• MEU SOGRO • romance Capítulo 23

" Foi assim sem querer, sem pensar. Quando me dei conta não dava mais pra escapar: Me apaixonei por você." — Autor desconhecido

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— Não sei mexer nessas porcarias estou vendo meu rosto o que eu fiz? — Do nada ele aparece na tela. Merda eu estou quase nua.

— Hum! — Com olhos arregalados admira todo o dorso e repara que está com um sutiã transparente. Sorri com o desespero dela que se cobre.

— Não me olha assim, não sei mexer direito nessa porcaria. — Corada de vergonha se justifica.

— Como você me liga assim Berrie?! Não que eu me importe. Na verdade, você está linda! — Sorridente encara sua cara ruborizada. — Vejo que comprou roupas novas, estou ansioso para ver você com "todas" elas Berrie.

— Cala a boca, você e essa mania de zombar de mim. — Ficando sério revira os olhos. — Não te liguei para você debochar de mim Bronck. — Passando a mão no rosto retira seus óculos e volta a olhar para ela.

— Sua idiota. Estou te elogiando. Diga o que você quer sua grossa. — Totalmente sem paciência responde.

— Ok. — Respirando fundo toma coragem e fala. — Carmem e o filho estão morando com a gente.

— Por qual motivo? — Com a mão no queixo indaga curioso.

— Bronck a situação é bem complicada. Volta para casa por favor, eu preciso de você. — Fechando os olhos balança a cabeça negativamente para ela.

— Não posso. Estou com problemas bem sérios aqui em Londres.

— Você está em Londres? Vou com ela para aí. Manda seu jatinho vir nos buscar.

— Berrie você está cuidando da minha empresa e não pode abandoná-la assim. Me conta o que aconteceu. — Reconhecendo o lugar investiga.

— Você está no meu quarto?

— Sim. — Nostalgia cai sobre ela.

— Saudades. — Confessa.

— Eu também. — Achando que está falando dele fica todo bobo.

— Você está com saudades da minha casa? — Pergunta sem entender o motivo da sua saudade.

— Na verdade, de uma mulher que não sai da minha cabeça.

Ouvir isso a deixa tão furiosa que desliga na cara dele. E grita no travesseiro.

— Argh! Que ódio! — Se assusta com Carmem esbaforida em sua porta.

— O que aconteceu chefa?!

— O Bronck me deixa com raiva mesmo longe, como pode? — Sem entender olha para ver se consegue ler sua mente.

"Não sei dizer, mas pode me contar por favor, preciso analisar um pouco mais."

— O que ele fez chefa? — Curiosa investiga.

— Disse que está com saudades de uma mulher que não sai de sua cabeça. — Segurando o riso olha para sua chefe.

— Foi isso que te deixou assim?

— E você não? — Retruca como se fosse normal sair por aí desligando o telefone na cara dos outros por dizer que sente saudades.

— Oh! Claro! Estou furiosa porque meu chefe está a fim de uma certa mulher burra. — Comenta ironicamente.

— Ela é mesmo burra e idiota! — Carmem explode em uma gargalhada se dando conta que não percebeu a sua tentativa em mostrar que a tal mulher burra é ela.

— Ai meu Deus chefa. — São interrompidas pelo toque do celular dela. — Atende aí.

— A janta está no forno pode ficar à vontade. — Carmem assente e sai do quarto fechando a porta.

Encarando o celular resolve atender e repara que já está deitado.

— O que foi? — Questiona ainda irritada.

— Menina abusada, porque desligou na minha cara? — Interroga. Não obtendo resposta faz outra. — Me fala! O que você quer de mim mocinha?

— Preciso que arrume alguém para cuidar do menino Mikael.

— Uma babá? — Rebate.

— Uma enfermeira, precisa de cuidados.

— Ok, farei isso. Agora me conta como foi o seu dia, minha querida.

— Sem deboche. — Revirando os olhos respira devagar olhando para ela.

— É tão difícil você perceber que estou sendo gentil?! Me conta como foi seu dia Berriere. — Percebendo que ficou bravo dá um sorriso amarelo.

— Marquei uma reunião com uma nova empresa que estou super a fim de fechar um negócio. — Relata toda boba.

— Hum!

— Dois. — Responde sorrindo.

— Conta mais. Quero saber como está sendo para você estar no controle.

— Deixei sua empresa 2 milhões mais rica. — Toda orgulhosa dá gritinhos de felicidade.

— Eu sei, você é perfeita!

— Obrigada sogro. — A palavra SOGRO o deixou de cara fechada, foi como um soco em seu estômago.

— O que foi? Está tudo bem com você? — Preocupada com sua feição sonda.

— Posso te pedir uma coisa? Ficarei muito feliz se você puder fazer isso por mim. — Com um olhar triste investiga.

— Claro! — Confirma.

— Você poderia parar de me chamar de sogro?

— Mas você é! — Colocando o celular no peito tapa a câmera saindo de seu campo de visão. — Oiê! — Batendo na tela acha que foi seu telefone que deu problema. — Acho que quebrei o celular. — Seu rosto volta aparecer agora com uma cara nada boa.

— Vai parar ou não? — Irritado questiona.

— Tá bom, Bronck. Melhorou?

— Obrigado, vou providenciar uma enfermeira para o filho da Carmem. Amanhã às 07:00 terá uma cuidadora aí, mas o que o filho dela tem Berrie? — Pergunta preocupado.

— Sofreu um trauma ainda não sei qual, mas não fala, nem anda e precisa de alguém para dar banho e comida. Creio que tenha uns 5 anos. — Conta tudo sobre a mãe dela. Ele a escuta atentamente e isso a deixa feliz, ver que alguém presta atenção no que diz.

— Não sabia disso. — Triste responde.

Conversam mais um pouco, mas Berriere está com sono.

— Muito obrigada, agora eu vou dormi.

— Queria estar aí. — Confessa olhando para ela.

— É só entrar no seu avião chique e voltar pra casa. Volta logo porque eu preciso de você. — Sorrindo de orelha a orelha fica todo se achando.

— Você salvou a Carmem e o filho da mãe cruel, aumentou minha renda em 2 milhões, comprou roupas novas e aprendeu fazer chamada de vídeo. Em que parte, você precisa de mim menina? — Diz mexendo as sobrancelhas.

— Só tenho você Bronck, sempre vou precisar de ti homem. — Sentindo um frio na barriga a olha com cara de bobo.

— Porra! Não diga isso. — Pede mesmo tendo certeza que não percebeu seu interesse.

— Desculpas, tem sido difícil. O luto, a traição. Estou sozinha Bronck. Faço tudo para não pensar nisso e sem você aqui fica ainda mais difícil, até mesmo das suas piadas de mal gosto eu sinto falta. — Informa com os olhos lacrimejando.

— Berrie eu nunca fiz piada de você. Estou orgulhoso de ver que tem se virando sem mim. Quando precisar me liga, que paro o que estiver fazendo para te atender.

— Mentiroso. — Incrédula responde.

— Eu juro, por você eu paro no segundo em que me ligar. Sentindo um frio na barriga o sorriso surge no rosto dela.

— Vou te ligar na madrugada aí quero ver.

— Pode ligar, tem sido bem difícil dormir aqui sozinho. — Pensando no que acabou de ouvir franze o cenho.

— Se colocar uma mulher na minha cama paro de falar com você. — Adverte.

— Aqui só tem lugar para uma londrina.

— É o que? Está maluco Bronck?! — Rebate com ciúmes.

— É você mulher, calma.

— Sou britânica, então se corrija.

— Enfim, só tem lugar para você nessa cama ou na minha se você quiser.

O papo ficou legal, ficaram por horas conversando até que pega no sono durante a ligação.

☬ - 22 | Até babando ela é bonita

"Seja paciente e confie no processo, você não come o fruto no mesmo dia que planta a semente."

— Autor desconhecido

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