Resumo do capítulo Capítulo 80 do livro Loucos Por Ela de Bruna Ferreira
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 80, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Loucos Por Ela. Com a escrita envolvente de Bruna Ferreira, esta obra-prima do gênero Erótico continua a emocionar e surpreender a cada página.
Continuação...
Felipe
Ao se deparar comigo em sua frente, reparei o quanto ela ficou surpresa.
— Felipe?! O que você quer? — Interrogou mantendo a postura rude, mas o nervosismo também era notável.
— Sei o porquê não quer ir no passeio de lancha e tudo bem, é um direito seu e eu não vim para discutir isso! Acontece que nós vamos permanecer aqui por três dias e em alguma hora você terá que sair desse quarto. Então, já que estamos todos aqui, vamos manter a paz ao menos por esse fim de semana e tentar ter uma convivência no mínimo razoável. — Me empenhei em ser o mais educado possível e até que ela foi compreensiva.
— Tá... Por mim tudo bem! — Concordou passando a mão no cabelo e então dei o assunto por encerrado.
— Era só isso que eu queria falar… Com licença. — Virei as costas e deixei o local.
Ao chegar no porto, os outros já me esperavam impacientes.
— Será que podemos ir ou você tem mais alguma coisa para fazer? Daqui a pouco é hora de voltar e nós ainda nem saímos. — Ayla não hesitou em demonstrar sua chateação pela demora e todos rimos.
— Sim, podemos ir! — Proferi subindo no barco.
Gustavo foi para a cabine porque queria pilotar e a apressadinha da Ayla seguiu para a proa. Kate e eu permanecemos no bombordo.
— Ela está relutante mesmo … nem você conseguiu convencê-la! — Minha irmã comentou enquanto arrumava seu chapéu.
— Eu não fui chamá-la! — Encostei os antebraços no ferro e curvei o corpo.
— E então? — Abaixou-se, ficando na mesma posição e eu expliquei.
— Apenas disse para tentarmos conviver tranquilamente nesses dias, já que não podemos nos evitar o tempo todo.
— Parece que deu certo… — Sinalizou olhando na direção do píer e eu virei a cabeça para o lado oposto, tentando compreender o que foi dito e grande foi minha surpresa.
Allana seguia a caminho da embarcação e estava vestida com um conjunto de renda azul bebê, composto por uma saia longa com fenda na altura da coxa e um cropped de amarrar no pescoço.
O chinelo branco combinou muito com a escolha da roupa, deixando tudo completamente harmonizado e o vento jogando seus cabelos sedosos para trás, me fez compreender que nem mesmo querendo, vou conseguir esquecê-la. Eu sou louco por ela!
— É muito visível o quanto ela mexe contigo! — Exclamou e ouvimos o motor ligar. — Vou avisar o Gustavo para esperar.
— Não… Deixa que eu vou! — Tentei sair, mas ela me barrou.
— De jeito nenhum! Você mesmo acabou de dizer que não tem como se evitarem o tempo inteiro. Depois eu volto… — Acenou para sua amiga e entrou.
Permaneci no mesmo lugar e Allana logo embarcou e aproximou-se de onde eu estava.
— Felipe, quero me retratar por aquele dia no escritório... Eu passei dos limites e acabei te ofendendo... Me desculpe! — Ouvi atentamente e confesso que por um momento acreditei que ela iria dizer outra coisa.
— Esquece isso... Já passou! — Falei olhando para a imensidão do mar.
— Obrigada… — Agradeceu e eu assenti, então ficamos calados enquanto o barco começava a se mover.
A verdade é que fiquei um pouco desapontado porque ela se desculpou apenas pela discussão na empresa e simplesmente fingiu que a outra situação não aconteceu.
— Então pula que eu vou ficar esperando. — Até ela estava tentando segurar o riso.
— Você me paga, Gustavo! — Após encará-lo por alguns segundos, tirou a saia e mergulhou.
Assim que ela voltou à superfície, Gustavo pulou novamente e desta vez, quase caiu em cima de Kate, arrancando risos de todos. Nesse momento nossos olhares se cruzaram e seu sorriso encantador, outra vez prendeu minha atenção, fazendo com que eu ficasse admirando suas feições, mas ela também fixou em mim.
Nós quase não conversamos, embora a troca de olhares tenha sido inevitável… Ayla tem mesmo razão quando diz que o amor é um vício!
…
São quase 23 horas e graças a insistência de minha irmã caçula que decidiu curtir a vida, estamos no carro de Gustavo indo para uma boate. Todos toparam, inclusive Allana e eu só espero que a noite seja tão agradável quanto foi o dia.
Chegamos na casa noturna e como é composta por múltiplos ambientes, que permitem abrigar os mais diferentes tipos de eventos comerciais e sociais, escolhemos um dos bares, pois no local contém cinco e ao pegarmos as bebidas, Gustavo e eu subimos para um dos camarotes e as meninas foram para a pista.
Como ela ainda está fazendo o tratamento da anemia, ficou apenas no suco, mas não por vontade própria e sim porque seu irmão tirou a taça de sua mão antes que a teimosa conseguisse beber o drink.
Nem preciso mencionar o quanto ela está lindíssima com aquele macaquinho preto realçando suas curvas e unindo isso, aos movimentos sensuais de seu corpo, que se mexe no ritmo da música, estão atraindo vários olhares para ela e o pior é que eu nem tenho mais o direito de sentir ciúmes.
Após algum tempo somente observando, descemos para dançar com elas. Dessa vez também não ficamos muito próximos, mas nossos olhos insistiam em se encontrar a cada instante.
Já passava das três da manhã e nós havíamos gastado toda a energia que nos restava então decidimos voltar. Como Allana foi a única que não bebeu nada com álcool, seu irmão lhe entregou as chaves do carro e ela seguiu dirigindo. Logo chegamos em casa e cada um seguiu para seu quarto.
Tomei outro banho pois estava suado, vesti somente uma cueca branca e me deitei. Eu estava tão cansado que apaguei enquanto pensava no quanto é difícil tê-la no quarto em frente ao meu, ao invés de estar aqui ao meu lado.
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