Me Casei com O Marido em Coma romance Capítulo 52

Quitéria cuidadosamente limpou o sangue do rosto de Lincoln com uma toalha, mas não conseguiu evitar pensar...

Se as coisas continuassem assim, ela acabaria matando o marido um dia desses!

"Sinto muito. Não foi de propósito."

A garota murmurou enquanto passava a toalha na cara dele.

Ela sabia que o homem não estava em condições de culpá-la, mas ainda assim se sentiu culpada e disse: “Agora que já te pedi desculpas, você, como homem, não pode ser mesquinho e ficar jogando na minha cara. Se você continuar em silêncio, vou me considerar perdoada".

Após dizer isso, ela se sentiu melhor. Depois, colocou uma das mãos no queixo e sorriu. “Na verdade, eu tava tentando te irritar agora há pouco. Ainda te acho o homem mais bonito."

"Gostou de saber?"

A garota lhe deu uma piscadela e lançou-lhe um sorriso malicioso.

O vento soprava no quarto pela varanda aberta. Depois do verão, no começo do outono, a brisa noturna era fresca e agradável.

Iluminada pelo abajur de cristal, Quitéria olhou para o homem ao seu lado e acariciou a testa dele com a ponta dos dedos.

Nos últimos dois meses, ela havia feito isso inúmeras vezes. No início, fazia em segredo, mas depois se tornou um hábito.

Quando as pontas dos dedos dela roçaram as sobrancelhas do marido, ela parou por um instante. Sem pensar, a garota se aproximou dele e comentou: "Lincoln, seus cílios são tão longos..."

'Como que um homem pode ter cílios mais longos e bonitos que os meus? Não é justo', pensou ela.

“Ei, Yale me disse pra te provocar mais no futuro, pra você acordar mais cedo. Só que, às vezes, fico pensando se você deveria. O que será que você vai pensar de mim?"

Quando via a expectativa nos olhos de Tiana, ou pensava em como Yuri a maltratava, ou como começaram a falar de Lincoln depois que ele entrou em coma... Isso a irritava. Ela não sabia por quê, mas estava furiosa.

No passado, ela realmente queria que o marido acordasse.

No entanto, após pensar bem, ela não queria que Lincoln abrisse os olhos de novo, se isso significava que não poderiam mais ficar naquele quarto silencioso conversando.

Talvez ela só não tivesse se preparado psicologicamente, ou tivesse acabado de começar a conhecer Lincoln. Se o homem acordasse um dia, será que continuariam juntos?

Eles teriam algum hobby em comum?

Eles compartilhariam as mesmas visões de mundo?

Ele a protegeria e a mimaria?

Será que a abraçaria para confortá-la quando ela estivesse triste?

Existia alguma possibilidade de ele... gostar dela?

Quitéria não sabia se continuaria pensando nisso quando Lincoln acordasse.

Ela estava ansiosa pela chegada desse dia, mas também temia que chegasse rápido demais.

Enquanto pensava nisso, a garota adormeceu apoiada nele. A suave brisa de outono soprou no quarto, enquanto os dois dormiam abraçados.

Quitéria gemeu e se encolheu. No meio da noite, no quarto iluminado apenas pelo luar, uma grande mão segurou o ombro dela e a puxou para mais perto.

"Atchim!"

Zavala olhou para a amiga, que havia passado a manhã inteira espirrando, fez uma cara de nojo e lhe entregou lenços.

Então, disse: “Quitéria, não me diga que tá espirrando tanto assim porque estão falando de você”.

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