Loucos Por Ela romance Capítulo 35

Felipe

Depois da noite prazerosa que tivemos, não precisou de nenhum outro estímulo para me deixar de pau duro… acordar ao lado de Allana foi suficiente, afinal, eu queria tanto esse momento e ao mesmo tempo achava que nunca iria acontecer, que agora que tive a oportunidade era lógico que eu ia querer de aproveitar ao máximo, mas não sei o que deu nela… mudou de atitude tão drasticamente que nem parecia a mesma mulher de algumas horas atrás.

Sei que ela tem razão em tudo que disse, mas meu coração custa a aceitar! O que eu mais desejo é poder cuidar e protegê-la de qualquer maldade que Igor tente fazer, porque algo me diz que ele vai, mas ela não quer ceder.

Mesmo meu subconsciente gritando para eu tentar convencê-la do contrário, respeitei sua decisão e vim embora. Tomei um banho demorado para ver se conseguia aliviar a tensão, porque o dia já não começou bem e quando olhei a hora, notei que já estava atrasado. Desliguei o chuveiro, me sequei e me vesti, então desci para pegar meu carro.

Dirigi o caminho todo perdido em pensamentos e ao chegar na empresa, entrei sem falar com ninguém. Camila tentou puxar assunto, mas não respondi… Entrei para o meu escritório e fechei a porta.

A cafeteira já estava em minha sala, então retirei uma xícara de café bem forte e nem quis adoçar… sentei e comecei a trabalhar para tentar esquecer a conversa que tivemos a pouco.

Passaram-se alguns minutos e ouvi batidas na porta. Estranhei o fato de minha secretária não ter anunciado ninguém e quando ia dar permissão para que a pessoa entrasse, a porta se abriu e Caio entrou por ela.

— Bom dia, irmão! Pensei que não viria hoje também.

— Bom dia! — Respondi e voltei a atenção para o documento que tentava analisar e ele pausou os passos por um momento, mas logo continuou até chegar em minha frente.

— O que houve com a sua sobrancelha? — Respirei fundo, joguei o papel na mesa e apontei a cadeira, indicando que ele se sentasse. — Nossa, já vi que ontem rendeu.

— Senta logo! — Falei já sem paciência e ele riu.

— Calma! Vou pegar um café… quer outro? — Indagou ao me ver terminando de beber a primeira xícara e eu assenti.

Meu amigo pegou as bebidas e sentou-se para me ouvir.

— Pronto, pode começar!

Iniciei o relato dos acontecimentos desde o momento em que presenciei aquela cena absurda ao chegar no apartamento de Allana, até a briga com Igor e ele me ouviu atentamente.

— Olha, é difícil acreditar em tudo o que ouvi… Nunca imaginei que Igor pudesse ser capaz de tanto! Ele sempre foi um pouco revoltado e tal, mas daí a chegar ao ponto de agredir uma mulher e tentar forçá-la a algo… juro que não consigo entender essa atitude! — Caio mostrou-se incrédulo, e não é para menos.

— Sim, eu também custei a acreditar, mas agora o que me preocupa é o que mais ele pode tentar contra ela. Ainda no início da noite de ontem, vi o carro dele parado lá em frente e sei que ele não vai deixá-la em paz tão facilmente.

— E o que pensa em fazer a respeito?

— Essa é a questão… eu não sei, mas preciso encontrar uma solução válida e rápido, o problema é que ela não quer contar para a família e eu não posso contrariá-la.

— Nossa… que føda, irmão! — Eu assenti e ele pensou por alguns segundos e bem que poderia ter continuado calado, mas preferiu me infernizär.

— Mas olha só, se o Igor deixou sua sobrancelha assim só porque deduziu que vocês haviam dormido juntos, imagina o que ele vai fazer quando tiver certeza… porque vocês ficaram, né?!

Estava demorando para ele começar!

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