João Gonzalez
Não era para estar sozinho naquela noite, entretanto, Bruna Maria, escolheu que fosse assim, portanto, saí do hotel para jantar sozinho. De jeito algum tinha porque ficar triste em um quarto. Eram tantas coisas para pensar, mas que naquele momento não queria.
Após o jantar solitário decidi caminhar um pouco pela praia. Aonde quer que fosse, minhas sombras estavam junto. Estou falando dos meus seguranças. Eles me acompanhavam há poucos metros de mim.
Entre privacidade e segurança, optei por segurança. Ter cuidado nunca era demais. O dinheiro não ajudou nas investigações de quem encomendou o assassinato dos meus pais. Eu queria um nome há muitos anos, no entanto, não tinha nada. E se essa pessoa quisesse terminar o que começou? O assassino não assassinou meu irmão e eu porque foi detido antes, sabendo desse fato, não vivia uma vida tranquila.
Quando retornei para o hotel observei a senhora Gabriela discutindo perto da recepção com um homem, ele parecia querer agredi-la fisicamente, pois levantava a mão para ela.
— Vou interná-la em uma casa de saúde para doentes mentais! O nosso patrimônio tem que ficar com seus filhos, e não com uma velha caduca que decidiu de repente que não quer nos deixar nada! — esbravejou, empurrando-a com força.
A senhora Gabriela estava tremendo, notei ao olhar para suas mãos. Ele era filho dela e não tinha respeito algum por ela.
— Não sente vergonha de tratar uma senhora deste jeito? Ela é sua mãe, e não uma qualquer! Não pode empurrá-la desse jeito! Não está vendo que deixou ela tremendo de medo? Melhor você ir embora antes que eu chame a polícia! — ameacei, acolhendo aquela senhora abalada.
— Polícia? Quem pensa que é? Ela é minha mãe, tenho todo direito de falar como quiser com essa velha! — respondeu rude.
Meus seguranças entraram na minha frente para garantir que aquele homem não tentasse me agredir.
— Desculpe, senhora Gabriela, mas ele precisa sair do hotel à força. Tirem ele desse hotel agora! — ordenei para os meus seguranças.
O filho de Gabriela berrava enquanto era retirado à força de perto de nós.
— Obrigada! Poderia me acompanhar até o meu quarto? Sinto que não conseguirei chegar até lá sozinha... — comentou triste.
Acompanhei ela até o seu quarto. Pedi para trazerem uma xícara de chá. Ela precisava se acalmar. Odiava violência, ainda mais contra a própria mãe. Aquela senhora não merecia estar passando por aquilo.
— A senhora precisa dar um jeito naquele seu filho. Ele não pode tratá-la desse jeito. Pelo que entendi é tudo devido à herança. O dinheiro é seu, faça o que você quiser com ele! Não tem porque sustentar os filhos adultos, sua obrigação era criá-los e isso foi feito.
— Ricardo, está furioso porque soube que fiz modificações nos documentos do hotel. Sabe senhor Gonzalez, este hotel é meu, na verdade. Não sou simplesmente uma hóspede, mas a proprietária dele! Não quero que ele fique nas mãos dos meus filhos, portanto, farei uma doação para alguém que realmente merece. Peço que não comente com ninguém esse segredo, pois tenho guardado há anos!
Descobrir que Gabriela era a proprietária daquele hotel foi surpreendente.
— Prometo que não falarei nada com ninguém sobre a senhora ser a proprietária deste grande hotel! Quero que fique calma e possa descansar, caso precise de mais alguma coisa, pode me pedir que darei um jeito de conseguir!
Conversamos durante um tempo até que ela se acalmou. Fui para o meu quarto. Relaxei um pouco na banheira. Os meus músculos estavam tensos. Fora muitos acontecimentos para um dia só. Esperava que no dia seguinte, as coisas melhorassem. Após o meu banho, coloquei um pijama e deitei para dormir na minha cama.
Na manhã seguinte um dos meus seguranças me acordou. Estranhei, nunca nenhum deles fizera aquilo antes!
— Senhor, o seu irmão está no Brasil!
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