Continuação…
Felipe
Estava sentado na sala, esperando todos descerem para o café, enquanto pensava na conversa que tivemos ainda a pouco e em como eu gostaria de poder ter evitado tudo isso, até que voltei à realidade com Ayla, que aliás acabou de chegar, me interrogando.
— Fe, o que faz aqui tão cedo? Aconteceu alguma coisa? — Perguntou e vi Allana apontar no topo da escada junto com minha outra irmã.
— Sim, mas depois a Kate te explica! Já tomou café?
— Ainda não! Vou me trocar e já desço.
— Ok! E vê se para de dormir fora de casa! —
Ela fez-se de desentendida e subiu correndo e as três se cumprimentaram.
— Onde estão nossos pais? — Kate indagou e eu respondi ao ver os dois saindo do escritório.
— Aí vem eles…
Fomos para a mesa e esperamos que Ayla se juntasse a nós e assim que ela sentou-se, começamos a nos alimentar. Allana quase não comeu, e assim que todos terminaram ela quis ir embora.
— Elisa, Humberto, obrigada por terem me recebido em sua casa e mais uma vez, perdoem-me por ter lhes incomodado com meus problemas. — Ela aparentava estar constrangida e minha mãe tentou deixá-la mais à vontade.
— Minha linda, já disse para não se preocupar com isso e espero que consiga resolver tudo. Se precisar de nós, estaremos aqui! — Elas se abraçaram e meu pai reforçou.
— Não se envergonhe nem se desculpe, você é apenas uma vítima nessa história e não tem culpa nenhuma! Espero que fique tudo bem, mas se precisar de qualquer coisa a qualquer hora, não hesite em nos procurar. Veja em nós, a sua família, mas repense a decisão de ocultar de seu sangue! — Ele beijou o topo de sua cabeça e ela assentiu.
— Muito obrigada, de verdade! — Forçou um sorriso e em seguida abraçou Kate. — Amiga, ainda bem que conheci você! Obrigada!
— Aí desse jeito eu vou chorar… — A voz de Kate tremeu e todos rimos. — Se cuida, tá? Te deixo em boa mãos! — Minha irmã sorriu e olhou para mim.
— Então vamos? — Convidei e Allana concordou, então me despedi de todos e saímos.
Fomos para a garagem e entramos no carro e ao passar pelo jardim, Ayla, que estava ao telefone acenou para nós e eu buzinei, então seguimos para o Soter em silêncio durante o percurso todo. Chegamos e ela conversou com o porteiro para proibir a entrada de Igor no prédio, o mesmo tentou alegar que ele sempre vai ao meu apartamento, mas eu afirmei que era para fazer o que ela havia dito e seguimos para o estacionamento.
— Parece que aqui ele não está… — Comentou ao ver que só uma de suas vagas estava ocupada por seu carro.
— Ao que tudo indica, não! Mas todo cuidado é pouco.
— Sim, você tem razão.
— Já sabe qual chaveiro chamar? — Perguntei ao entrarmos no elevador.
— Ainda não… vou pesquisar com calma.
— Se quiser posso te ajudar com isso… o rapaz que faz a manutenção das fechaduras da empresa é muito eficiente.
— Seria ótimo, mas não quero te atrapalhar mais! Você tem que trabalhar.
— Esqueceu que eu sou um dos donos? Além disso, você não me atrapalha nunca! — A encarei e sorrimos. — Então está decidido e não se fala mais nisso!
O clima "leve" durou só até chegarmos ao 5 andar. Caminhamos até seu apartamento e ela abriu a porta.
— Espera aqui! Vou olhar tudo primeiro. — Ela confirmou, mexendo a cabeça e eu entrei.
Verifiquei cada cômodo com muita atenção para ter certeza de que ele não estava, e quando finalmente me certifiquei, voltei para tranquilizá-la.
— Pode entrar sem medo… não tem nem sinal dele aqui! — Ela respirou aliviada.
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