Lembranças Perdidas romance Capítulo 121

Zane ficou chocado.

Ele só concordara em ir à festa de aniversário do avô de Christy porque não tivera escolha depois de ser importunado indefinidamente por ela.

Mas estava além de sua expectativa encontrar o vilão Adam ali.

Ele abriu um grande sorriso. "Tio Adam, que coincidência."

"Que coincidência."

Adam deu um sorriso afetado.

Zane era uma criança cuja identidade ninguém conhecia, algo bastante duvidoso. E, além disso, ele sempre aparecia no território de Adam.

A suspeita era de que a criança estava conspirando contra a família Matthews.

"Garotinho, você conhece meu tio!" Christy deu um pulo feliz. "Então me diga a verdade, quem é mais bonito? Meu tio ou seu pai?"

"Claro que meu pai é muito mais bonito! Meu pai é o homem mais bonito do mundo!"

"Não! Meu tio é o homem mais bonito! Todos dizem que meu tio é o homem mais bonito do mundo, então você está mentindo!"

Christy gritou com Zane com as mãos na cintura.

Esse era o tipo de problema que envolvia os princípios dela, então ela não desistiria, mesmo sendo o garotinho de quem ela gostava...

Zane respondeu com raiva: "Você é quem está falando bobagem. Meu pai é cem vezes mais bonito do que o seu tio!".

"Meu tio é mil vezes mais bonito do que o seu pai!

"Dez mil vezes!"

Adam ficou sem palavras.

Toda a situação, duas crianças pequenas segurando a cintura e brigando na porta da casa, atraiu a atenção de um grande grupo de pessoas, e alguns se perguntaram:

'De quem é ele? Como ele ousa brigar com a garota da família Matthews? Ele vai acabar pagando um preço alto por isso.'

"Qual é o problema? Por que vocês estão discutindo?" Ao ouvir o barulho, Amelia se aproximou e olhou feio para Adam, que estava parado ao lado, curtindo a diversão. "Por que você não tentou impedi-los de brigarem? Alguém está coagindo Christy e você não faz nada. Você é o tio dela. Por que age como se nada estivesse acontecendo? Além disso, de quem é esse filho? Quem o deixou entrar aqui?"

"Irmã, você alguma vez viu Christy sendo maltratada?"

Adam parecia calmo, mas mantinha os olhos fixos em Zane.

Sentindo-se observado e analisado, o menino ficou furioso e rugiu: "Christy, sua família é muito brava, incluindo seu tio e sua mãe, dizendo que estou maltratndo você! Humph! Não quero mais brincar com você!".

Assim que disse isso, ele fugiu com as perninhas curtas, desaparecendo na porta em um instante.

Pasma, Christy começou a chorar, triste. "Mãe, é tudo culpa sua. Por que você o repreendeu? Ele não estava me maltratando, era o contrário... Ele finalmente tinha vindo brincar comigo em casa e você o repreendeu. É culpa sua ele ter ido embora agora! Ele disse que não vai mais brincar comigo. O que devo fazer..."

Quanto mais a menina chorava, mais deprimida ficava.

Amelia ficou triste com a situação. Desde que ela se divorciara do marido, sua atenção estava na filha, então tinha medo de que a menina fosse intimidada. Ela levantou Christy e a acalmou. "Ele é quem vai perder por não brincar com você. Você é filha da família Matthews. Tem medo de que ninguém brinque com você?"

"Não... eu só quero brincar com ele!"

Christy soluçava com o rosto coberto de lágrimas e ranho.

Adam intercedeu, frio e calmo. "Irmã, você acha que as pessoas devem adorá-la, deixá-la fazer o que quiser e brincar com ela por ser da família Matthews?"

Amelia perguntou com naturalidade, "E não é o caso?"

Vendo que a irmã dava aquilo como certo, Adam não quis dizer mais nada.

Ele pegou Christy no colo e a levou para o saguão. Depois que ela parou de chorar, ele perguntou: "Qual é o nome daquele garotinho?".

"Eu não vou te falar!" Christy estava profundamente zangada. "Não importa o que você me pergunte, não responderei nada!"

"Ele te coagiu e fez você chorar muito hoje. Amanhã, peço a alguém que o tire da cidade de Marino!"

"Ele não me provocou. Foi você quem o provocou!"

"Me diga o nome dele."

Christy ficou com um pouco de medo ao ouvir o tom duro do tio, então respondeu: "Zaney".

"Estou perguntando o nome completo."

"Como posso saber o nome completo dele? Todos os professores e crianças o chamam assim!" Christy ficou zangada. "Se você arranjar problemas com Zaney, nunca mais brincarei com você. Humph!"

Ela se virou e saiu correndo.

Com os olhos fundos, Adam acenou para as pessoas atrás dele e disse: "Vão para o jardim de infância onde Christy está estudando e investiguem o menino".

Vendo o ocorrido, Sean respondeu: "Sr. Matthews, o senhor suspeita que a criança se aproximou da srta. Matthews de propósito?".

"Com o poder e a influência da família Matthews, poderíamos obter informações de qualquer um, se quiséssemos. Mas essa criança permanece um mistério. Como posso não suspeitar disso?" Adam acendeu um cigarro. "Investigue com cuidado, não ignore nada suspeito."

"Ok!"

Ao longo da montanha, soprava a brisa noturna.

"Qual é o problema? A belezinha não te convidou para brincar com ela na casa dela?" Jacob dirigia o carro enquanto olhava para o garotinho zangado ao lado dele. "Por que você está tão bravo?"

Zane o encarou com raiva e perguntou: "Papai, você já sabia que a Christy era parente da família Matthews?".

"Você está me acusando injustamente! E isso não é verdade!" Jacob disse com um olhar injustiçado: "Eu só sabia que a família Matthews morava na região quando te levei até. E você parecia muito ansioso para o encontro. Como poderia te desanimar? Não fique com raiva!"

"Humph!"

Zane cruzou os braços e desviou o olhar para a janela.

"Na verdade, isso também pode ser uma coisa boa. Pense nisso. Christy é da família Matthews e a sobrinha mais amada de Adam. Se você virar o melhor amigo dela, poderá sempre ter contato com a família Matthews. Então, poderá fazer o que quiser, não é?"

Zane abaixou a cabeça. "Eu não quero usar a Christy."

A mão de Jacob no volante ficou tensa no instante em que ouviu aquilo.

'Usar...'

Mesmo tentando suprimi-la, a palavra se repetia na mente dele. Naquele momento, ele só conseguiu se concentrar em dirigir. Em menos de meia hora, o carro chegou ao bairro. Já passava das nove da noite, e as luzes da sala estavam acesas.

O coração de Zane deu um pulo e seu rosto ficou pálido. "Papai, eu disse à mamãe que voltaria antes das nove horas..."

Jacob tocou a testa suada e falou, "Sua mãe não me ligou. Ela deveria... eu não acho que ela esteja com raiva".

Os dois entraram escondidos na casa. Mas antes que pudessem mudar de calçados, ouviram a voz de Thalia. "Me contem agora mesmo onde vocês estavam."

Zane se jogou sobre ela com um sorriso, piscando os grandes olhos. Sua expressão era tão fofa que Thalia não conseguiu se conter. Logo já não estava tão brava.

Mas tossiu um pouco, aborrecida. "Faltam dez minutos para as dez horas. Por que você não ficou lá fora de uma vez? E você! Depois de voltar para cá, mal trabalha e vive levando Zaney para lá e para cá. A professora do jardim de infância me ligou hoje dizendo que Zaney pediu para ser dispensado pelo menos três vezes durante essas duas semanas, e não estou nem contando quando ele cabulou as aulas! Jacob, o que você está fazendo com o meu filho?"

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Lembranças Perdidas