Bruna Maria
Ser amiga de um homem como João Gonzales seria possível? Questionei-me. Ele foi de grande ajuda naquele momento que precisava tanto de apoio.
Refleti sobre minha conversa com a dona Gabriela, de que eu não deveria julgar as pessoas. Como não julgar? Éramos diferentes e isso para mim era um problema, porém, pra ele não era.
Quando retornamos para Fortaleza, ele me deixou no hospital na companhia da minha avó. Vovó Olivia, gostou dele e ele foi bem simpático com ela.
Ele disse que precisava resolver uns assuntos pendentes, todavia, brevemente voltaria para nós levar até minha casa.
Ele manteve a palavra e nos levou para minha casa, na verdade, meu quarto de cômodo e um banheiro! Minha avó ficaria comigo até estar totalmente recuperada para voltar para casa.
— Filha, aquele belo homem e você são namorados? Estou perguntando porque ele me pareceu muito interessado em você. Quero que saiba que tem a minha aprovação, ele é um gatão e foi muito simpático comigo.
Minha avó entendera tudo errado! Não tinha nada a ver ele e eu. Nunca me envolveria com um homem como ele. E tinha certeza, que ele também não se envolveria com uma mulher como eu. Nossas diferenças eram muitas.
— Não vovó Olivia, não tem nada a ver! Ele apenas quis ser gentil conosco porque é um hóspede do hotel, onde trabalho. Não coloque coisas na sua cabecinha sonhadora.
Vovó semicerrou os olhos com desconfiança.
— Mas, vocês dois parecem bem interessados um no outro. Posso ser velha, entretanto, reconheço um olhar diferenciado.
Comecei a rir descontroladamente daquele comentário. Não existia olhar diferenciado algum! Nós olhávamos normalmente.
— Tem nada de olhar diferenciado! Olho para ele como para qualquer outra pessoa. Ele não tem nada de especial, vovó. É apenas um homem como qualquer outro.
— Eu te conheço, Bruna Maria, cuido de você desde sempre. Por que quer mentir pra mim? Ele tem algo especial que chama sua atenção. Sei que você também chama atenção dele. Mas se você prefere fingir que não, então, ficarei quieta e observar tudo. Quero ver até onde isso dará.
Por que ela era tão teimosa? Não adiantaria ficar retrucando com a minha avó, portanto, deixaria ela pensar o que ela quisesse pensar.
— Não vamos mais falar neste assunto. A senhora precisa descansar para voltar para casa recuperada e forte. Pedirei para o Mateus ficar de olho na senhora para mim.
Mateus era um amigo de infância, que morava próximo da casa da minha avó. Sempre mantivemos contato próximo por telefone e vídeo chamada. Ele era alguém com quem poderia contar sempre que precisasse. Ele ficaria de olho na minha avó enquanto eu estivesse longe a trabalho.
— O menino Mateus, também é um bom rapaz, mas desisti de tentar juntar vocês dois. Ele é iludido o bastante há anos por você.
Revirei os olhos e bufei. Eu não iludia ele! Vovó costumava dizer que o meu amigo era apaixonado por mim. Nunca acreditei, mesmo que fosse verdade, Mateus não era e nunca seria o homem que eu esperava ter do meu lado. Seríamos somente amigos pelo resto de nossas vidas.
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