Resumo do capítulo Min-Ji (II) do livro Lembranças das noites quentes de verão de Roseanautora
Descubra os acontecimentos mais importantes de Min-Ji (II), um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Lembranças das noites quentes de verão. Com a escrita envolvente de Roseanautora, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
- Ok. – Ela foi diretamente para o telefone.
Peguei meu celular, que eu não via desde o dia antes do casamento. Estava quase sem bateria. E tinha 102 ligações de Colin. Sim... Ele tentou falar comigo 102 vezes. E acabou com a bateria do meu celular. Imprestável filho da puta e destruidor de baterias.
Cinco ligações da mãe dele e uma do pai. Algumas do meu pai, minha mãe, Mariane. Nenhuma de Tay, Lina, Dill ou Tefy. Acho que no fundo eu sempre soube que elas não eram minhas amigas e estavam ao meu lado simplesmente pelos benefícios que isso trazia.
As conhecia desde o Ensino Médio. Não as procurei e sim o contrário. Sempre que o nome Rockfeller era pronunciado, era como se todas as portas e possibilidades se abrissem. E elas tentaram se aproveitar disso. E usufruíram por um bom tempo de passeios caros, ingressos cortesia, visitas a camarins de artistas internacionalmente conhecidos, bares com open bar às custas de J.R, festas privadas de alto nível, primeira fila nos desfiles dos maiores estilistas... E serem conhecidas como amigas de Sabrina Rockfeller, a caçula de J.R e Calissa.
Enquanto meu cabelereiro não chegava, contei algumas coisas sobre o “el cantante” para Min. Ela deixou o tempo todo bem claro a preocupação que sentia com tudo que estava acontecendo.
- Oh, my god! – disse o cabelereiro quando viu meu estado – Parece que tomou banho no mar, não usou shampoo e sequer penteou estas madeixas, linda. Vou ter que cortar um pouco.
- Sem problemas. – dei de ombros – Só quero poder passar os dedos entre os fios.
Ele abriu a maleta e me pôs sentada de frente para o espelho da penteadeira camarim:
- Eu sinto muito pelo que houve, querida.
- Não sinta... Eu não sinto. – Falei, olhando minha própria imagem refletida no espelho.
- Contaram que você... Tentou se matar depois do que houve!
Eu gargalhei:
- Onde ouviu isso?
- Por aí... Fofoca da alta sociedade.
- Tenho cara de quem tentou se matar? – Encontrei os olhos dele pelo espelho.
- Tem cara de quem tentou suicidar os fios castanhos... Estão quase sem vida. – Ele sorriu discretamente.
Quando levantou os fios, ficou com a mão imóvel, os olhos no meu pescoço:
- Ai, Jesus, você dormiu com um vampiro?
Eu comecei a rir:
- Na verdade foi só um gostoso que encontrei por aí...
- Me dê o endereço, por favor. Quero afogar as mágoas como você.
- Não afoguei as mágoas – olhei-o seriamente – “Eu” não quis casar com Colin.
- Eu ouvi dizer que ele está arrasado. Acha que ele vai ficar com sua irmã?
- Pouco me importa – dei de ombros, sabendo que ele dividiria tudo que falei com a próxima cliente – Minha irmã acha o mesmo que eu de Colin.
- E... O que vocês acham de Colin? – Ele pegou a tesoura, mais preocupado com a resposta do que com salvar meus cabelos.
- Que ele tem um pau pequeno pra caralho.
Passei o dia no quarto e não desci para nada. Minha mãe foi para a gravadora e por sorte não veio fazer perguntas também, nem tentar amenizar os ânimos entre eu e meu pai.
À noite, recusei descer para o jantar. Não queria encontrar todos novamente. E ainda doía a atitude de meu pai, especialmente a bofetada.
Min me trouxe um prato com o que sabia que eu gostava do jantar e de sobremesa brigadeiro de colher.
Comi tudo e quando estava lambendo a colher com a sobremesa, disse:
- Quando tiver um filho, jamais vou proibi-lo de comer doces e chocolates.
Ela riu:
- Vai sim, eu garanto.
- Conversas aleatórias... Uma colher de brigadeiro na boca. O que você quer? – Ela perguntou, me conhecendo melhor do que ninguém.
- Quero que me avise quando meu pai estiver dormindo.
- Eu não posso fazer isso. O que pensa em aprontar?
- Eu preciso ir atrás do “el cantante”?
- E quer que eu a ajude?
- Claro que sim. Você é a única amiga que eu tenho nesta casa.
Ela suspirou e pegou a colher da minha mão:
- O que você não pede chorando que eu não faço sorrindo?
- Neste caso, eu estou sorrindo e você chorando.
- Se eu for demitida, você se culpará eternamente.
- Não se preocupe. Eu e “el cantante” vamos contratar você para trabalhar na nossa casa de praia.
- Você não tem jeito, menina. – Ela foi em direção à porta.
Não demorou cinco minutos e ela voltou. Eu já havia colocado uma roupa rapidamente.
- Incrivelmente a casa está no mais absoluto silêncio. O senhor J.R e sua mãe estão recolhidos em sua suíte.
Comecei a pular e dei um beijo nela, eufórica:
- O Cálice Efervescente será pequeno para mim e Charles esta noite. – Peguei a chave do meu carro e saí pela porta, sem olhar para trás.
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