Continuação...
Felipe
Ao chegar no último andar, Adrian pediu que entrássemos em sua sala e foi falar com sua secretária.
— Eu estava estranhando o silêncio dele! — Allana comentou enquanto nos acomodamos nas cadeiras.
— Você acha que vem bronca? — Perguntei cismado e ela rebateu destemida.
— Acho que não! Ao menos o jeito como conversou com nós ainda há pouco, não indica.
— De qualquer jeito, agora saberemos! — Cochichei ao vê-lo entrar na sala, então ele caminhou até sua cadeira e sentou-se de frente conosco.
— Hoje de manhã, Allana comunicou que vocês estão namorando. — Falou olhando diretamente para mim e eu assenti, então ele continuou, desta vez olhando para a filha. — Ainda não tinha dito nada sobre o ocorrido com Igor, porém, desde o início eu disse que ele não me passava uma boa impressão. Você não me deu ouvidos e passou por tudo que nós já sabemos. Presumo que tenha aprendido a lição, e que com você seja diferente, Felipe! — Articulou voltando o olhar novamente para mim.
— Não se preocupe, Adrian! Como já havia dito ao Gustavo, minhas intenções com sua filha são as melhores. Creio que estou tão interessado no bem-estar dela quanto vocês. — Expressei-me com sinceridade.
— É o que espero! Allana é minha única filha, e tanto eu quanto o irmão dela faremos de tudo para que ninguém volte a machucá-la. Não quero ter problemas com você, nem com sua família.
— Fique tranquilo! Meu pai me ensinou a respeitar as mulheres desde criança. O que não quero para minha mãe e minhas irmãs, jamais faria com nenhuma outra. Abomino esse tipo de atitudes, portanto nunca machucaria sua filha! Allana é a mulher que amo… Vou cuidar dela! — Discursei e ele afirmou com a cabeça.
— Isso é tudo o que eu precisava ouvir. A faça feliz e sempre a respeite. — Pronunciou satisfatoriamente, se levantou e apertou minha mão.
— Conte com isso! — Afirmei retribuindo o gesto e ele deu um beijo na filha, então encerramos a conversa com a sua aprovação.
Voltamos para a sala de meu cunhado e percebi que ela estava contente! Dava para ver em seu semblante enquanto analisava os documentos, totalmente concentrada. Até mesmo seu irmão aparentava estar mais conformado. Trabalhamos juntos e por mais incrível que pareça, ele não ficou se colocando ao nosso meio o tempo todo como ultimamente. Logo deu meio-dia e Gustavo saiu para almoçar em sua casa, juntamente com seu pai. Allana pediu a ele que levasse o carro de sua mãe que estava com ela, e saímos para almoçar juntos.
Chegamos no Morumbi Town Shopping e fomos direto para a praça de alimentação. Ela quis comer hambúrguer. Já eu, pedi um tradicional PF, composto por uma porção de arroz com feijão, bife e fritas. Para acompanhar, combinamos suco de abacaxi com hortelã e aguardamos por alguns minutos.
Estávamos em um papo agradável quando notei que um rapaz aparentando ter mais ou menos a nossa idade, sentado em uma das mesas, não parava de encará-la. Coincidentemente, o mesmo que a olhava sem disfarçar na escada rolante. Porém, em ambas as ocasiões ela não viu, pois estava e se mantém de costas. No início não me importei… Allana é uma mulher bonita e chama atenção onde passa, é normal as pessoas olharem, mas confesso que estou um pouco incomodado com seu descaramento. De qualquer maneira, não vou falar nada sobre.
Foquei em nossa conversa, logo o pedido chegou e nós comemos. Bom… eu sim! Ela não comeu nem a metade e alegou estar sem fome. Nem o suco quis beber, mesmo eu insistindo.
Sua pele um pouco pálida me chamou a atenção. Perguntei se estava tudo bem e ela respondeu que sim, então levantou-se para ir ao banheiro.
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