Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 31

Resumo de Quem é você, Sabrina?: Lembranças das noites quentes de verão

Resumo do capítulo Quem é você, Sabrina? de Lembranças das noites quentes de verão

Neste capítulo de destaque do romance Romance Lembranças das noites quentes de verão, Roseanautora apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

- Eu... Eu... Viajei.

- Para onde, sua menina mimada e teimosa? Tem noção do que fez? Deixou seu noivo no altar e sumiu, como se não devesse satisfações para ninguém. – Ele gritava do outro lado da linha.

- E eu realmente não devo... Sou maior de idade.

- Sim, me deve satisfações. Depende de mim para tudo... Ou se acha independente, quando tudo que faz é viver às minhas custas, torrando meu dinheiro sem se preocupar com nada?

Deus, o que estava havendo com ele? Nunca o vi tão furioso. E parecia querer me magoar de todas as formas possíveis. E eu queria entender errado, mas estava claro que J.R me culpava pelo casamento não ter acontecido.

- Pai...

- Volte para casa imediatamente. Com quem você está? Onde está?

- Estou sozinha – menti – Precisava de um tempo para mim... Para pensar no que houve.

- Não precisava pensar sozinha... Já cometeu todos os erros possíveis na noite passada. Quero sua localização.

- Eu não... Não vou dar.

- Sabe que é questão de minutos para eu rastrear a ligação e saber onde você está, não é mesmo?

- Pai, me dê um tempo... Dois dias.

- Nenhum dia... Volte imediatamente para casa.

- Dois dias... Só isso, por favor.

- Mandarei toda a polícia de Noriah Norte atrás de você em minutos se não voltar para casa, Sabrina Rockfeller. E tirarei sua mesada.

Como assim ele estava preocupado com a porra da mesada, como se fosse a coisa mais importante que ele pudesse fazer por mim?

Eu poderia continuar argumentando, mas sabia que ele tinha sim cacife para mandar a Polícia inteira atrás de mim e encontrar-me em qualquer lugar que estivesse escondida naquele enorme país, pois meu pai literalmente mandava em tudo e todos. Coisas que o dinheiro conseguia comprar, literalmente.

Eu não queria e não podia prejudicar Charles. Sabia toda questão que ele tinha com a guarda do filho e meter J. Rockfeller na vida do cantor do Cálice Efervescente era como pedir para destruí-lo completamente. Ele jamais aceitaria que eu parti com Charles porque quis... Tampouco que me envolvesse com o homem que era de um mundo completamente diferente do meu.

- Estou bem, pai. E sozinha.

- Sim... E vestida de noiva? Sem celular, sem dinheiro, sem cartões... Vivendo de que, exatamente? Quem está por trás de você, Sabrina? Juro que destruirei quem a ajudou e sabe que é questão de tempo para eu confirmar o nome e sobrenome.

- Por Deus, pai... Eu... Estarei em casa amanhã às oito horas da manhã. – Tentei.

- Hoje... Agora. Não brinque comigo, menina mimada.

- Pare de me chamar de menina mimada! – Alterei a voz, chamando a atenção de todos no local.

- E o que você é? Uma menina que não usa de sua esperteza e deixa o nome da família correr na boca do povo, além de tentar destruir o noivo e a irmã é o que? Se você fosse madura, teria conversado com Colin e Mariane, como adultos civilizados e não tomado a atitude de entrar na igreja e dizer não para ele por uma vingança idiota e mesquinha.

Olhei na direção de Charles, que fingiu não estar prestando atenção, virando para o outro lado.

Senti uma lágrima escorrendo pelo meu olho, que limpei imediatamente. Olhei no relógio de parede velho que ainda funcionava, sobre o caixa. Marcava onze horas e quinze minutos. Eu tinha oito horas e 45 minutos ao lado do homem da minha vida. Se não voltasse para casa, meu pai destruiria Charles e sua possível carreira de sucesso, bem como o lugar onde ele trabalhava a toda e qualquer chance de ele reaver a guarda do filho. Sim, porque era isso que J.R fazia com quem cruzasse seu caminho e atrapalhasse seus planos: esmagava, como um inseto.

Vi ele fazer pessoas crescerem e se tornarem famosas do nada. E também o vi destruir carreiras em dias, transformando ídolos meros mortais, falidos, dependentes do álcool e de drogas, e que perderam inclusive os direitos sobre suas próprias composições, morando de favor em fundos de quintais ou Hotéis de quinta.

Respirei fundo, borrifei álcool em gel na mão e fui na direção de Charles. Encontrei no caminho uma prateleira de chocolates. Ok, chocolates era meu vício, minha perdição. Podia ser branco, preto, mesclado... Eu amava igual. Peguei dois pretos, dois brancos, com castanhas, com confetes e coco. Aquilo era a única coisa que poderia me acalmar.

Charles parou do meu lado. Olhei o cesto que ele segurava, com quatro embalagens de preservativos, cervejas geladas em garrafas e um espumante certamente fabricado num fundo de quintal.

- Vamos trocar o espumante pelos chocolates – sugeri – Eu não bebo cervejas.

- Sim... Só bebe Champagne de marca original e famosa, de um preço absurdo, sendo que uma garrafa custa mais do que ganho numa noite inteira cantando na porra do Cálice Efervescente.

- Está tentando me culpar por algo, Charles? – Arqueei a sobrancelha.

- Não... Só quis deixar claro que eu vou beber as cervejas e o espumante barato, que não são para o seu fino paladar. – Pareceu ofendido.

- Poderia... Pagar os chocolates para mim? – Perguntei, ainda tentando assimilar a raiva repentina dele.

- Ironicamente eu posso – sorriu, balançando a cabeça – Neste momento eu posso. Certamente em alguns dias não terei nada para lhe oferecer, pois quando você voltar à sua vida normal, jamais terei ou serei o suficiente para você, Sabrina.

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