Loucos Por Ela Capítulo 59

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Continuação...

Felipe

Ao chegar no último andar, Adrian pediu que entrássemos em sua sala e foi falar com sua secretária.

— Eu estava estranhando o silêncio dele! — Allana comentou enquanto nos acomodamos nas cadeiras.

— Você acha que vem bronca? — Perguntei cismado e ela rebateu destemida.

— Acho que não! Ao menos o jeito como conversou com nós ainda há pouco, não indica.

— De qualquer jeito, agora saberemos! — Cochichei ao vê-lo entrar na sala, então ele caminhou até sua cadeira e sentou-se de frente conosco.

— Hoje de manhã, Allana comunicou que vocês estão namorando. — Falou olhando diretamente para mim e eu assenti, então ele continuou, desta vez olhando para a filha. — Ainda não tinha dito nada sobre o ocorrido com Igor, porém, desde o início eu disse que ele não me passava uma boa impressão. Você não me deu ouvidos e passou por tudo que nós já sabemos. Presumo que tenha aprendido a lição, e que com você seja diferente, Felipe! — Articulou voltando o olhar novamente para mim.

— Não se preocupe, Adrian! Como já havia dito ao Gustavo, minhas intenções com sua filha são as melhores. Creio que estou tão interessado no bem-estar dela quanto vocês. — Expressei-me com sinceridade.

— É o que espero! Allana é minha única filha, e tanto eu quanto o irmão dela faremos de tudo para que ninguém volte a machucá-la. Não quero ter problemas com você, nem com sua família.

— Fique tranquilo! Meu pai me ensinou a respeitar as mulheres desde criança. O que não quero para minha mãe e minhas irmãs, jamais faria com nenhuma outra. Abomino esse tipo de atitudes, portanto nunca machucaria sua filha! Allana é a mulher que amo… Vou cuidar dela! — Discursei e ele afirmou com a cabeça.

— Isso é tudo o que eu precisava ouvir. A faça feliz e sempre a respeite. — Pronunciou satisfatoriamente, se levantou e apertou minha mão.

— Conte com isso! — Afirmei retribuindo o gesto e ele deu um beijo na filha, então encerramos a conversa com a sua aprovação.

Voltamos para a sala de meu cunhado e percebi que ela estava contente! Dava para ver em seu semblante enquanto analisava os documentos, totalmente concentrada. Até mesmo seu irmão aparentava estar mais conformado. Trabalhamos juntos e por mais incrível que pareça, ele não ficou se colocando ao nosso meio o tempo todo como ultimamente. Logo deu meio-dia e Gustavo saiu para almoçar em sua casa, juntamente com seu pai. Allana pediu a ele que levasse o carro de sua mãe que estava com ela, e saímos para almoçar juntos.

Chegamos no Morumbi Town Shopping e fomos direto para a praça de alimentação. Ela quis comer hambúrguer. Já eu, pedi um tradicional PF, composto por uma porção de arroz com feijão, bife e fritas. Para acompanhar, combinamos suco de abacaxi com hortelã e aguardamos por alguns minutos.

Estávamos em um papo agradável quando notei que um rapaz aparentando ter mais ou menos a nossa idade, sentado em uma das mesas, não parava de encará-la. Coincidentemente, o mesmo que a olhava sem disfarçar na escada rolante. Porém, em ambas as ocasiões ela não viu, pois estava e se mantém de costas. No início não me importei… Allana é uma mulher bonita e chama atenção onde passa, é normal as pessoas olharem, mas confesso que estou um pouco incomodado com seu descaramento. De qualquer maneira, não vou falar nada sobre.

Foquei em nossa conversa, logo o pedido chegou e nós comemos. Bom… eu sim! Ela não comeu nem a metade e alegou estar sem fome. Nem o suco quis beber, mesmo eu insistindo.

um pouco pálida me chamou a atenção. Perguntei se estava tudo bem e ela respondeu que sim, então levantou-se para ir ao banheiro.

O fulano a acompanhou com o olhar, mas não se moveu. Com certeza é algum ''sem noção'' apenas admirando mesmo. Paguei a conta e quando ela voltou, seu rosto estava um pouco mais corado, talvez pelo tom mais escuro do batom. Segurei em sua mão e fomos para a loja escolher as alianças.

Entramos e a atendente nos mostrou várias opções. Eram tantas, que até mesmo Allana ficou confusa. Mesmo com sua indecisão, foi notável que entre todos os modelos, houve um que despertou mais seu interesse. Elas eram anatômicas e diamantadas totalmente de prata e acompanhavam um anel solitário de pedra azul, como seus belos olhos. Peguei em sua mão para provar a peça e estava gelada e suando. Segurei a outra para conferir e

— Amor, está tudo bem? — Perguntei preocupado mas não obtive resposta. Seu corpo amoleceu e eu só tive tempo de segurá-la.

Me desesperei ao vê-la tão descaída daquele jeito. Desde a outra ocasião percebi que havia algo errado, mas ela insistiu que estava tudo bem e mudou de assunto.

— Allana, acorda, fala comigo! — Chamei tentando despertá-la mas foi impossível.

Senhor, coloque-a aqui! Eu já volto. — A atendente me mostrou um sofá e saiu da loja, então a peguei em meus braços e a deitei no

instantes ela retornou acompanhada de um farmacêutico que trazia consigo, um esfigmomanômetro, o qual colocou no braço dela após pedir um pouco mais de espaço

Ela está com a pressão baixa! O desmaio é normal nesses casos. Porém, se isso for algo frequente deve ser investigado. De momento recomendo que eleve um pouco suas pernas, pois vai fazer com que ela acorde e em seguida, faça com que se alimente. Mas procure o médico dela para um possível diagnóstico. — Falou retirando o aparelho dos ouvidos e pendurou

obrigado! Seguirei sua orientação. — Agradeci ao profissional e ele se retirou. A atendente perguntou se eu precisava de algo, eu disse que não, então ela voltou ao seu

o recomendado e permaneci ao lado dela. Após alguns minutos ela recobrou a

Porque estou deitada aqui? O que aconteceu? — Perguntou se levantando um

calma! Não se levanta ainda... Você teve uma queda de pressão e desmaiou. — Expliquei mantendo-a na mesma