Bruna Maria
O irmão de João veio para o Brasil inesperadamente, deixando-o muito preocupado, pois não avisou nada sobre sua viagem. Ficaria atenta a qualquer jovem que falasse enrolado no hotel.
Sentia-me angustiada e desconfortável por minha relação amorosa está sendo um fiasco. Gostava muito do meu mexicano, no entanto, haviam questões que nos afastavam a cada dia. Minhas inseguranças não ajudavam em nada. Queria conseguir ter uma conversa sem causar uma discussão, mas parecia impossível.
Entrei no quarto de dona Gabriela após ela me chamar. Não queria que ela percebesse minha tristeza, portanto, coloquei um sorriso no rosto. Ela parecia bastante ansiosa. Pediu-me para sentar e ouvisse-a com atenção
— Sabe Bruna, você se tornou além de uma grande amiga, como se fosse uma filha para mim. Sei que posso confiar em você, que não irá me decepcionar. Tem algo que quero te entregar. — disse ela, me entregando um documento. — Passei parte dos meus bens para o seu nome, incluindo este hotel. Não queria que ninguém soubesse que eu era a proprietária e vivia morando neste lugar. Mas agora minha vida tomará outra direção. Nogueira e eu viajaremos em um cruzeiro, quando retornarmos moraremos juntos. Serei feliz como mereço e quero que você seja também! Você é muito responsável e saberá administrar tudo com sabedoria!
Não tinha graça ela tentar me enganar daquele jeito. Era difícil de acreditar que tudo que ela falava seria verdade, mesmo lendo o documento não conseguia levar a sério. Por que ela me deixaria tantas coisas de repente? Questionei-me! O que eu faria com aquilo tudo se aquele documento fosse verídico? Não pareceu nada certo aceitar aquela generosidade.
— Desculpe, senhora, mas se esse documento é verdadeiro, não posso aceitar! Nunca ajudei a senhora esperando algo em troca! — falei tentando devolver o documento, entretanto, ela recusou-se a pegá-lo de volta. — Não somos parentes, isso é errado! É como se eu tivesse me aproveitando da situação. Fico feliz que resolveu cuidar de si mesma, porém, esse documento é um pouco demais e não mereço tanto!
Nem saberia o que fazer com tanto dinheiro, com ele vinha a responsabilidade de administrar um grande hotel de sucesso. Eu era uma jovem sem experiência alguma para negócios de alto nível.
— Você tem que aceitar Bruna Maria, é um presente, por favor, não o rejeite. Estou te dando de coração! Quero que você tenha um futuro, estude e construa uma carreira de sucesso! Você ainda é jovem, tem muito o que viver!
Abracei forte aquela senhora e chorei em seus braços. Jamais imaginaria que alguém fosse me dar um presente tão grande como aquele. Como recusar? Ela pediu tanto que aceitasse que acabei cedendo.
Eu nunca pensara em voltar a estudar, era algo que eu poderia começar a avaliar no futuro. Ter uma carreira e ganhar meu próprio dinheiro era algo que sempre almejei e isso estava cada vez mais perto de virar realidade.
Eu não era soberba ou algo assim, no entanto, queria esfregar na cara da minha supervisora quem é que mandava a partir daquele momento em seu salário do fim do mês.
Podia parecer implicância e imaturidade minha, todavia, ela merecia, por sempre ter sido malvada comigo sem motivos. Após sair do quarto da senhora Gabriela, procurei pela supervisora, que decidiu me ouvir descontente.
— Meus dias como camareira deste hotel terminaram. Não sorria com satisfação, pois não estou pedindo demissão! Agora estou em outro cargo, um muito mais importante! — afirmei, erguendo a cabeça com orgulho. Ela cruzou os braços, rindo de mim, como se eu tivesse ficado doida de repente.
— O que você andou usando, Bruna Maria? Deveria ter medo de falar desse jeito para sua superiora! Melhor você voltar para o trabalho agora! E pare de ficar enchendo o meu saco com essas bobagens!
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