Carley não era uma pessoa cruel e não queria pegar a porcelana, mas queria cumprir a tarefa que Lance havia lhe dado.
No entanto, ela ficou muito interessada no que o velho mestre havia dito e tudo que queria era ouvi-lo.
"O que aconteceu depois?"
"O tempo foi passando, e eu me casei e tive um filho, mas nunca desisti de procurar a porcelana. No final, os deuses devem ter visto o meu trabalho árduo, pois finalmente descobri onde estava o vaso. Então a minha esposa e eu fomos a Mardnia tentar encontrá-lo, mas..."
Ao lembrar isso, as mãos do mestre Eldon começaram a tremer violentamente, e seu rosto enrugado se contraiu um pouco, mas ele fez o possível para reprimir a dor no coração. Sua tristeza afetou Carley.
Os olhos do velho se encheram de lágrimas, e ele quase fez a jogada errada, mas Carley segurou a sua mão e o lembrou. "Mestre Eldon, preste atenção antes de mover a peça."
O idoso sorriu impotente, enquanto se lembrava do que havia acontecido, o que fez Carley sentir pena dele.
"O que aconteceu com você em Mardnia?"
"No caminho de volta, fomos roubados. A minha esposa nos protegeu com a própria vida e não... não voltou comigo."
O mestre Eldon começou a chorar, e os olhos de Carley também ficaram úmidos. Aquele senhor perdera a esposa e nunca mais se casara, e ele guardava as coisas dela, tratando-as como tesouros.
A porcelana devia ser o tesouro mais precioso para ele.
Carley ficou com o coração agitado, Lance tinha muitas coisas, e o velho só tinha aquilo.
Porém, aquele homem a tinha avisado que se ela não pegasse o vaso, provavelmente perderia o emprego.
No entanto, aquela situação...
Carley respirou fundo e fez a sua jogada. Ela já tinha uma resposta no coração, e não havia arrependimentos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mamãe, não deixe o papai
Não tem mas atualização?...