Carley não conseguia acreditar na sua má sorte.
Tudo o que ela queria era uma vida simples e pacífica com seus filhos, mas naquela manhã ela tivera que lidar com um chefe de temperamento estranho que insistira em vê-la como faxineira, e agora esse bandido sem cérebro a abordara à tarde!
Era como se ela tivesse uma sorte terrível. Por que tivera que encontrar duas pessoas irritantes no mesmo dia?
Não fosse o fato do bandido ser o pai biológico dos filhos dela, Carley teria chamado a polícia e o mandado para a prisão.
Isso teria lhe poupado alguns problemas.
Ficando cada vez mais furiosa ao pensar nisso, ela caminhou até o homem e o agarrou pelo colarinho com toda a fúria.
Ele realmente achava que ela era idiota?
Apesar do olhar raivoso, sua baixa estatura não a tornava uma ameaça para Lance.
Pelo contrário, sua altura aliada aos grandes olhos redondos e o rosto pequeno a tornavam ainda mais bonita quando estava com raiva.
Com apenas uma olhadela, Lance conseguiu ver o seu corpo bem delineado sob as roupas largas.
Então, aquela noite louca e quente de seis anos antes, quando eles ficaram inseparáveis, ressurgiu na sua mente, deixando-o e*citado.
Por isso, ele encarou Carley mais uma vez e a provocou com um sorriso sugestivo.
"Será que você não precisa de mim para ajudar a apagar esse fogo todo esta noite?"
"O que você quer dizer com isso?"
"Quero dizer que posso ajudá-la a reviver aquela noite, e prometo que você se sentirá muito melhor depois. Por que mais eu me incomodaria em procurá-la?"
Carley ferveu de raiva, aquele cara não tinha limites!
Como ele podia dizer coisas tão imundas?
Ela nunca estivera em uma situação tão humilhante antes.
Como médica, ela conhecia todos os pontos vulneráveis do corpo e sabia que estava em desvantagem. Não havia como conseguir vencê-lo fisicamente. Ou havia?
Com a velocidade da luz, ela fingiu um soco e então, quando ele menos esperava, desferiu um poderoso chute no joelho dele.
Lance se curvou de dor, e Carley sentiu uma onda de triunfo.
"Quem está rindo agora?" Ela disse, com o queixo erguido.
Se não fosse pela sua arrogância, Lance poderia ter visto o ataque dela chegando.
A visão fez Aaren suar frio no canto.
Ele se perguntava o que havia de errado com o sr. Hardwick, pois, depois de incomodar Carley no hospital, ainda fora causar mais problemas para ela depois do trabalho.
Quando o sr. Hardwick vestiu uma jaqueta e calças de couro e óculos de sol pretos no escritório momentos atrás, ele até perguntou a Aaren. "Pareço um bandido de rua?"
Mas quem ousaria criticar o chefe Hardwick na cara dele?
Por isso, Aaren tentou elogiá-lo com o tom mais sincero que conseguiu. "Sr. Hardwick, você é um homem muito bonito. Não importa o que vista, sempre será a pessoa mais distinta do mundo."
Mas, em vez de ficar satisfeito, o sr. Hardwick ficou furioso e o chutou.
Aaren se sentiu injustiçado, mas não ousou falar. Então acrescentou humildemente. "Sr. Hardwick, lembre-se de diminuir o tom, assim ficará mais parecido com um bandido de rua."
Ser assistente do chefe Hardwick era difícil, especialmente quando seu superior estava de mau humor.
Lance se levantou e gritou para Carley. "Isso não foi jogo limpo. Você acabou de me emboscar!"
"E daí? Até coelhos mordem quando estão encurralados. Não se atreva a me intimidar, seu i*iota!"
"Ah tá, vamos ser francos aqui. Quem foi que começou?"
"Claro que foi você!" Carley contra-atacou. "Mas já vou te avisar, se você disser algo obsceno de novo, vou acabar com a sua boca até que fique mudo. E já que você é tão bom em fazer cobranças, vamos acertar todas as contas agora. Você sabe o que você fez com a minha vida?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mamãe, não deixe o papai
Não tem mas atualização?...