Bruna Maria
Saber que um homem como Gonzalez tinha interesses amorosos em mim e não somente prazeres carnais era assustador. Não sabia qual direção seguir sem me arrepender.
Caminhei pelo hotel com os meus pensamentos atribulados. Eu tinha sentimentos por ele, no entanto, sentia medo. Como enfrentar sentimentos que nunca quisera ter? Não sabia como! Existiam barreiras que seriam um problema, como, por exemplo, a distância entre o Brasil e o México.
Não foi uma coincidência me encontrar com ele no corredor, de um dos andares que não era o seu. Apertei firme o carrinho de limpeza. Olhei para o seu lado direito, pensando em sair correndo. Por que eu queria tanto fugir? Porque ainda não tinha uma resposta conclusiva sobre nós.
— Finalmente te encontrei! Por acaso está me evitando? — perguntou, aproximando-se. — Por que está pálida? Bruna Maria, precisa de ajuda?
Como não ficaria pálida? Ele estava na minha frente e aparentemente esperando uma resposta minha, ou não teria me procurado por aquele hotel! Quis inventar uma desculpa para fugir, mas não tinha uma plausível.
— Podemos conversar à noite no seu quarto? Prometo que mais tarde terei a resposta que você tanto quer! Agora não dá, estou trabalhando! Tenho pressa. Desculpe, não posso te dar atenção agora!
Não esperei ele concordar. Apressei o passo empurrando o carrinho de limpeza do seu lado, e entrando no elevador. Meu coração queria soltar o peito! A noite não teria como escapar, íamos conversar sobre nós dois.
O dia foi passando e aumentando minha ansiedade. No fim do meu expediente, fiz um coque frouxo e respirei fundo, antes de bater na porta do quarto dele. Ele respondeu entre. A porta fechou quase que sozinha. Meu nervosismo era evidente.
— Por que não acende as luzes? — questionei, passando uma das mãos pelo meu pescoço.
O quarto estava iluminado somente por um abajur de pouca iluminação. Senti-me desconfortável. Minhas pernas estavam fraquejando. Não era a primeira vez no quarto dele, entretanto, a nossa situação era diferente. Eu sabia dos seus sentimentos e intenções, não tinha como não ficar apreensiva.
— Queria um clima romântico! Mas pelo que vejo, você não gostou muito. Não fique nervosa, acenderei as luzes...
João Gonzalez acendeu as luzes e eu soltei o fôlego que prendia nos meus pulmões. Quando ele se aproximou um pouco mais, recuei. O que eu tinha? Fiquei me xingando mentalmente por parecer uma adolescente medrosa!
— Não estou sabendo lidar com isso! — resmunguei, esfregando meu rosto. — Você não parece nenhum pouco nervoso! Como consegue estar calmo assim? Posso estar neste momento para te falar algo péssimo que te deixará muito mal...
— Não acredito que veio até o meu quarto para me dar um fora, Bruna. Olho pra você e consigo sentir a adrenalina percorrer seu corpo. Você não estaria assim por alguém que não tem interesse!
Senti-me intimidada pelo seu olhar penetrante. Tropecei no vaso de planta e soltei um grito de susto.
— Nossa! Não lembrava desse vaso não...
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