• MEU SOGRO • romance Capítulo 46

"O mal do urubu é achar que o boi está morto." — Autor desconhecido

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Caminha até a entrada para receber seu sobrinho, assim que abre a porta avista um rosto conhecido e seu sorriso logo aparece em seus lábios.

— Bom dia, desculpa a demora tio. — Fernando pede todo sem graça.

— Bom dia. — Andrews o cumprimenta.

— Nossa... meu filho, quanto tempo! — Bronck comenta lhe dando um abraço.

— Como vocês estão? — Parado na porta pergunta olhando para os dois a sua frente.

— Podemos entrar tio? — Pergunta com ironia.

— Desculpa, entrem! — Bronck chama saindo do caminho para que passem. — Vamos para cozinha acabei de passar um café.

Os três seguem para o local situado, assim que se acomodam Bronck faz as honras e lhes serve o café.

— Cadê a Berriere tio?

— Dormindo. Então... o assunto é muito sério. — Vai direto ao ponto.

— Trouxe meu notebook pessoal. — Andrews informa colocando sua mochila na mesa.

— Calma, primeiro quero falar com vocês. — Bronck exclama. — Tenho pensado muito em tudo que aconteceu nesse último mês... com a morte do meu filho descobrir uma nora, um neto, entre outras pessoas. Sou um homem observador e reparei que nesse quebra cabeça tem muita peça faltando. — Declara.

— Concordo com você tio e o pouco tempo que passei na empresa do Kamael vi que alguém colocou aquela certidão de óbito propositalmente, dias após eu estar na sala do Kamael, ou seja, alguém quis se livrar da culpa. — Bronck escuta Fernando atentamente.

— Preciso do máximo de informações possíveis, por favor. — Andrews pede pegando seu notebook.

— Quero passar para vocês meu ponto de vista... cinco cabeças pensam melhor que uma e juntos chegaremos a uma conclusão ou próximo... meu filho fez muita coisa errada e quero saber tudo que aprontou.

Estão conversando quando um grito ecoa pela casa.

— Bronck! — Berriere o chama da escada.

— Estou na cozinha. — Responde.

Vestida somente com uma camisa do Bronck e com os cabelos molhados vai toda risonha ao seu encontro e para toda tímida quando constata os três sentados nas banquetas na ilha da cozinha.

— Desculpa, depois eu volto. — Corada desvia o olhar.

— Fica linda... vem cá — Fernando pede que se junte a eles.

Ser apelidada de linda a deixou ainda mais envergonhada, pensa em sair correndo da li.

— Vem cá meu bem. — Bronck chama e oferece sua mão.

Pegando sua mão é colocada sentada em seu lugar, fica em pé ao seu lado lhe dando um selinho. Sente sua bochecha quente de tanta vergonha.

— Olá Sra. Williams. — Andrews a cumprimenta.

— Como você sabe meu nome de solteira? — Chocada pergunta.

— Sei muitas coisas a seu respeito. — Se justifica.

— Bronck? — Assustada segura o braço do seu amado.

— Calma meu amor, esse é Andrews é da minha confiança. Ele e o Fernando. — Informa e a beija novamente.

— Tá bom. — Responde sincera.

— Tomei a liberdade de chamar mais duas pessoas para nossa reunião. — Dito isso a porta da cozinha se abre.

Carmem entra correndo e desesperada.

— O Bartra chegou, não sei o que faz aqui às 07:30 da manhã então, se for uma reunião secreta teremos que desfazer o clube dos 5.

— Merda, vai! — Bronck pede para Andrews sair da cozinha.

— Lá em cima? — Fernando pergunta para Bronck que só faz um gesto para que saíam.

— Por quê? — Andrews questiona sendo arrastado por Fernando.

— Explicarei depois para vocês. — Nervoso Bronck se justifica.

Eles saem e o próprio atravessa a entrada. Olhando a cara do velho asqueroso a sua frente Berriere decide sair de perto.

— Vou subir tá bom. — Avisa se afastando do Bronck que a segura pela nuca.

— Fica amor. — Sem cerimônia beija seus lábios.

Chocado com o que presencia Bartra não consegue disfarçar a raiva. Estava com as mãos nos bolsos a retira e se apoia na parede ganhando a atenção do Bronck.

— Então é oficial?! Você está com sua Nora? — Sarcástico questiona.

— Está sabendo de muita coisa não acha?! Até ontem era a ninfeta que se casou comigo. — Ver em seu rosto um certo desespero. — Queria saber quem é sua fonte de informações irmão ou você já sabia que era a viúva do seu sobrinho?!

— Vim aqui pessoalmente te entregar isso. — Lhe entrega um envelope mudando totalmente o rumo da conversa.

— Chego na empresa às 10:00 — Bronck comunica abrindo e retirando algumas folhas.

— É um contrato milionário, pensei que seria uma boa iniciar o dia com essa notícia. — Sorrindo continua enquanto admira as pernas desnudas da Berriere. — É um ótimo acordo irmão.

— Meu dia inicia às 10:00 lá na ExporMondova Bartra. — Analisando as folhas informa.

Se sentindo incomodada com os olhares do Bartra olha para Carmem que está encarando o velho babando em cima da sua amiga.

— Carmem vou me arrumar e podemos ir juntas para a empresa. — Avisa chamando sua atenção.

— Sim, chefa estarei aqui a sua espera. — Responde dando uma piscadela enquanto Berriere tenta sair dos braços de Bronck.

— É sério isso Bronck?! — Bartra o questiona constatando a intimidade da Carmem com Berriere.

Nesse momento Brian entra desligando o telefone totalmente distraído.

— Cheguei, cadê todo... — paralisa quando percebe o Bartra olhando para Carmem.

— Sua casa anda muito mal visitada, parece que você gosta de socializar com a criadagem e não é de hoje irmão. — Menciona olhando para Brian que está agora junto da Carmem. — Criadagem com criadagem que nojo!

— Liga para NASA amor acabamos de encontrar uma merda que anda e caga pela boca. — Rebate a ofensa.

— Pronto, esse inferno novamente. — Bronck reclama como se essa situação já tivesse acontecido.

— Para com isso querido. — Carmem pede segurando o braço de Brian.

— Tanto fez que conseguiu, agora está comendo a serviçal. O nível da família anda caindo muito ultimamente. — Sarcástico Bartra cita rindo para seu irmão.

Bronck caminha a passos largos, mas infelizmente não consegue segurar Brian que acerta a cara do Bartra que cai sobre a banqueta.

— Puta merda. — Bronck esbraveja. Desesperada Berriere o agarra assustada.

— Me tira daqui. — Grita em pânico.

— Calma meu amor foi só um soco. — Alega enquanto tenta acalmá-la.

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