Bruna Maria
Como não ter uma crise de choro e pânico? Era impossível após ouvir tantos tiros no andar debaixo e ser proibida de descer! Rezei para que todos estivessem bem, e que o tio do meu marido tivesse sido pego pela polícia. Quando a porta do quarto foi aberta vi João suado e nada feliz.
Procurei pelo seu corpo algum buraco que pudesse indicar um tiro, porém, não encontrei nada e fiquei aliviada. Algo não tinha acabado bem ou caso contrário ele estaria com outra expressão no rosto e não aquela de derrota.
— Vocês não conseguiram capturá-lo? — perguntei, imaginando que seria isso.
— O desgraçado conseguiu fugir! Ele esteve tão perto de ir parar diretamente na prisão, mas conseguiu se safar com ajuda dos seus homens. Agora o delegado e seus policiais estão interrogando os cúmplices dele na sala de estar, pelo menos os que conseguiram ser capturados. Yolanda, precisou de ajuda porque levou um tiro no braço, portanto, foi levada para o hospital. Nada saiu como o planejado, nem para ele e nem para nós. — desabafou, passando as mãos pelo rosto pálido.
Caminhei na direção do meu marido e o abracei. Ele precisava de conforto e não de comentários desnecessários por seu tio ter fugido.
— Não fique assim, estamos mais perto ainda de tê-lo na prisão, e ele pagará pelos seus crimes! — tentei lhe dar otimismo.
— Já não tenho tanta certeza assim. Ele estava tão perto de ser pego e conseguiu dar um jeito de escapar. Isso é frustrante, saber que mesmo com todos os nossos esforços, ele saiu pela porta da frente e desapareceu como fumaça.
Tudo que tínhamos era esperança, não queria que ela morresse por conta de uma tentativa fracassada. O maldito não seria sortudo sempre, uma hora ele seria capturado.
— Mantenha a esperança! Qual é, agora estamos mais perto do nunca! Ele ter invadido nossa casa com aqueles homens entregou suas intenções conosco. Agora temos provas de que ele não é flor que se cheire.
Conversamos até de madrugada. Quando o dia começava amanhecer foi quando conseguimos dormir. O caos que ficara na sala de estar nossos empregados cuidaram. Acordamos quase meio-dia. João e eu descemos as escadas abraçados, nem parecia que pela noite ocorrera algo tão sério como tinha acontecido.
— Eles realizaram um excelente trabalho. Tinha uma mancha de sangue logo ali... — comentou, apontando o dedo na direção do carpete de veludo.
— Você pode esquecer a noite passada? Amorzinho, não pense mais sobre isso ou ficará ainda mais frustrado. Precisamos nos alimentar, principalmente o bebê e eu.
Eu tinha que me cuidar, carregava outra vida dentro de mim.
— Sim, você tem razão. Pediremos que preparem o nosso café da manhã e levem para o quarto. — disse ele, separando-se dos meus braços e indo até à cozinha.
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