Allana
Ao entrar na sala de Felipe, ele estava sorrindo de olhos fechados. Fiz uma brincadeira e ele logo se levantou para me encontrar. Começamos a nos beijar e ao sentir suas mãos em minha pele, meu corpo se arrepiou por inteiro. Sua excitação era notável e isso só fez aumentar a minha. Nós literalmente não resistimos um ao outro, e por mais loucura que seja, queríamos nos sentir ali mesmo, naquele escritório de clima frio, por conta do ar condicionado, mesmo sabendo quem estava no mesmo prédio.
Fomos interrompidos pelo telefone tocando, o que o deixou frustrado e me fez rir ao ver sua reação. Após resolver o assunto ele desligou e voltou a me tomar em um beijo calmo, despertando mais o meu desejo por seu corpo quente, porém, desta vez a porta se abriu e por ela entrou meu irmão, atrapalhando mais uma vez e trouxe consigo uma notícia não muito boa, que após detalhar, deixou claro que não iríamos ficar sozinhos.
Seguimos para a sala de Gus e acabamos encontrando meu pai, que quis conversar com Felipe e comigo, então fomos para a presidência. Posteriormente à aprovação do mesmo, trabalhamos um pouco e fomos almoçar no shopping.
Eu não quis comer todo o meu hambúrguer, comi apenas um pedaço e tomei um pouco de suco. Ele insistiu mas foi em vão, eu disse que estava sem fome porque de fato é a verdade.
Enquanto conversávamos senti uma leve tontura, mas preferi não falar nada. Levantei e fui ao banheiro lavar o rosto com água fria, o que me fez sentir um pouco melhor, então retoquei a maquiagem e voltei.
Ele quis me levar para escolher as alianças e assim fizemos, mas infelizmente o mal-estar voltou. Na primeira loja que entramos já gostei dos modelos que vi e embora eu não estivesse me sentindo muito bem, estava entusiasmada.
Um modelo em especial prendeu a minha atenção… a pedra azul do aparador fugia do habitual e acho que Felipe percebeu.
Ele fez questão de pegar o anel para provar em meu dedo, mas eu comecei a ver tudo girar e minhas mãos que estavam suando frio, entregaram a situação. Tentei manter-me firme, mas a última coisa que me lembro é dele perguntando se estava tudo bem. Acordei deitada em um sofá e ao me explicar o que havia acontecido, fiquei sem entender o motivo. Eu já me sentia melhor e queria continuar o passeio, mas ele alegou que foi instruído a me levar para comer novamente e assim fez.
Voltamos à praça de alimentação e eu nem pude escolher nada. Ele fez o pedido sozinho e quando chegou, era um prato repleto de proteínas e salada, acompanhado por um copo de suco de laranja com acerola.
— O que pensa que está fazendo? — Perguntei o encarando confusa.
— Cuidando de você! — Respondeu despreocupado enquanto cortava a carne que espetou com o garfo e levou até minha boca.
— Está louco, se pensa que vou comer tudo isso! — Comuniquei tentando conter o riso, após engolir.
— Não tem que comer tudo, mas precisa se alimentar direito. Essas "porcarias'' que você ingere, não fazem bem. Agora abra a boca. — Pronunciou com o garfo parado em minha frente de novo.
— Felipe, eu não sou criança! Pare com isso! — O repreendi envergonhada, pois as pessoas estavam olhando.
— Tudo bem... então coma! — Concordou entregando-me o garfo e eu comecei a comer.
— Satisfeito? — Perguntei irônica.
— Ainda não! Coma mais um pouco. — Respondeu após conferir o prato e eu revirei os olhos.
Mas é cínico!!!
— Eu não sei de onde tirou a ideia de me obrigar a comer novamente! — Desabafei revoltada.
— O farmacêutico que orientou. — Explicou após tomar um pouco da água que pediu para si. — A propósito… ligue para seu médico e marque uma consulta para amanhã. Eu vou te acompanhar.
— E para quê? — Perguntei encarando-o curiosa.
— Para saber a causa desses desmaios! Isso não é normal. — Falou e eu gargalhei.
— Eu não vou ao médico! Foi apenas uma queda de pressão como da outra vez. Com certeza causada pelo estresse do dia a dia, mas eu estou bem… e também não quero mais comer! Estou sem fome. — Relatei após beber um pouco de suco.
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