Mamãe, não deixe o papai romance Capítulo 124

Tudo parecia normal no hospital, e mesmo após uma terrível perseguição de assassinato, a equipe médica estava calma. Ninguém ouvira o alarme?

Ao mesmo tempo, Lance não queria que ela perguntasse mais sobre o assunto, estava claro que ele estava escondendo a identidade do mentor por trás de tudo aquilo.

Quem poderia ser?

E como essa pessoa poderia ter tentado matá-la de uma forma tão cruel?

"No que você está pensando? Vamos logo! Faça o curativo na minha mão."

Carley caiu em si e começou a preparar os materiais às pressas. Depois de imbuir os cotonetes no álcool, ela o avisou. "Sua ferida é muito profunda, então acredito que vá doer bastante quando eu a tratar. Só vou saber se precisa suturar depois de desinfetá-la. Mas se doer demais, posso te dar um anestésico local."

A expressão de Lance era resoluta, e seus olhos pareciam inabaláveis; ele piscou mostrando que a estava ouvindo.

Mesmo assim, o humor de Carley oscilou. Se isso tivesse acontecido antes, ela teria gostado de vê-lo ferido. No entanto, naquele momento ela estava um pouco abalada. Talvez por ter sido a razão pela qual ele havia se machucado.

Quando o álcool entrou em contato com o ferimento, as sobrancelhas retas de Lance se enrugaram um pouco, e Carley começou a ser mais cuidadosa.

"Existe uma veia na mão que é chamada de 'vena amoris'. Quer dizer que a palma da mão possui uma artéria que está diretamente ligada ao coração, então isso vai doer."

Carley estava muito próxima dele, e acabou assoprando a palma da mão de Lance assim que passou o desinfetante no ferimento, para aliviar a dor.

Seus lábios cereja franziram um pouco nessa hora, e uma leve fragrância tomou conta do ar. Lance aproveitou para mirá-la mais de perto: a pele das suas bochechas até a as orelhas era branca como a neve, apenas tingida por um leve tom de rosa-claro. 

Sentindo-se observada, Carley acelerou os movimentos.

"Está doendo!"

Ele falou abruptamente, com uma voz profunda e doce, causando um arrepio na espinha de Carley.

"Sinto muito, sr. Hardwick. Vou tentar ser mais gentil."

Algo incomum estava acontencendo. Carley sentiu os dedos de Lance um pouco quentes, depois reparou que os olhos dele alternavam entre frieza e fogo. Era um tanto atormentador.

Além disso, eles estavam muito próximos; ninguém seria capaz de resistir a isso.

"Vá para casa descansar!"

Mesmo ele tendo falado aquilo sem emoção alguma, Carley ainda estava muito grata. No entanto, ela negou com a cabeça. "Estou apenas cumprindo o meu dever, então vou continuar trabalhando." Depois disso, ela mirou Ellie e saiu confusa, perguntando-se se estava imaginando coisas.

Não era possível que aquela perseguição tivesse algo a ver com aquela mulher. Ela provavelmente só tinha explodido e falado mais do que devia naquela manhã.

Carley se tranquilizou com esse pensamento. Só assim ela ficaria calma o bastante quando reencontrasse Lance.

Assim que a dra. Chambers saiu, Ellie entrou com o rosto cheio de preocupação, e ficou ainda mais aflita ao ver a gaze na mão de Lance, ela quase desatou a chorar.

"Eu nunca vi você se machucando antes, Sam. Você quase me matou de susto. O que aconteceu esta noite? Por que você ficou tão preocupado com uma funcionária?"

Lance se levantou com uma expressão um pouco assustadora, e é possível dizer que ele quase a perfurou com os olhos quando virou a cabeça para encará-la.

A mulher ficou assustada, mas mesmo assim se inclinou para frente e agarrou a mão dele. "Por que você está me olhando assim? Para onde foi o gentil Lance Hardwick?"

"O que você fez?"