Lembranças Perdidas romance Capítulo 137

"Sr. Matthews, todos no fórum disseram que me tornei secretária por causa do Sean, mas sei que foi por sua causa."

Thalia olhou para o homem a sua frente com indiferença e continuou: "Sr. Matthews, uma vez você me disse que estava cuidando de mim porque parecia uma velha amiga sua. Mas sr. Matthews, não quero ser mal interpretada pelos outros... Desta vez, é um boato sobre mim e Sean. Da próxima vez, será um boato entre mim e você?

"Sou uma pessoa comum e quero levar uma vida calma. Sr. Matthews, espero que aprove meu pedido de transferência".

Adam congelou no local como uma escultura.

Ele só queria ser bom com ela e dar-lhe todas as melhores coisas.

Ele até se contera ao se obrigar a não pensar nela, a não procurá-la, a não mandar presentes...

Mas, inesperadamente, ocorrera aquela grande bagunça com os dois ingressos para o show.

Será que ele tinha se afobado?

Será que tinha ido longe demais, e isso a prejudicara na opinião pública. Será que isso a tinha enojado?

Vendo que ele não respondia, Thalia o chamou, hesitante, "Sr. Matthews?".

"Você é secretária do presidente há menos de uma semana. Se eu transferi-la de volta ao seu posto original, temo que isso leve a mais burburinhos."

Adam afastou todas as emoções para ser apenas o presidente Matthews novamente. Ele colocou uma mão no bolso da calça, abriu os lábios finos e requintados e disse devagar: "Não se preocupe, não farei nada impróprio e não vou deixar você se tornar alvo do público".

Depois de ouvir a voz fria, Thalia, que estava calma no início, ficou nervosa de repente.

Ele tinha sido tão complacente com ela agora, que a fizera lembrar o que acontecera cinco anos antes, por nenhum motivo específico.

Durante aquele tempo, ele havia abusado dela, gritado com ela e a tratado como nada além de lixo nojento. Se ele algum dia tivesse se importado um pouco com ela, eles nunca teriam chegado àquele ponto.

Agora, ele a tratava com gentileza, parecendo culpado, mas isso não a tocava, só a deixava radiante.

Era verdade. Ela estava muito feliz.

Ela se vingaria dele por toda dor e desespero que infligira nela antes.

Com medo de que seu ódio ficasse muito óbvio, Thalia se despediu de Adam com voz suave e se virou para entrar no táxi.

Só depois que o carro se afastou, ela sentiu o olhar intenso atrás dela diminuindo um pouco.

"Mamãe?"

Zane apertou a mão de Thalia com os grandes olhos cheios de preocupação.

Ela se acalmou e se virou com um sorriso. "Estou bem. Acabei de falar com meu chefe sobre o trabalho."

Zane estava ansioso. "Ele não tornou as coisas difíceis para você, não é?"

Thalia riu. "Olhe para mim. Parece que fui colocada em uma posição difícil?"

"Mas ele parecia tão nervoso!"

Zane fez beicinho. "Mamãe, por favor, não trabalhe mais na Matthews Corporation. Ouvi dizer que ele é lascivo e gosta de se aproveitar das funcionárias. Como secretária dele, você o encontrará todos os dias. É muito perigoso! Mamãe, por favor, estou implorando. Peça demissão deste trabalho, ok?"

Thalia ainda não tinha respondido quando o motorista engoliu em seco. "Eu dei uma olhada agora... aquele é o presidente da Matthews Corporation? Jovem, se você é secretária do sr. Matthews, você deve ser incrível. Garotinho, você está errado. Vi no noticiário que o presidente da Matthews Corporation não gosta de se aproximar de mulheres. Nem casado ele é. Dizem que ele não se interessa por mulheres! E mesmo se se interessasse, ele não olharia para mulheres com filhos. Garotinho, não se preocupe com isso!"

A mentira de Zane havia sido descoberta e ele ficou muito chateado com isso. Ele se deitou nos braços de Thalia e disse: "Papai acabou de abrir a empresa dele aqui. Mamãe, você não pode ajudá-lo a administrar a empresa dele? Não seria bom?".

Thalia afagou a cabecinha do filho e respondeu, "Não há porque se preocupar tanto, meu menino. Chegamos em casa agora, saia do carro".