Talvez o que Carley estivesse procurando no momento não fosse um lugar seguro para ficar, mas sim as pessoas que tinham feito aquilo. No entanto, só os Chambers passavam pela sua cabeça, pelo rancor que guardavam contra ela.
Afinal, ela arruinara o casamento há muito planejado de Kristy, e eles não esqueceriam isso tão facilmente.
Carley respirou fundo, pensando que embora não se arrependesse, acabara envolvendo os filhos na situação, e isso tornava tudo mais problemático para ela.
Era fim de semana e as crianças não tinham escola, mas ela tinha coisas para resolver, então ainda precisava encontrar um lugar seguro para os filhos ficarem.
Naquele dia, Carley ainda tinha uma tarefa determinada: se ela não conseguisse o vaso de porcelana, seria expulsa do hospital e os três acabariam sem-teto. Portanto, a única opção era fazer aquilo que Lance mandara.
Ela primeiro preparou comida para as crianças e as lembrou de não correrem pelo hospital (era sempre inconveniente quando eles não estavam em casa).
Depois, ela foi ao escritório organizar algumas informações e formalizar o plano de tratamento do mestre Eldon antes de se dirigir à mansão dele, onde viu um carro familiar.
Lance estava lá também?
Inquieta, ela entrou na sala e viu que ele estava bastante animado tomando chá com Geffrey. Entretanto, dessa vez, havia uma linda mulher sentada ao lado dele, e ela parecia um pouco familiar.
"Dra. Chambers, você chegou! Meu pai tem perguntado sobre você."
Carley assentiu e disse. "Sinto muito. Cheguei um pouco atrasada por causa do relatório." Então ela olhou para Lance e cumprimentou-o educadamente. "Sr. Hardwick, você também está aqui."
Lance assentiu levemente como resposta, e a mulher ao lado dele lhe serviu uma xícara de chá, enquanto a sua doce voz pedia a ele que provasse os salgadinhos da mesa. No entanto, Lance não se mexeu, e a mulher não se atreveu a fazer mais nada.
"Como está o meu pai? Você está confiante com o próximo tratamento?"
Carley entregou o relatório e respondeu com certeza. "Tenho certeza de que posso curar o mestre Eldon, mas ele vem atrasando o tratamento há anos, vai demorar para compensar o tempo perdido."
"Então, me dê um prazo."
"Meio ano!"
"Tudo bem, então. Combinado. Vamos confiar na decisão do sr. Hardwick de recomendá-la."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mamãe, não deixe o papai