"Deus não coloca uma pessoa na sua vida por acaso, sempre tem um propósito. Seja para aprender, ajudar ou para estar com ela até o fim." — Autor desconhecido
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Atravessando a cidade, o motorista as leva para o endereço que Carmem o entregou. Perdida em seus pensamentos Berriere está com um sorriso lindo no rosto quando Carmem lhe tira dos seus delírios.
— Esse apartamento aqui será meu e do meu filho. Deus irá me ajudar. — Olhando a estrutura fica chocada com a escolha da Carmem.
— Mas, está caindo aos pedaços. — Comenta sem pensar.
— É o que eu posso pagar chefa e outra, tem elevador.
— Hum! Você quer um elevador para quê? Continua subindo escada para manter esse corpo lindo. — Sorri para ela, mas seus lábios ficam em linha reta assim que ver a expressão dela.
— Minha vida não é fácil chefa. — Sem graça evita voltar ao assunto.
Parando em frente a outro prédio com uma aparência melhor mais uma vez fala sem pensar.
— Bem melhor que o outro, esse deve ser de escada. — Carmem permanece calada.
"Entendi o porquê do corpão, me leva ao quinto andar. Vejo uma cadeira de rodas do lado de fora. Será que mora com algum cadeirante? O pai ou a mãe?!"
Aí se dar conta da sua falta de sensibilidade em procurar saber melhor o porquê precisa de um elevador. Encolhendo os ombros pensa em se desculpar quando Carmem para próxima à porta.
— Chefa. — Sussurra.
— Para com isso de chefa. — Dá-lhe um sorriso sincero.
— Minha mãe é muito grosseira já peço desculpas. — Respirando pesadamente olha para sua chefe como quem se arrepende de ter feito o convite. — Minha vida é muito complicada, eu tenho um filho, ainda moro com a minha mãe e o marido imprestável dela. Então, sinto muito por todo o constrangimento que vai presenciar.
— Para com isso, não me batendo o resto eu aturo. — Sorridente tenta aliviar a tensão.
Quando abre a porta um cheiro de cigarro invade seu nariz. "Nossa! Como uma criança vive assim?!" Disfarça a cara feia com o cheio e sorri para a Carmem.
— Cadê meu príncipe o homem da minha vida?! — Seu mundo para quando vê o filho dela. Pensa mentalmente não chore e repete diversas vezes.
Uma mulher de estatura média, cabelos com a raiz grisalha invade a sala com uma expressão brava olhando para Berriere, com cara de nojo reclama.
— Que palhaçada é essa aqui? Já não basta você quase nua, agora traz outra prostituta?! — Com os olhos arregalados vira para Carmem que encolhe os ombros sem jeito.
Mudando de assunto Carmem chama a atenção da sua mãe.
— Mãe você deu banho nele?
— Já tenho que alimentar. Agora tenho que banhar também? — Indignada com o que está presenciando Berriere tenta conter sua fúria.
— Custa dar um banho nele? Ele é seu neto. — Pegando o menino no colo com dificuldade Carmem o cheira. — Sinto muito filho vou te limpar.
Para ela foi a gota d'água, presenciando esse descaso toma uma atitude.
— Cata tudo que der amiga.
— Não posso!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: • MEU SOGRO •
Ótima história. Amor, paixão, aventura, suspense e superação. Parabéns à autora....
Muito bom a história parabéns !! AMEI...