti isso antes.

- Não temos muito tempo mais... E você sabe disso.

- Mesmo quando tudo isso acabar, ainda assim nós vamos ficar juntos, Sabrina. – Ele alisou meus cabelos molhados.

- Eu farei o possível para que isso aconteça. – Garanti, sorrindo e sentindo meu coração aquecido e uma sensação jamais sentida antes.

- Minha garotinha...

- Que horas são, “el cantante”?

- Deve ser umas dez horas da noite.

- Acho que precisamos sair... E comprar preservativos.

- O que vamos fazer agora?

Ele acelerou e rodamos mais um pouco, parando num posto de combustível. Estacionou próximo da loja de conveniência e me ajudou a descer:

- Aqui tem tudo que precisamos... Exceto calcinhas confortáveis. – Debochou.

Revirei os olhos e esperei que ele retirasse o capacete da minha cabeça. Charles pegou minha mão e entramos na loja, onde havia somente o atendente e um homem cuidando das bombas de gasolina.

- Eu... Vou aproveitar e ligar para o meu pai – falei, quando vi um telefone público – Preciso dizer que estou bem. Eles devem estar preocupados.

- Já passou mais de 24 horas que você literalmente sumiu... Se eu fosse seu pai, lhe dava uma surra.

- Acontece que você não é... – Sai, balançando os cabelos enquanto o via se dirigir para a prateleira de preservativos.

Assim que tirei o fone do gancho senti meu coração bater mais forte. Eu temia meu pai e não podia negar aquilo. Não usei o telefone de Charles com medo de que ele rastreasse a ligação, mas dali era tranquilo, pois J.R poderia até encontrar a cidade que eu estava, mas não tinha como me localizar.

Disquei o número do celular, que atendeu em seguida:

- Alô.

- Pai?

Observei um casal entrando pela porta de vidro, que anunciou presença de pessoas recém-chegadas, com um aviso sonoro. Cada um pegou um cesto e começaram a colocar coisas dentro, aleatoriamente, o que me chamou a atenção.

- Sabrina? Onde você está?

Gelei com o tom de voz de meu pai. Como dizia meu lindo “el cantante”: eu estava fodida.

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