• MEU SOGRO • romance Capítulo 72

"Conclusões precipitadas só servem pra te fazer sentir uma dor desnecessária."

— Autor desconhecido.

...ᘛ...

06:00...

Acorda agarrada aos braços de Bronck com dificuldade se levanta e vai para o banheiro.

— Meu corpo está doendo e sei que não é devido ao que a Katchora fez comigo... — sussurra. — Será que vou demorar a me acostumar com esses esforços físicos? — Cochicha pra si e sorri.

Ao sentar no vaso se sente bem ardida e desconfortável.

— Bronck disse que iria me pegar de ladinho porque estava preocupado! — Sorrindo se levanta. — Tomarei um banho morno, para aliviar essa dor nas costas e no resto.

Tira suas roupas e ajusta a temperatura, hoje o céu está caindo lá fora prepara uma roupa linda para ir trabalhar bem agasalhada. Inicia seu banho, a água morna melhora 60% da dor.

— Berrie? — Assustado chama por ela.

— No banho. — Grita para que escute.

Em segundos está no banheiro.

— Que susto! — Ele exclama.

Nu vai ao boxe e lhe dá um beijo carinhoso.

"Entrou no banheiro pelado, me deu um beijo e fez xixi na minha frente. Não tem um pingo de vergonha de mim... escova os dentes e entra debaixo d'água comigo."

Seu pensamento grita e por mais que já tenha certa intimidade, na verdade, muita intimidade. Ainda assim, tudo isso, essa coisa de casal é muito novo para ela.

— Nossa, amor a água está uma delícia! — Geme a tirando do seu mundo da lua. — É claro que você é melhor! — Sorrindo se lembra da luta para dar banho nela ontem. — O banho é fundamental... só para constar, ontem tive que te obrigar a tomar banho de novo. — Revela.

— Gosto de banho tá! — Fazendo beiço reclama.

— Sei... — debocha.

— Para Bronck, eu sou limpinha. — Lhe dá um tapa no peito.

— Suponho que devo te dar um banho. — A puxa para mais perto.

— Acha? Hum! — Sente um beijo no pescoço.

— Uhum. — Afirma.

— Tá bom, esfrega minhas costas.

— Vou te esfregar por inteiro. — Assente animada.

Passando sabão por seu lindo corpo Berriere se escora ao do Bronck. Sua mão vai direto para sua boceta a fazendo sentir o desconforto.

— Pega leve! Estou dolorida, ainda não me acostumei com seu jeito rústico de namorar comigo. — Conta segurando sua mão.

— Quer que eu pare? Se quiser eu paro! — Sem graça a questiona.

— Não é isso, só preciso me acostumar com seu jeito intenso. Tudo tem um tempo, estou me adaptando a toda essa tensão. — Reconhece.

— Pegarei leve. — Decidido a não transar hoje, se afasta mudando de assunto. — A semana foi tão tensa até que enfim um momento de laser, amanhã jantaremos no Benett.

— Tinha até me esquecido... após desmarcar duas vezes por causa dessa situação toda agora teremos um momento de paz. — Se enxaguando pensa na semana tensa que tiveram.

— Vamos! Chega de banho. — Diz e sai do boxe. — Hoje está frio demais amor por favor, se agasalha muito bem.

— Não, você terminará o que começou. — Exclama o vendo secar os cabelos.

— Olha o abuso malcriada, não vou namorar você. Está precisando descansar. — A repreende.

— Eu aguento. — Declara.

— Não! Você não aguenta. Estou cheio de energia, mas só vou te dar o que quer amanhã. Terá que aguardar.

A olha bem sério que a faz abaixar a cabeça.

"Coitada, mas ainda precisa se acostumar."

— Vem, vamos nos preparar, tenho 3 reuniões graças a você e seus novos associados. — Sorrindo confessa.

— Tá bom, é que fui à central de comunicação da empresa os telemarketings que correm atrás das novas empresas para a gente e falei que daria bonificação para quem conseguisse bons contratos. — Explica o que ela e a Carmem tem feito. — Botei eles para caçar os melhores e um deles me disse haver anos tentando entrar em contato com você, mas o Bartra disse que no momento não estava se associando.

Bronck fica estressado com essa informação. Olha para seu corpo nu e pensa em relembrar da injeção, já que faz um tempo que não comenta sobre isso.

— Ei! Estou preocupado com você. Quando você precisa repor sua injeção? — Ingênuo questiona.

— Hã! — Sem entender a pergunta olha através do reflexo do espelho.

— O anticoncepcional amor, você não toma uma injeção?

Ouvir isso a deixa triste e sua mente faz uma viagem no tempo direto para sua vida de casada quando Kamael a fazia tomar as injeções para não ter o que sempre quis.

— Era para ter tomado, mas já que você me lembrou. — Rebate estressada.

— Sério? Estou gozando dentro de você esse tempo todo e só agora que avisa que não tomou o remédio? Pronto! — Sorrindo tenta abraçá-la.

Bruscamente se afasta.

— Pronto, o que você quer que eu tome? Faço isso ainda hoje, satisfeito? — Sem entender a olha querendo saber o que fez para receber essa grosseria.

— O que aconteceu? — Confuso investiga.

— Dá licença do meu quarto por favor. Quero privacidade. — O expulsa.

— Ok. — Concorda para não ter uma briga desnecessária.

"Saio sem entender nada. Como pode uma pergunta besta deixá-la tão estressada... hum! Darei o espaço que ela quer."

— Vou me arrumar, se quer privacidade é isso que vou lhe dar.

Se arruma e vai para a cozinha preparar um café. Como um clarão lembra da situação de ontem e joga tudo fora. Observa a cafeteira e joga no lixo também.

— Pronto. — Não correremos esse risco.

— Vamos? — Arrumada o convida a ir para a empresa.

— Sim. — Vão para o carro e seu silêncio o deixa desconfortável.

— Berriere, o que aconteceu? — Triste pergunta.

— Me deixa quieta por favor. — Grosseiramente solicita.

— Não. Você pode me dizer o que aconteceu, por favor? — Insiste.

— Você ainda pergunta? — Rebate com deboche.

— Claro! Sei que sou lindo e inteligente, mas não sei ler mentes. Então, você terá que abrir a boca para me contar, caso contrário não posso te ajudar com o seu mau-humor. — Se justifica.

— Só me deixa Bronck! — Rangendo os dentes exclama.

— Ok, tudo no seu tempo, deixarei você à vontade. — Dá o assunto por encerrado.

Assim o fez, ficou calado a viagem inteira e ao chegar na empresa sai do carro para abrir a porta para ela que já saiu e a passos firmes some entre as portas da ExporMondova.

— Não acredito nisso! — Rosna.

— Respira fundo Bronck, não se estressa. — Fala para si mesmo. — Como eu disse, darei o tempo que precisa.

Vai até à entrada e a procura, como não está no grande saguão da empresa deduz que já subiu.

— Respira Bronck. Você não fez nada demais. — Mais uma vez dialoga consigo mesmo.

Está caminhando de cabeça baixa mentalizando paz quando uma mão segura seu ombro.

— Posso conversar com você? — Assente que sim. — Vamos comigo até um café aqui próximo.

— Vamos. — Atravessam a rua e na esquina entram em um café.

— Preciso ir à Suíça o mais rápido possível. Estou com um problema na minha empresa. — Nervoso olha para ele.

— Acredito que podemos respirar. Com os dois principais presos dá para relaxar uma pouco. Vai em paz cunhado. — O conforta.

— Suponho que não é bem assim não. — Oliver se expressa.

— Você está certo! — Chateado só concorda.

— Deixarei aqui com vocês um dos meus braços. — Estala o dedo para o homem de cabelos negros cacheados na altura dos ombros.

— Como assim? — Pergunta vendo um cara grande, forte e tatuado se juntar a eles. — Quem é?

— Bom dia sr. Mondova. — Com uma voz calma o cumprimenta.

— Bom dia. — Sem entender o responde.

— Farei a segurança da Riere. — Escutar falando dela tão intimamente o deixa enciumado.

— Você a conhece? — Examina.

— Desde que me entendo por gente. Me chamo Benjamins.

"Para chamá-la assim, deve ter intimidade e não gosto disso."

— Ótimo. — Rude concorda.

— Fique tranquilo é como uma irmã para mim. — O tranquiliza. — Somos da família.

— Ok. — Concorda.

— Andei conversando com o seu sobrinho e descobrir coisas nada agradáveis. — Para relaxar decide mudar o foco da conversa.

— Hum! Que sobrinho? — Olhando para Oliver sonda.

Bronck sente seu celular tocar, confere ser ela e coloca no mudo, está curioso para saber das informações. Continua a conversa, Benjamins conta tudo o deixando ainda mais preocupado, o assunto é bem desagradável e durante quase uma hora trocam informações, hipóteses e bolam um plano para manter Berriere segura.

— Você tem um carro para ficar ao meu dispor? — Benjamins o questiona.

— Faz assim, seja o motorista dela já que estamos juntos, com as coisas da empresa farei mais reuniões externas e a deixarei na Expor e como motorista você pode ficar no meu andar com o Cristophe.

— Terei que usar terno? — Pergunta o óbvio.

— Para o disfarce funcionar sim. — Bronck confirma.

— Tudo bem. — Aceita.

— Tenho que ir, volto em 3 dias no máximo. — Oliver se despede.

— Baby estará lá para te ajudar e já está ciente de tudo.

Oliver concorda com a cabeça.

— Vou arrumar um terno. — Benjamin compartilha com eles.

— Compro um para você. — Pensando que não tem condições oferece essa opção.

— Tenho dinheiro. — Sorrindo admite.

— Não é por isso, é uma gentileza. — Mente sem graça.

— Relaxa chefe. — Os três caem na gargalhada.

— Providenciarei o terno e vou ao seu encontro.

— Ok. Preciso ir, tenho uma reunião daqui a 30 minutos. — Se levanta abotoando seu blazer.

Os dois homens fazem o mesmo fazendo Bronck se sentir um anão.

— Não me deixe às cegas. — Oliver adverte.

— Pode deixar! — Assegura o tranquilizando.

"Nos despedimos, vou direto para a sala de reuniões. Passo as últimas 2 horas em reunião com meu celular no mudo não vi tocar já tinha umas 30 ligações da Berrie. Merda! Corro para minha sala e lá está ela com uma cara nada boa."

— Oi! Estava em reunião. — Nervoso se explica. — Desculpa.

— Tudo bem. — Curta e grossa nem levanta os olhos para encará-lo.

— Desculpa mesmo. — Pede mais uma vez.

— Está bom Bronck. — Quieta o acalma.

Trabalham em harmonia, no decorrer do dia Bronck teve mais quatro reuniões. Ela agendou os novos contratos. Benjamins já está na sua nova função e tudo continua bem.

— Vamos Riere? — Benjamins a escolta.

— Já vou Benja. — Estressada vai até à mesa da Carmem.

Como Brian anda muito ocupado com alguns contratos com Bronck e Fernando, Berriere vai lhe oferecer carona. Como Bronck está em reunião não teve como se despedir. Assim que deixam Carmem em casa, Benjamin a leva em segurança até a dela.

— Vamos estabelecer algumas coisas muito importantes Riere, prometi ao Oliver que cuidaria de você com minha vida e o Baby disse que se eu falhar vai me matar. — Explica a seriedade da situação.

— Sim. — Curta o responde.

— Esse colar contém um rastreador, será um segredo nosso. — Explica para ela.

— Para que isso Benja? — Questiona achando exagero.

— Bota essa porra aí Riere. — Ordena lhe entregando o cordão.

— Você não muda né seu grosso de boca suja. —Sorrir forçadamente.

— Acredite que estou piorando com o passar dos anos. — Afirma.

— Estou vendo. Pronto! Satisfeito? — Exclama.

— É um segredo nosso, se eu falhar, te encontrarei. — Tenta expressar que a coisa é bem séria.

— Você não está exagerando? Quem tinha que ser preso já foi. — Compartilha sua opinião.

— E você continua ingênua, a gente não sabe quem é, mas tem alguém por trás e tudo isso é preocupante. — Benjamin deixa claro que ainda não acabou.

— Para Benja, pare com isso. — Assustada brada.

— Ok. Vou conter minha paranoia, mas meu sexto sentido me diz que dará merda. E por Deus, se acontecer algo não hesitarei. — Assustada assente e sai do carro.

Benja vai com ela para dentro de casa.

— Aonde eu dormirei? — Pergunta.

— Aqui embaixo. — Conclui.

Acompanha até o quarto que era da Katharine que está limpo e arrumado para o acomodar. Berriere vai para o dela.

— Que dia tenso, primeiro o Bronck joga na minha cara que devo tomar remédio igual o Kamael. Depois me ignora por horas e por fim me arruma um motorista grosseiro. — Sorrir lembrando do Benja mais novo. — Que saco!

Toma um banho e se deita, cansada logo pega no sono.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: • MEU SOGRO •