Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 90

Resumo de A música da Garota Riquinha: Lembranças das noites quentes de verão

Resumo do capítulo A música da Garota Riquinha do livro Lembranças das noites quentes de verão de Roseanautora

Descubra os acontecimentos mais importantes de A música da Garota Riquinha, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Lembranças das noites quentes de verão. Com a escrita envolvente de Roseanautora, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Eu poderia me entregar àquele beijo, mesmo sabendo o quanto era arriscado. Mas não consegui. Porque eu não sentia Guilherme e sim Charles naquele momento. Minha mente enganava-me tanto que até o perfume barato de “el cantante” tomou conta do lugar.

Empurrei-o com certa dificuldade, os lábios dele me deixando vagarosamente, a sensação de querer seguir, mas o medo de as lembranças me deixarem ainda mais vulnerável.

- Não podemos, Gui... Não!

- Não me deixe assim... Eu estou completamente louco por você. – Os olhos dele brilhavam e meu coração parecia que sairia de dentro do corpo.

Desvencilhei-me dele e peguei minha bolsa, indo até a porta e abrindo-a, enquanto saía pelo corredor. Não havia nenhum estudante naquele andar. Desci as escadas sentindo o suor escorrendo pelas minhas costas enquanto ouvia os passos dele atrás de mim.

Assim que cheguei ao último degrau, ele pegou-me pelo braço:

- Você não pode negar que também me quer, Sabrina.

- Fale baixo, porra! – Olhei para os lados, temendo ser observada.

- A professora fala “porra” – ele sorriu de forma debochada, daquele jeito que me encantava e deixa-me sem chão – Eu gosto disso... Gosto muito.

- Deve ter câmeras por aqui, meu Deus!

- Não há, eu garanto. Tentaram colocar há um tempo atrás, mas os estudantes foram contra.

- Mas... E a segurança que elas trariam?

- Isso tira toda privacidade.

- E o que os pais acharam disso?

- Os pais fazem o que os filhos querem.

- Que mundo estamos vivendo! – Puxei meu braço e segui, com ele ainda atrás de mim.

- Um mundo onde o aluno se apaixona loucamente pela professora.

- Guilherme, tire isso da sua cabeça.

- Eu estou apaixonado por você, Sabrina.

- Por Deus, fala baixo.

- Então diz que vamos continuar o que começamos, em outro lugar.

- Não!

- Se não disser que nos encontraremos de novo, fora daqui, eu vou gritar para toda a escola que estou louco por você.

- Não... Você não faria isso. – Fiquei amedrontada.

- Eu faria qualquer coisa por você, Sabrina.

- Seu doido.

- Doido por você.

- Guilherme, por favor, me deixe em paz. Foi um erro... Um terrível erro.

Enquanto falávamos baixo, Sibila estava saindo da sua sala, encaminhando-se para o espaço onde os professores ficavam no intervalo.

Nos observou curiosamente, vindo em nossa direção:

- Tudo bem por aqui? – Sorriu.

- Também amo você, mamãe. Mas não estou dormindo... – Ela disse sem abrir os olhos.

- Não? Então o que está fazendo?

- Descansando meus olhos... Só isso... – Falou enquanto a respiração ficava mais fraca.

Alisei sua bochecha e percebi que ela já estava adormecida. Deitei e a puxei de encontro a mim, sentindo seu corpinho quente e macio. Melody tinha cinco anos e ainda exalava perfume natural de bebê. Ou seria simplesmente cheiro de filho?

- Eu acho bom você manter este cheiro, meu docinho. Porque seu pai precisa senti-lo... Não cresça tão rápido... Ele precisa vê-la assim, tão linda e perfeita, a cópia dele.

Ela virou-se para o outro lado e cobri-a até o pescoço. Medy não gostava de dormir comigo porque reclamava que eu ocupava muito espaço na cama.

Deitei no travesseiro e comecei a pensar em Guilherme e o que havia acontecido entre nós naquela manhã. Deus, eu estava louca! Aquilo não podia ocorrer. Era o meu emprego, o que colocava comida na minha mesa, alimentava a minha filha, lhe dava a oportunidade de frequentar uma boa escola e ter as coisas que ela precisava. Eu não podia ser tão inconsequente. Ele era um adolescente, mas eu não.

O relógio despertou duas horas depois que eu consegui pegar no sono. Sim, Guilherme havia tirado meu sono.

Embora eu sempre levantasse cedo, saía de casa às pressas.

- Mãe, tem que comprar comida para o hamster. Ele já comeu tudo que o Gui deu.

- Ok, a gente compra na volta. Você me lembra, ok?

- Está bem.

Joguei um punhado de comida para Solitário II e fomos correndo para o carro. Deixei Melody na escola e fui para a Escola Progresso.

Assim que cheguei, encontrei Sibila entrando em sua sala.

- Bom-dia, Diretora!

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