João Gonzalez
Não conseguia entender o porquê estava ansioso. Era apenas um jantar, não encontro. Não sabia que roupa usar, mesmo tendo várias peças diferentes, era como se nenhuma delas fosse boa o suficiente para ocasião. Meu lado exigente aflorou e nada me agradava.
Quando finalmente encontrei a roupa adequada, o problema foi o cabelo, ele começou a me incomodar. De frente para o espelho perdi alguns minutos testando alguns penteados diferenciados, mas no fim, acabei usando o mesmo de sempre, o cabelo arrumadinho com gel, partido no meio.
Meu irmão me telefonou inesperadamente, o que me deixou um pouco irritado, devo confessar, porque não era o momento para conversarmos. Eu estava praticamente de saída, ainda assim, atendi o telefonema.
— Não posso conversar agora! Tenho compromisso inadiável. Por que não deixou para telefonar em outro momento? Você é meu irmão, porém, estou apressado para sair do hotel.
— O que você tem? Pra que essa pressa toda? Essa é a primeira vez que você fala assim comigo, normalmente você fica feliz quando te dou atenção! — resmungou, dramático. — Me fala que compromisso é esse que está te deixando nervoso assim?
— Estou indo jantar com uma amiga e a avó dela. Não quero me atrasar para buscá-las.
— Amiga? Desde quando você se tornou sociável com as mulheres meu irmão? O que a brasileira tem que as mexicanas não têm? Estou curioso para saber!
— Você está muito malicioso, Samuel. Ela é somente uma amiga. Não tem nada de errado eu ter amizades femininas. Você vive falando que não tenho uma vida pessoal. Agora que estou tentando ter uma, vai me criticar? Por favor, não me faça perder mais tempo.
— João, não fique bravo comigo por ser curioso. Estava apenas brincando com você. Tudo que mais quero é que seja feliz. Aparentemente você parece estar bem empolgado. Se você quiser investir em uma brasileira como esposa, por mim tudo bem, nada contra.
Esposa? Meu irmão viajava longe!
— Para de tentar me arrumar uma mulher! Você parece desesperado pro seu irmão casar! Não preciso de ninguém. Não tenho cabeça para pensar em relacionamentos.
— Pararia de tentar te arrumar uma esposa se você fizesse isso sozinho! Não vou te atrasar ainda mais. Deixarei que vá para o jantar com a gatinha brasileira. Tchau! João, encalhado no rio sem correnteza.
Meu irmão não esperou que eu respondesse, simplesmente encerrou a ligação. Brincar da situação não anulava que ele tinha esperanças em relação ao meu jantar.
Ele entendeu as coisas totalmente erradas! Era apenas um jantar e não um encontro amoroso. Como ele sabia se ela era ou não gatinha? Mais ele não estava errado, ela realmente era linda, eu não poderia negar sua beleza natural.
No momento que estacionei em frente à casa de Bruna, verifiquei o meu hálito, após fazer isso me senti ridículo. Não tinha motivo para tanto cuidado, não era como se eu fosse beijá-la ou algo assim.
Saí do carro meio sem jeito. As duas me aguardavam juntas. Sorri para ambas que contribuíram com o mesmo.
— As duas estão lindas! Estou lisonjeado de ser o acompanhante. Vamos para o nosso jantar? Espero ser uma companhia a altura para vocês. — comentei, mal conseguindo esconder a minha empolgação.
Bruna Maria usava um vestido branco com um pequeno decote, e uma maquiagem simples, mas que destacava toda sua beleza. Ela estava atraente devo admitir. Eu não conseguia parar de olhá-la.
— Vejo que você gostou muito do vestido novo da minha neta, rapaz. — cocei o braço direito ao ouvir o comentário da senhora Olivia.
Fiquei envergonhado. Não imaginava que estivesse encarando ela daquela maneira indiscreta. Simplesmente ignorei seu comentário e seguimos para o carro.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu Amor É Um CEO Bilionário