Lembranças Perdidas romance Capítulo 117

Vendo que Chris parecia um pouco hostil, Thalia sorriu, paciente: "O que exatamente você quer dizer?".

"Vou direto ao ponto! Quando você trabalhava na Sparkle Jewels Jewelry Company, dei alguns dos seus esboços para outros funcionários. Na verdade, fiz isso por um motivo. Você tinha acabado de chegar na empresa e ainda estava em fase probatória. Não seria apropriado deixá-la como responsável pelos projetos, então deixei que outros a ajudassem."

"Eu sei. Isso é tudo?" Thalia acenou com a cabeça.

Ao perceber que Thalia não ligava para aquilo, Chris ficou um pouco ansioso. "Já que você sabe o motivo, não fale sobre isso com os outros."

"Não há nada a dizer sobre esse tipo de coisa. Supervisor Chris, se não houver mais nada, vou embora."

Depois de falar isso, ela saiu.

Com raiva nos olhos, Chris a observou partir.

A maneira como ela agira mostrava claramente que não tinha nenhum respeito por ele. E agora que estava na sede, ela havia ficado bastante arrogante.

À distância, havia um carro preto estacionado.

Adam desviou o olhar e ordenou: "Demita aquele homem".

Sean arregalou os olhos em choque. "Sr. Matthews, por quê?"

Como assistente, ele sempre obedecia às ordens do sr. Matthews sem perguntar o motivo, mas aquilo era muito estranho.

Chris só tinha conversado com Thalia por alguns minutos e, por isso, seria despedido? Será que o sr. Matthews estava com ciúmes?

"Nossa empresa não mantém pessoas que tentam criar problemas."

"Criar problemas?"

Sean ficou confuso por alguns segundos e se lembrou de que, no dia em que levara o sr. Matthews a Sparkle Jewels Jewelry Company, o supervisor Chris parecia ter falado mal de Thalia no escritório. Seria por causa disso?

Thalia devia ser realmente extraordinária para o sr. Matthews.

Sean abaixou a cabeça. "Ok, vou fazer isso agora mesmo."

......

Na entrada de um dos hospitais da província.

Thalia abriu a porta do carro e entrou direto no hospital com o rosto calmo.

Depois pegou o elevador até o sexto andar, onde ficava a unidade de terapia intensiva. A maioria dos pacientes que ficavam lá estavam perto do último suspiro.

Ela parou na porta de um quarto e olhou para o idoso deitado na cama pela janela.

Com o cabelo branco e o rosto enrugado, o senhor tinha os olhos bem fechados, e todos os tipos de tubos médicos se ligavam ao corpo dele.

Era o mestre Cloude.

Suspirando, Thalia segurou a maçaneta para entrar e se sentar ao lado da cama por um tempo, mas de repente ouviu alguns passos do outro lado do corredor. Com isso, ela se virou rápido com um olhar frio e caminhou para o canto mais próximo.

"Peça aos filhos da nossa família que fiquem em casa neste momento", disse Doug enquanto caminhava, parecendo bastante velho. "Ligue para Agnes e peça que se afaste do trabalho por uns poucos dias para ficar ao lado do mestre Cloude antes que ele parta."

No entanto, a sra. Cloude suspirou e falou: "Agnes está ocupada no trabalho. Como ela poderia ter tempo para isso?".

"O que é mais importante? Família ou trabalho?" Doug franziu a testa. "O mestre Cloude está no hospital há meio ano e ela nunca veio fazer uma visita. Todos disseram que eu criei minha filha 'bem'. Estou muito desapontado! Você a estragou muito. Dê um jeito para que ela venha aqui, caso contrário, seremos ridicularizados pelos outros no funeral!"

A sra. Cloude pareceu bastante irritada. "Ela é adulta agora. Como posso fazer com que me escute? Além disso, o mestre Cloude não é avô dela. Ninguém vai condená-la por nao vir."

"Você!"

Doug estava com dor de cabeça de tanta raiva.

Quando ele se casara com a esposa, pensara que ela era gentil e virtuosa, mas agora sabia que, apesar de gentil, a mulher era estúpida e insensível.

A Cloude's Corporation tinha crescido muito, mas ganhar dinheiro deveria ser a segunda prioridade, manter a reputação deveria ser a primeira. Uma notícia falando que a presidente de uma empresa não compareceu ao funeral de um familiar poderia arruinar a imagem da corporação.

Com o rosto frio, Doug ligou para Agnes, que ficou impaciente ao ouvi-lo.

"Pai, contratei o melhor médico e ele usou o melhor remédio que existe. Fiz o que pude. O que mais você quer que eu faça? Que reserve um tempo para ficar com ele? Realmente não tenho tempo. Não tenho tempo nem para dormir com todas as reuniões que tenho todos os dias."

"Agnes, quando você estava perdida quando criança, foi ele quem pagou para encontrá-la. Como você pode ser tão ingrata?"

"Ingrata? Pai, você acha que eu sou ingrata?" A voz de Agnes ficou um pouco fria. "Cinco anos atrás, se a família Cloude tivesse me defendido e pressionado a família Matthews, Adam ficaria relutante em se casar comigo? Pai, você e o mestre Cloude se importam mais com a reputação do que com qualquer outra coisa. Vocês não queriam ofender o família Matthews. Além disso, vocês não me apoiaram e não consegui o que eu queria. Por que eu perderia meu tempo indo para o hospital?"

Apertando o espaço entre as sobrancelhas, Doug disse: "Não podemos forçar um relacionamento".

"Oito anos atrás, quando Thalia forçou Adam a se casar com ela, por que você não disse algo desse tipo?"

"Sua irmã está morta!"

"Sim, ela está morta, mas nem assim ela facilita minha vida. Preferia que ela nunca tivesse existido!"

Com muita raiva, Doug queria dar uma lição na filha ingrata, mas o telefone foi repentinamente desligado por Agnes.

A sra. Cloude se intrometeu: "Thalia se foi. Por que você irrita Agnes falando sobre isso? Na verdade, a culpa é nossa. Nós erramos com Agnes. Por tantos anos, foi a família Cloude que a atormentou. Caso contrário, ela teria se casado com alguém da família Matthews... "

Doug sentia que a esposa e a filha eram simplesmente irracionais.

Há cinco anos, Thalia deixara a cidade de Marino para tratar o câncer de estômago e, depois de tantos anos, não havia notícias sobre ela.

Ela devia ter morrido no exterior, a menos que tenha acontecido um milagre.

Ela tinha pais e família, mas fora enterrada no exterior sem o conhecimento de ninguém. O quão lamentável era aquilo?

Doug foi dominado por uma série de emoções ao entrar no quarto da uti e ver o paciente deitado na cama.

Nesse meio tempo, a sra. Cloude pegou o celular e ligou para Agnes. "O temperamento do seu pai é assim. Thalia morreu no exterior e ele está chateado por causa disso. Não o irrite mencionando sua irmã... Se você não quer vir ao hospital, não precisa vir . Ficarei ao seu lado se acontecer alguma coisa... "

A sra. Cloude viu uma figura no canto do corredor enquanto falava, mas quando foi ver quem era, a pessoa abaixou a cabeça e saiu correndo.

Ela parecia tão familiar...

Um nome surgiu em sua mente e ela ficou chocada. A sra. Cloude desligou o telefone e saiu correndo atrás da estranha, porém a perdeu de vista no saguão cheio do hospital.

Thalia abaixou a cabeça, cobriu a boca e saiu correndo do hospital.

Ela saiu fungando e segurando as lágrimas que surgiram de repente, mas quando levantou os olhos novamente, já estava calma.

Cinco anos haviam se passado e ela já sabia como não se importar com aquilo. Não havia mais pelo que chorar.

Afinal, seu pai ainda se importava com ela, não é?

Além disso, ela tinha Zaney agora. Mesmo que o mundo inteiro a abandonasse, não seria mais uma pobre garota que ninguém amava.

Thalia pegou um táxi para casa e parou em frente à janela ao chegar. Olhando para a luz quente, ouviu risadas, e a escuridão em seu coração foi desaparecendo aos poucos. Ela sorriu e abriu a porta.

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