Além disso, o tom do diretor denotava impaciência e desamparo, o que a confundiu ainda mais. Será que a presença dela no hospital dificultara a vida dele?
"Diretor, foi você quem me convidou para trabalhar aqui. Agradeço a sua gentileza, e acredito que consiga ver o meu esforço no trabalho. Mas sinceramente, espero que possa me contar se algo estiver acontecendo."
O diretor suspirou, praticamente suplicando com os olhos. "Se você realmente me aprecia, por favor, interceda por mim junto ao presidente. Peça a ele que não me demita."
"Como assim? Ele vai te mandar embora?"
"Não existe outro destino para quem vai contra a vontade dele."
"Mas eu não o ouvi falando nada sobre isso hoje. Diretor, acho que você está se preocupando demais."
O diretor balançou a cabeça ao perceber que Carley ainda não conhecia o verdadeiro caráter de Lance. Ele olhou o relógio na parede e falou, relutante.
"Se não me engano, o conselho emitirá a ordem em cinco minutos. Então, dra. Chambers, você só tem esses poucos minutos para mudar a opinão dele, ou terei que ir embora."
Ela achou difícil de acreditar naquilo, mas a expressão ansiosa no rosto do diretor lhe disse tudo o que precisava saber. "Então vou ajudá-lo."
Com isso, Carley se virou para ir ao escritório de Lance e ouviu a voz agradecida do diretor atrás dela. Ela bateu à porta, que estava aberta quando chegou ao escritório, e entrou, encontrando Lance assinando um aviso. Por isso, abordou-o na mesma hora.
"O que você está fazendo, sr. Hardwick?"
"Estou disciplinando um funcionário, como você pode ver."
Aaren levantou o aviso, provando que o homem estava dizendo a verdade, Lance realmente demitiria o diretor.
Carley estava um pouco nervosa, mas ainda assim tentou interceder em prol do homem. "Você poderia perdoar o diretor desta vez, sr. Hardwick?"
Lance a encarou com um olhar frio, e fez um gesto com a mão para Aaren. "Você pode sair, e faça o que eu mandei em cinco minutos."
Ficaram apenas duas pessoas no escritório, e Lance falou novamente. "Por que eu deveria perdoá-lo?"
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