Felipe
Apesar de não ter o mesmo conforto que o carro, não tenho dúvidas que fiz a escolha certa em viajar sobre duas rodas. Gastei bem menos tempo para chegar ao meu destino final e confesso que conduzir uma moto desse porte, causa um turbilhão de emoções.
Sentir o vento atenuando no rosto e o corpo totalmente livre de tudo que nos prende a vida, é uma mistura de alegria, prazer, medo, relaxamento, liberdade, adrenalina, status, aventura e poder, que me fizeram esquecer todos os meus problemas enquanto estava pilotando.
2 horas depois cheguei na propriedade e Gustavo saiu para me receber.
— Quem é vivo, aparece! — Brincou vindo em minha direção e me cumprimentou com um aperto de mãos, seguido de um abraço. — E aí, cara?! Que bom que veio.
— Como vai, Gustavo?! — Retribuí a saudação.
— E essa moto aí? — Perguntou enquanto admirava.
— Comprei essa semana…
— Aí sim… depois quero dar uma volta, hein!
— Quando quiser! — Afirmei e ele sorriu.
— Agora vamos entrar porque todos estão esperando.
— Vamos lá…
Seguimos para o interior do imóvel e a satisfação no rosto de minha mãe ao me ver cruzar a porta, me fez ganhar o dia.
— Sabia que não iria nos decepcionar! — Proferiu ao me abraçar.
— Eu jamais faria isso, mãe! — Dei um beijo em sua testa e comecei a cumprimentar os demais.
— Estou feliz que tenha reconsiderado, filho! Essa data não seria a mesma sem você. — Foi a vez de meu pai se expressar e eu assenti sorrindo.
— Eu sei, pai... Não podia falhar com vocês!
— Faço minhas as palavras de Humberto! Afinal, a ideia de nos reunir, foi sua. — Adrian ressaltou ao me dar dois toques no ombro.
— E sem dúvidas essa é a ocasião mais propícia para isso! — Dona Helena aproximou-se visivelmente alegre e apertou minha mão. — Que bom que está aqui conosco, querido!
Essa calorosa recepção me deu a total certeza de que é aqui mesmo que eu deveria estar.
— É um prazer tê-los aqui comemorando essa data tão importante para meus pais. — Correspondi aos cumprimentos. — Agora peço licença, mas vou deixar as coisas no quarto.
Acho que eles já devem saber do fim da minha relação com sua filha e para manter o clima agradável me retirei logo dali e Ayla me acompanhou.
— Não vi o carro do Fabrício na garagem... Por que ele não veio? — Interroguei enquanto caminhávamos no corredor.
— Terminamos! — A tranquilidade como ela respondeu, me fez acreditar que as mulheres estão cada vez mais frias e sinceramente, não sei se isso é bom ou ruim.
— Vejo que gostava muito dele, né?! — Ao anotar a ironia, ela revirou os olhos.
— Aí, ele era muito chato! Eu não podia conversar nem brincar com ninguém que sempre fazia cara feia. Foi melhor assim... Agora eu só quero curtir! — Vão começar as minhas dores de cabeça com essa mocinha.
— Vai com calma aí, senhorita! Você pode ter terminado com ele, mas eu ainda sou seu irmão mais velho, não se esqueça. — Adverti e ela reclamou.
— Não começa, hein! — Sorri ao ouvi-la contestar e paramos em frente à minha suíte.
— E Kate, onde está? — Perguntei curioso por não tê-la visto.
— No quarto com Allana… — Anunciou, indicando a porta que estava atrás de si mesma e como minha irmã é muito brincalhona, fiquei em dúvida.
— Tá falando sério?
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