João Gonzalez
Sentia-me envergonhado e bastante angustiado. Por quê? Por agir incorretamente com aquela jovem camareira. Na noite anterior tive insônia. A culpa era algo que odiava sentir. Queria o perdão dela ou minha consciência não ficaria em paz.
Foi sorte justamente ela vir para o meu quarto. Adiei duas reuniões e aguardei com ansiedade por ela. Não entendia o porquê toda vez que tentava acertar em algo em relação ao sexo feminino acabava me enganando e magoado elas.
Receber o perdão daquela moça acalmou meu coração. Ela me confessou que o senhor Nogueira disse que assinaria o contrato comigo. Como me senti? Um vencedor, apesar dos contratempos. Saber aquela ótima notícia fez total diferença porque nem tudo foi em vão.
— Obrigado, por me contar sobre isso! Tirou um peso dos meus ombros. Novamente quero me desculpar por tudo. Quero redimir-me com a senhorita. Poderíamos jantar mais tarde? Tenho certeza que sua companhia será agradável e podemos nos conhecer. Quem sabe iniciar uma bela amizade, não é mesmo? Não tenho amigos aqui no Brasil. Ficaria bastante satisfeito se pudéssemos ser amigos.
— Não posso! Tenho compromisso com meu namorado, inclusive amanhã estaremos viajando juntos para o interior, onde mora minha avó. Mas agradeço o convite! Agora a questão de sermos amigos, acredito que não daria muito certo. Somos diferentes um do outro, entende? Estarei sempre a sua disposição no que precisar aqui no hotel, mas somente isso!
Aquela resposta pegou-me de surpresa. Os brasileiros não eram sempre tão amigáveis? Não entendi aquela rejeição da minha amizade. Meu convite para jantar, não foi com segundas intenções. Será que ela imaginou que era? Perguntei-me.
Fiquei decepcionado, porque ela aparentava ser uma jovem tão prestativa. Talvez o namorado dela fosse ciumento, ou, porque eu era hóspede naquele hotel.
Quem não gostaria de ter uma amizade com alguém como ela? Uma jovem sincera e sem medo de dizer o que pensava? Um louco, claro! Porém, respeitaria sua decisão, mas sem deixar as portas fechadas para uma possível amizade.
— O convite permanecerá de pé para a senhorita. Espero que se divirta bastante no jantar com o seu namorado. Desejo que seu final de semana seja repleto de alegria. Agora deixarei que termine seu trabalho. Não vou mais incomodá-la.
Resolvi sair do quarto e deixá-la fazer seu trabalho sem a minha presença, sufocando-a de alguma forma. Meus seguranças me seguiram até o térreo. Queria degustar algo no restaurante do hotel mesmo. Caminhei até o mesmo e me sentei em uma das mesas vazias.
— Senhor Gonzalez, posso me juntar a você?
Questionou a senhora do jantar anterior, Gabriela era o seu nome. Concordei com sua companhia. Não tinha porque negar. Eu também devia desculpas para ela da minha saída repentina.
— Me desculpe por ontem! Precisei retirar-me as pressas. Tenho certeza que não passei uma boa impressão. Perdão pela situação.
— Não precisa me pedir desculpas, porém, precisa pedir desculpas para Bruna Maria. Ela sim, parece estar chateada com alguma coisa que o senhor fez. Gosto muito dela e não quero que ninguém a ofenda de algum jeito. — desabafou preocupada.
Bruna Maria era o nome da camareira. Um belo nome para uma moça bonita, pensei sorrindo involuntariamente. Não perguntei o nome dela para ela pra não parecer abusado.
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