Loucos Por Ela romance Capítulo 46

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Felipe

Após a abordagem direta de Gustavo, decidi saber de uma vez do que se tratava.

— Estou ouvindo! — Nos sentamos e ele permaneceu sério.

— Eu tenho uma dúvida que não consigo tirar da cabeça e como não gosto de rodeios, vou direto ao assunto. O que existe entre você e minha irmã? — Interrogou olhando fixo para mim e eu engoli seco ao ouvi-lo e foi minha vez de encará-lo seriamente.

Me calei por um momento, mas sem outra alternativa, respirei fundo e comecei:

— Eu não queria que essa conversa fosse assim, mas não tenho outra opção a não ser dizer a verdade. Gosto de Allana desde a primeira vez que a vi. Inclusive, ela é a mulher que te falei em São Paulo.

— Não acredito nisso! Estou ouvindo e não consigo acreditar! — Mencionou ao se levantar e começa a andar pelo escritório.

— Gustavo, eu… — Antes que eu pudesse terminar de falar, ele me cortou.

— Por que não me falou quando soube que ela é minha irmã?

— Queria conhecê-la primeiro. — Aleguei e ele negou, mexendo a cabeça.

— Não justifica!

— Justifica sim! — Afirmei e continuei explicando. — Eu soube naquele dia no clube, quando você mostrou as fotos do ensaio dela, mas preferi não falar nada porque não sabia o que ia acontecer quando nos conhecêssemos e quando retornei, ela estava namorando com meu amigo, por isso me calei. Entende?

— Então você é o real motivo dela ter terminado o namoro?

— Não. Allana não quer nada comigo! —

Desabafei e ele retrucou com ênfase.

— Me alegra muito ouvir isso!

Apontei a cadeira e ele entendeu que era um convite para sentar-se novamente e parar de andar de um lado para o outro, então assim fez e eu continuei.

— Eu sei o que você pensa sobre mim, mas está equivocado! Gosto de sua irmã e minhas intenções com ela são sérias e as melhores. Acontece que ela não quer nem saber de mim, então achei desnecessário iniciar este assunto com você.

— Cara, ela é minha irmã! Era sua obrigação ter me dito.

— Gustavo, acredite… não me calei por vontade própria, mas sim pelas circunstâncias.

— Não pensava em me contar, né?!

— Na verdade não. Ontem conversamos e ela revelou gostar de alguém e deixou claro que não sou eu, então não tinha o porquê falar.

Ele baixou a cabeça, passou a mão na testa, respirou fundo e resmungou sozinho.

— Não faz sentido! — Essa frase me intrigou, então perguntei destemido.

— Por que "não faz sentido"?

— Nada. Esquece! — Pronunciou um pouco agitado e deixando-me ainda mais confuso, calou-se por alguns segundos, voltou a respirar profundamente e deu sequência. — Presta atenção Felipe, não me agrada nem um pouco a ideia de você se engraçar com a minha irmã, mas cuidou dela enquanto eu não estava e arriscou ganhar seu desprezo, por contrariar sua decisão, apenas para mantê-la segura. Além disso, foi homem de assumir para mim que gosta dela e eu admiro a sua coragem. Nunca pensei que diria isso, mas vou te ajudar.

Será que eu estou alucinando? Me pergunto ainda sem acreditar, então decido entender melhor

— Não entendo! O que quer dizer com isso?

— Que conheço o tamanho da teimosia de minha irmã e se ela disse para você ficar longe, sei que fará de tudo para mantê-lo afastado, mesmo que não seja o que ela de fato quer.

— Gustavo, você está me confundindo.

— Ontem estávamos conversando e eu acabei me lembrando que no momento em que cheguei de surpresa, ela abriu a porta resmungando e citou seu nome. Não entendi o que ela falou, mas seu nome ouvi perfeitamente, então eu a confrontei a respeito disso e ela ficou muito nervosa. Desconversou e se esquivou de todas as formas possíveis, mas não respondeu minha pergunta.

Ouvi-lo mencionar a reação da irmã, me fez lembrar que ela reagiu da mesma forma no parque. Não consigo decifrá-la! Tento acreditar que ela está mentindo quando diz não sentir nada por mim, mas confesso que sua frieza me assusta. Pensei por um momento e em seguida Interpelei.

— E o que perguntou?

— O mesmo que para você! Se existe algo entre vocês.

— Entendi.

— Eu não vou nem perguntar se vocês ficaram, porque você foi bem direto quando assumiu o que sente e de verdade, eu prefiro não saber se rolou alguma coisa ou então vou querer te matär ao invés de ajudar. — Falou e eu ri.

— E na sua opinião, o que devo fazer?

— Ela já tomou uma decisão e hoje vamos voltar para São Paulo.

— Hoje? — Perguntei completamente aflito e ele afirmou, mexendo a cabeça.

— Sim. Sabe que não posso me ausentar da empresa por muito tempo e como ela já resolveu tudo com Bryan, não vejo porquê permanecer aqui.

— Claro, afinal ela está correndo perigo. — Concordei mesmo contrariado.

— Exato! Mas será temporário, apenas um mês.

Neste tempo, recomendo que não a procure. Eu a conheço bem e sei que é o melhor que você pode fazer para que ela não te afaste ainda mais. — Assenti.

— Que horas viajam?

— Pedi para deixarem o avião pronto às 19 horas.

— Certo. — Concordei já pensando em como farei para me despedir dela e meu sócio se levantou.

— Eu já vou. Ainda tenho algumas obrigações para depois do almoço. Marquei uma reunião com o supervisor às 13 horas. Você estará presente?

— Não posso, tenho algumas coisas para resolver.

— Ok. Antes de viajar te deixo a par de tudo.

— Combinado. Até logo!

Nos despedimos com um aperto de mãos e ele saiu, então rapidamente peguei meu celular e liguei para minha irmã.

— Oi, irmão!

— Kate, preciso de um favor!

— O que foi?

— Allana voltará para São Paulo hoje e eu preciso do numero dela.

— Fe, eu disse ontem para você dar um tempo pra ela.

— E eu vou, mas tenho que tentar mais uma vez!

Ouvi sua respiração forte do outro lado da linha e então ela cedeu.

— Ai, Fe... eu não tenho nada a ver com isso, hein! Vou enviar o contato.

— Valeu, maninha! Me lembre de te dar dois beijos depois. — Pronunciei sorrindo e ela também não se segurou.

— Você não tem jeito! Vou mandar no whats e cuidado com o que vai fazer… não se esqueça que o irmão dela está na cidade.— Falou tentando me alertar e eu a tranquilizei.

— Não se preocupe. Obrigado.

Desligamos e em seguida ela me enviou o contato e eu salvei em minha agenda e ligo imediatamente para Allana. Após alguns toques, ela atendeu.

— Alô!

— Não desligue, por favor!

— Felipe? — Mostrou-se surpresa e logo interrogou. — Como conseguiu meu número?

— Não importa. Preciso conversar com você!

— Já conversamos e eu acho que deixei tudo muito claro, ontem.

— Escuta, seu irmão tem uma reunião na empresa às 13 horas. Te espero no meu apartamento no mesmo horário.

— Você está louco! Nem perca seu tempo me esperando, porque eu não vou.

— Por favor, Allana! É importante…

— Eu já disse que não vou! — Afirmou e desligou na minha cara.

Precisei mentir um pouquinho para deixá-la curiosa. Agora resta saber se minha tática funcionou.

O Gustavo que me perdoe, mas não vou permitir que ela se vá sem confessar o que sente. Sei que é golpe baixo, mas se a única forma de conseguir isso é deixando-a vulnerável, então assim será.

Fechei meu computador e saí da sala, ordenando à Camila que cancele todos os meus compromissos da tarde, pois hoje não voltarei à empresa.

Retornei ao apartamento, tomei banho, vesti uma bermuda jeans clara, e uma camiseta vinho e fiquei sentado na sala ansioso, aguardando dar o horário e incerto se ela virá.

Algum tempo se passou, olhei no relógio e já são 13:50 horas… Ela não mentiu quando disse que não viria.

Peguei um copo com uísque e caminhei em direção a varanda, mas antes que eu pudesse chegar, a campainha tocou.

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