"É que..." Pela primeira vez na vida, Lance estava sem palavras. Ele havia sido tratado como uma criança prodígio desde pequeno, e naquele momento estava sendo menosprezado pelos dois filhos pequenos.
O homem sabia que não podia explodir de raiva, caso contrário destruiria a autoconfiança da criança.
No entanto, também sabia que a situação o faria parecer um analfabeto.
Então suspirou e disse impotente. "Você tem razão, não consegui ler a carta."
Shayne retrucou como se fosse um adulto. "Tio, você certamente não se esforçou muito quando estava na escola, deve ser por isso que não consegue entender esse tipo de carta. Mas a minha mãe sempre diz que nunca é tarde para começar! Você ainda tem chance."
Lance ficou envergonhado. Se ele não fizesse alguma coisa, seus filhos poderiam realmente achar que ele era um tolo e sua reputação seria arruinada naquele dia.
Ele arrancou a carta da mão de Carley e entregou ao menino, sem acreditar que Shayne pudesse decifrar o que estava escrito.
"Tudo bem, então! Aqui está. Eu sei que você é um geninho e já conhece muitas palavras. Então me explique o que está escrito aí!"
Shayne o fitou com desprezo. "Tio, você é lamentável. Vou ler para você agora, ouça com atenção."
Lance não podia demonstrar a raiva que estava sentindo, então só mirou Carley. Aquelas duas crianças estavam provavelmente se vingando dele.
Por isso, ele queria ver o que aquele carinha leria naquela carta.
Lance esfregou a nuca e assentiu com firmeza. "Ok, vou ouvir com atenção!"
"Minha querida mãe, senti muito a sua falta quando vi as flores na escola hoje, e também quando vi o sol ao meio-dia. Senti sua falta até mesmo quando vi a professora com o mesmo vestido que você na aula. Amo você, mãe."
......
Lance ficou ainda mais confuso, então pegou a carta da mão de Shayne e começou a analisá-la de cima a baixo. Porém mesmo que ele lesse até ficar cego, não havia outra palavra ali além de "mamãe". Até tinha flores e um sol, mas onde d*abos estava o vestido da professora?
"Você não está me enganando, está?"
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