Ela achava que a expressão de Lance era acusadora, mas surpreendentemente, ele afirmara que confiava nela sem que ela precisasse dizer uma palavra.
A confiança era, sem dúvida, a coisa mais linda do mundo e, naquele momento, o homem que ela havia considerado um d*abão, estava lhe trazendo conforto.
Apressada, Carley não teve tempo de pensar em mais nada. "Se você acredita em mim, me ajude a interir nessa situação o mais rápido possível. Esse assunto não impacta somente a mim, mas também a reputação do hospital."
Lance encarou com frieza o diretor, o qual se aproximou, parecendo em pânico. "Presidente, eu estava apenas cumprindo ordens de cima."
"O seu superior não sou eu?"
Ele refutou as palavras do homem.
Se o diretor ousasse dizer que seu superior era outra pessoa, não teria mais lugar no Hospital Peace Point. E mesmo que ele afirmasse saber que seu superior era Lance, teria agido contra a sua vontade.
Ou seja, de qualquer forma, ele estaria encrencado.
"Presidente, providenciarei imediatamente para que alguém intercepte o corpo."
"Não há necessidade, já mandei alguém trazer o corpo de volta. Agora, preciso de uma autópsia extremamente precisa. Vou deixar isso nas suas mãos, diretor."
Tanto Carley quanto o diretor ficaram surpreso, pois não esperavam que Lance já tivesse cuidado de tudo.
Aaren, parado atrás deles, acrescentou. "Diretor, esta é a última chance que o sr. Hardwick está lhe dando, e acredito que é melhor você aproveitá-la. O tempo é essencial nesse caso, faça os arranjos necessários imediatamente."
O diretor assentiu com a cabeça, não ousando atrasar nem mais um minuto as ordens de Lance.
Ver aquele homem se curvando na frente de Lance e saindo às pressas com o seu assistente, foi um contraste gritante para Carley, depois de ele ter sido tão arrogante com ela.
"Obrigada, sr. Hardwick. Mas por que você acredita em mim?"
"Porque é você."
As três simples palavras tocaram o coração de Carley, que fitou o homem à sua frente mais calma, simplesmente por tê-lo ao seu lado.
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