João Gonzalez
Após uma chamada de vídeo de muita emoção com a avó da minha esposa e meu irmão que estavam no Brasil, fui até o hospital em que minha prima Yolanda estava. Ela precisou de uma cirurgia para retirada da bala e continuava internada em observação.
Quando adentrei o leito que ela estava, a esposa do meu tio e meus outros primos estavam todos em volta da cama dela. Senti-me mal por tê-la envolvido no plano. Não pensei que ela fosse acabar se machucando.
— Desculpem por envolver, Yolanda, no meu plano de capturar seu pai. Perdão, tia, por ter deixado sua filha ser ferida durante o processo. Primos, estou envergonhado por tudo que ocorreu na minha casa na noite passada. — pedi perdão pela minha péssima escolha de envolvê-la. Estava sentido por ela ter levado um tiro por minha culpa.
— Você errou, mas agora isso não é importante. As coisas que o meu marido fez são imperdoáveis. Ele destruiu nossa família. Quem deve pedir desculpa sou eu, por não ter enxergado as coisas que deveria ter visto em Juliano. Eu sempre tive medo dele, na verdade, ele é violento, às vezes que tentei enfrentar ele, acabei apanhando e sem coragem nunca denunciei seus abusos. Agora que ele está prestes a ser capturado pelos crimes que cometeu, sinto que poderei denunciá-lo e pedir o divórcio finalmente — minha tia disse caminhando na minha direção e me abraçou.
Não foi apenas um abraço comum entre duas pessoas da mesma família, foi a forma que ela encontrou de se confortar por tudo que o marido fizera aos meus pais. Eu não sabia que ela sofria abusos domésticos, mas também eles esconderam isso durante anos. Não conseguia nem imaginar o tanto de coisas que ela sofreu na mão do meu tio.
— Torceremos para que a polícia encontre ele o quanto antes. Quero que ele pague por seus crimes, nem a senhora e nem os seus filhos, tem culpa das ações do meu tio, portanto, todos vocês têm o meu total apoio e se precisarem de proteção ou qualquer coisa pode contar comigo.
Ofereci o meu total apoio caso eles precisassem, eu não viraria as costas, eram minha família, não eram perfeitos, contudo, eu também não era.
— João, quase conseguimos capturar o meu pai, não sei o que saiu errado, tudo estava planejado e certo para a captura dele, no entanto, não deu certo. Quando levei esse tiro no braço, pensei que iria morrer e não parava de gritar, tudo girava, todos aqueles tiros trocados no meio da sua sala de estar, é algo que não esquecerei tão cedo. — comentou, Yolanda chamando nossa atenção.
Eu sabia o quão difícil seria esquecer, estava passando pela mesma coisa. Viver algo fora do cotidiano e violento daquela maneira, não era fácil para qualquer pessoa esquecer, porém, o tempo cuidaria de apagar aquelas lembranças ruins das nossas memórias.
— Não aconteceu por enquanto a captura, mas ele será pego. Quando isso acontecer, quero que todos vocês estejam na audiência para depor contra ele. Imagino que nenhum de vocês irá se impor quanto a isso. Ninguém quer ter o seu nome envolvido a um assassino. Meu tio encomendou a morte dos meus pais e também está envolvido no assassinato da minha tia Teresa, tenho certeza.
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