Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 51

Resumo de Vou pôr pimenta: Lembranças das noites quentes de verão

Resumo de Vou pôr pimenta – Lembranças das noites quentes de verão por Roseanautora

Em Vou pôr pimenta, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Lembranças das noites quentes de verão, escrito por Roseanautora, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Lembranças das noites quentes de verão.

Na manhã seguinte, não desci para o café da manhã. Recebi a esteticista e a massagista, que minha mãe havia mandado chamar. O problema é que mesmo depois da visita delas, eu continuava com a cara péssima.

Meu problema não era estético. Ele era interno... Dentro do meu coração.

No final da manhã, pedi para o motorista me levar na Faculdade de Ciências Exatas de Noriah Norte.

Depois de demonstrar meu interesse em ingressar no curso de Matemática, fiz um tour guiado pelo local.

Embora o prédio fosse metade do tamanho da faculdade de Direito, o local era agradável. E o melhor de tudo: eu poderia cursar sem pagar nada, caso fosse bem numa prova aplicada após a matrícula.

Nunca passou pela minha cabeça que pudesse cursar uma boa faculdade de forma gratuita. Bastava eu ir bem no exame. E eu era boa com números e fórmulas, então tinha boas chances de conseguir atingir a média. E não usar o dinheiro do meu pai para estudar já era um grande passo para a minha independência com relação a ele.

Fiz a matrícula e agendei a prova. Estava ansiosa e de certa forma feliz.

Passei o restante do dia conhecendo os lugares de área comum do prédio, como biblioteca, centro de informações digitais e assisti uma palestra sobre a Matemática para a área docente na atualidade.

Ocupei tanto minha mente que só voltei a pensar em Charles quando entrei no carro novamente, indo em direção à minha casa.

Estava morrendo de fome. Iria pedir para Min-Ji preparar panquecas de chocolate com calda quente. Só de pensar naquilo já me deu água na boca.

Assim que entrei em casa, fui diretamente para a cozinha. Min-ji não estava, mas pedi para as cozinheiras fazerem o que eu desejava mais do que qualquer coisa, como se não comesse aquilo naquela hora, pudesse morrer.

Quando estava indo para o meu quarto, ouvi meu pai, na sala principal:

- Sabrina, venha aqui, por favor.

Suspirei e senti um leve tremor percorrer meu corpo. Nas últimas semanas, não conseguíamos nos entender em nenhuma conversa.

- Oi... Pai.

- Por que foi à Faculdade de Ciências Exatas? – Ele perguntou seriamente.

Respirei fundo:

- O meu motorista é um traidor. Eu quero um carro.

- Não... Só quando merecer.

- Eu não sou uma criança, papai. Eu cresci... Não sou uma... – Eu diria “garotinha”, mas a palavra morreu na minha boca, não saindo.

- Como se sente?

- Melhor.

- Por que não quis aceitar a visita do médico?

- Porque fiquei bem logo depois. Certamente foi algo que comi na rua ontem.

- Ok, então não foi nada sério.

- Creio que não.

- Agora me fale sobre a faculdade.

- Não quero fazer Direito. Por favor, me deixe fazer Matemática.

- Com qual objetivo?

- Estudar... Fazer algo que gosto. Sou boa com números... Tenho talento para isso.

- Então administre a J.R Recording ou faça a parte financeira da empresa. Troque o curso.

- Eu vi uma palestra hoje à tarde sobre dar aulas de Matemática. – Falei, temerosa.

- Não justifique a infidelidade dele, por favor... – implorei, num fio de voz – Isso dói...

- Sabrina, você precisa entender que tudo que faço, é para o seu bem. Me desculpe por ontem. Me senti muito culpado.

- Eu o desculpo, pai.

- Sei que às vezes ajo por impulso... Mas se ponha no meu lugar. Eu não quero que um qualquer chegue do nada e pegue a minha garotinha.

- Não... Eu não sou sua “garotinha”... Por favor, não repita isso... Eu imploro.

Ele arqueou a sobrancelha e sorveu todo o uísque do copo, trazendo a garrafa inteira e enchendo-o novamente.

- Como está o caso do artista... Que tem trazido problemas para a J.R Recording? – Tentei puxar assunto.

- Vou perder uma boa quantia de dinheiro... Mas vai dar tudo certo.

- Fico feliz. E... “Ele”, o homem a quem se refere desta forma, não é um qualquer. O fato de não ter a mesma condição social que nós não faz dele uma pessoa ruim.

- Sabrina, várias pessoas se aproximaram e se aproximarão de mim, sua mãe, você e sua irmã por interesse. Suas amigas são a prova disto.

- Não eram minhas amigas.

- Até então frequentavam nossa casa diariamente e faziam uso de tudo que você lhes proporcionava.

- Temos que dar uma chance para conhecer as pessoas. Nem todas são ruins. Min-ji não tem a mesma condição que nós... Ainda assim é a pessoa que você mais confia.

- Ela é minha empregada.

- Mas... Existe afeto... Dela por nós e de nós por ela.

- Não deixa de ser uma empregada. Se você não quer Colin, ok. Mas jamais vou aceitar o seu envolvimento com um homem que não tenha a mesma condição social que nós. E não é por preconceito. É por amor... Amor à você. Passei por muitas decepções nesta vida. Algumas com pessoas que realmente acreditei cegamente. Você é jovem, minha filha e não entende como as coisas funcionam. Um casamento com você ou sua irmã pode deixar uma pessoa milionária. Um envolvimento, uma foto roubada e divulgada pode acabar com a sua reputação e estragar sua vida. Eu não quero isso... Protegi você e Mariane com unhas e dentes, tentando deixá-las longe dos holofotes. Quando sua irmã se envolveu com Hardlles e aconteceu todo aquele escândalo, eu e sua mãe sofremos com ela. E tudo que ele queria, no fim, era promover-se às custas dela. E conseguiu. E Mariane saiu ferida... E demorou para se recuperar.

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