Mamãe, não deixe o papai romance Capítulo 125

A voz de Lance estava abaixo de zero, e o frio penetrante fez Ellie perceber que algo havia mudado no relacionamento deles.

Ela continuava gostando dele da mesma forma, mas Lance parecia ter mudado.

Ellie achava que esse homem a esperaria para sempre, independente do tempo que passasse. Afinal, se não fosse assim, por que ele havia procurado as cerâmicas azuis e brancas para organizar uma exposição exclusivamente para ela? O intuito dele não era reconquistá-la?

No entanto, o comportamento dele naquele momento era incompreensível.

"Eu não fiz nada. Só vim aqui porque me disseram que você tinha se machucado."

"Sério? Mas ninguém sabia disso além de Carley. Você está me dizendo que foi ela quem te contou?"

"Bom..." Ela não conseguiu responder.

Tentar se explicar demais para um homem inteligente como Lance só lhe causaria mais decepção.

No entanto, sem querer prosseguir com o assunto, ele encerrou a conversa com um aviso. "Esta foi a única vez. Não vou te perdoar se você fizer isso de novo."

A frieza alcançou o coração dela, um homem que a amara tanto não deveria tratá-la daquela forma.

Ela sempre fora tratada com muita consideração por todos a sua volta, inclusive Lance, mas as coisas haviam mudado.

Ellie explicou em pânico. "Sam, você acha que eu tentaria machucá-la? Pessoas como ela nem fazem diferença na minha vida."

"Você sabe muito bem o que aconteceu. Não vou falar de novo."

Depois disso, ele a mirou com um olhar cheio de significado e saiu, ignorando-a completamente.

Ela trincou os molares e mordeu os lábios com força, percebendo que subestimara os sentimentos de Lance por Carley, que provavelmente já ameaçava a sua posição.

O pior era que aquela noite havia sido a oportunidade perfeita para acabar com aquela mulher. Como aqueles imprestáveis conseguiram falhar? Eles mereciam morrer.

Lance ficou sombrio no carro durante todo o trajeto. Se fosse outra pessoa que tivesse tentando machucar Carley, ela já teria morrido nas mãos dele.

Sheree puxou a mãe para a mesa enquanto Shayne catava um banquinho para conseguir pegar uma tigela e um par de hashis na cozinha. Preocupada, a madame Chambers foi logo atrás dele.

"Shayne, me deixe te ajudar com isso. Você pode cair." Ela tirou Shayne do banco e pegou os utensílios para ele.

O menino agradeceu obediente. "Obrigado, madame Chambers."

O coração da mulher derreteu, e ela logo viu o garoto servindo arroz para Carley. "Dr. Chambers, você educou muito bem essas crianças. Os dois são independentes e sensatos, praticamente não dão trabalho." Ela falou rindo.

"Assim você me deixa sem graça, madame Chambers. Mas eu não ensinei nada, não. Na verdade, eles sempre foram obedientes e gostam de me ajudar quando me veem ocupada. Deve ser difícil cuidar deles todos os dias. Pode deixar que eu os levo para a escola hoje."

"Você fez um turno de 24 horas, deve estar exausta. É melhor ficar em casa e descansar. Nós os levamos."

"Não se preocupe, estou bem. Já estou acostumada com esse ritmo de trabalho, era a mesma coisa no exterior. Além disso, não passo muito tempo com eles, então tenho que aproveitar o pouco que consigo."

Carley falara já com a cabeça baixa, comendo. Ela nunca incomodaria os outros com aquilo que podia fazer.