Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 91

Resumo de A música da Garota Riquinha (II): Lembranças das noites quentes de verão

Resumo de A música da Garota Riquinha (II) – Lembranças das noites quentes de verão por Roseanautora

Em A música da Garota Riquinha (II), um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Lembranças das noites quentes de verão, escrito por Roseanautora, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Lembranças das noites quentes de verão.

- Bom dia, Sabrina. Será que poderia descer logo depois que encaminhar uma atividade para sua turma? Eu preciso conversar com você e não dá para esperar.

Senti um frio na barriga. Eu estava fodida! Sabia que aquilo ia acontecer mais cedo ou mais tarde. E eu era culpada. Nem adiantava pôr a culpa no garoto. Deixei acontecer.

- Eu... Farei isso, sim. – Falei, subindo imediatamente.

Naquele dia eu não tinha aulas no terceiro ano, felizmente. E o fato de eu ser demitida não me faria envolver-me com Guilherme por não ser mais a professora dele. Nós dois... Simplesmente não podia acontecer. Porque Guilherme era um garoto.

Estava entrando na sala do primeiro ano quando o vi escorado na porta da sala do terceiro, mexendo no celular, com os pés cruzados, os tênis de marca estilizados.

O observei enquanto ele tirou os olhos do celular, me encarando. Eu deveria entrar na sala, mas fiquei um tempo ali, observando o garoto que me era proibido, mas ao mesmo tempo tirava meu sono e fez sentir-me viva depois de tantos anos.

Ele acenou e não disse nada. Retribui o aceno, sentindo meu coração bater mais forte e entrei na sala, fechando a porta.

Encaminhei os exercícios em dez minutos e desci, certa da minha demissão, com todas as minhas coisas já na bolsa, que levei comigo.

Bati na porta e entrei na sala. Sibila estava lendo alguns relatórios. Retirou os óculos vermelhos, com armação grossa, completamente harmonizados com sua roupa e pele e me encarou, fazendo sinal para eu sentasse.

- Quando decidi contratá-la, por indicação de Do-Yoon, confesso que não acreditei muito no seu trabalho. – Ela começou.

- Não? – Senti um nó na garganta.

- Achei você muito jovem para trabalhar aqui. E acreditei que lhe faltasse experiência.

Eu não disse nada, só fiquei olhando-a.

- Mas por consideração a Do-Yoon, optei por lhe dar uma chance.

- E eu... Agradeço. Desculpe se não correspondi às expectativas. Tentei dar o meu melhor, eu juro.

- Sim,... Eu sei. A questão é que vi desde o início seu esforço em prol da aprendizagem dos alunos e também sua boa relação com a maioria deles.

Arqueei a sobrancelha, curiosa e amedrontada.

- Hoje recebi algumas ligações, iniciando pela família de Guilherme Bailey...

- A mãe de Guilherme?

- Não... A avó. Disse que o neto está muito concentrado nos últimos dias, estudando com eloquência. E que inclusive tem planos para a faculdade. E afirmou que isso era por conta da professora de Matemática, pela qual ele tem uma carinho e respeito muito grandes.

Carinho, ok. Mas respeito? Gui não consegue me respeitar... Nunca conseguiu.

- Eu... Fico feliz em saber. Tenho tido algumas conversas com ele a respeito da faculdade... – Me ouvi mentindo descaradamente.

- A questão é que ela desligou o telefone e depois eu recebi mais exatamente três ligações de pais do terceiro ano também com intuito de elogiar a professora de Matemática.

- Isso é... Estranho. – Me ouvi dizendo.

- Achei também, inicialmente. Mas depois percebi que talvez você tenha feito a diferença na aprendizagem deles.

- Eu... Será? – Fiquei confusa.

- Conversei com o grupo que coordena o financeiro da escola e decidimos lhe dar um aumento de salário.

- Um... Aumento de salário? – Quase não acreditei.

- Sim. Você foi contratada não recebendo tanto quanto os demais professores, afinal, era uma iniciante. Mas seu contrato de experiência já está acabando, então creio que seja hora de deixá-la ainda mais satisfeita em trabalhar na Escola Progresso, contagiando mais e mais alunos na área da Matemática.

- Eu... Sou grata... Muito grata, Sibila.

- Seu próximo contracheque já virá com o valor que passará a receber.

- Obrigada...

- Agradeça aos seus alunos, minha cara. E continue fazendo a diferença na vida destas crianças. Agora pode ir.

- Obrigada mais uma vez.

Levantei e enquanto subia a escada, percebi o quanto eu estava sendo hipócrita. Sim, eu dava o meu melhor e até sabia que gostavam das minhas aulas e se interessavam por elas. Mas não podia fingir que aquilo não era coisa de Guilherme e sua liderança frente ao terceiro ano. Certamente convenceu seus amigos a convencerem os pais de que amavam minhas aulas.

O que ele queria de mim? Bem, na verdade eu sabia exatamente o que ele queria. E Sibila havia chamado eles de “crianças”. Se ela soubesse o que eu tinha feito com Guilherme Bailey dentro da sala de aula de terceiro ano, estaria desempregada. A notícia se espalharia. A avó dele quereria a minha cabeça. e eu nunca mais conseguiria emprego.

Precisava dar um basta naquilo, definitivamente. Meu emprego era o que eu tinha de mais importante naquele país e não podia perdê-lo. Eu não pretendia voltar a Noriah Norte nunca mais.

Dei minhas aulas e evitei o aluno do terceiro ano que tirava meu sono e sanidade.

Busquei Melody na escola e enquanto voltávamos para casa, ela disse:

- Mamãe, precisa comprar comida para o hamster.

- Eu vou comprar amanhã. Porque hoje a gente vai sair, docinho.

- Onde vamos?

- Jantar fora, só nós duas. Para comemorar.

- Você está cheirando bem, mamãe.

- Hum, e olha que não é meu aroma preferido.

- Qual é o seu preferido?

- É o seu cheiro. Cheiro de docinho da mamãe! – Comecei a enchê-la de beijos, manchando o rosto dela com meu batom.

A pus no carro, afivelando o cinto e verificando se estava seguro. Enquanto me dirigia para o banco do motorista, perguntei:

- O que vamos comer?

- Comida. – Ela riu divertidamente.

- Engraçadinha.

Liguei o carro e segui em direção ao centro de Noriah Sul:

- Prefere pizza, massas ou hambúrguer?

- Qualquer um... Mas podemos convidar meu pai para comer junto? Você disse que ele vai gostar do meu vestido... Eu quero mostrar para ele que gira muito.

Agora o meu coração partiu em mil pedaços e estilhaçou no chão e os olhos lacrimejarem:

- Medy, você sabe que não dá... Sei que fez a cartinha, mas ainda é cedo para o Papai Noel realizar desejos.

- Eu acho que ele veio mais cedo para mim, mamãe. Porque certamente no dia do Natal vai estar muito ocupado.

- Medy... Entenda que nem sempre Papai Noel pode dar o que a gente pede.

- Eu gostaria muito de jantar com meu pai. – Ela lamentou, com a voz chorosa.

- Eu também, meu docinho. Era o que eu mais quereria, no mundo todo.

- Então vamos até o Ginásio de Esportes de Noriah Sul e chamá-lo para comer conosco.

Eu ri:

- Por que no Ginásio de Noriah Sul?

- Porque é lá que ele vai se apresentar hoje à noite, cantando a música da Garota Riquinha.

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