"Conclusões precipitadas só servem pra te fazer sentir uma dor desnecessária."
— Autor desconhecido.
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06:00...
Acorda agarrada aos braços de Bronck com dificuldade se levanta e vai para o banheiro.
— Meu corpo está doendo e sei que não é devido ao que a Katchora fez comigo... — sussurra. — Será que vou demorar a me acostumar com esses esforços físicos? — Cochicha pra si e sorri.
Ao sentar no vaso se sente bem ardida e desconfortável.
— Bronck disse que iria me pegar de ladinho porque estava preocupado! — Sorrindo se levanta. — Tomarei um banho morno, para aliviar essa dor nas costas e no resto.
Tira suas roupas e ajusta a temperatura, hoje o céu está caindo lá fora prepara uma roupa linda para ir trabalhar bem agasalhada. Inicia seu banho, a água morna melhora 60% da dor.
— Berrie? — Assustado chama por ela.
— No banho. — Grita para que escute.
Em segundos está no banheiro.
— Que susto! — Ele exclama.
Nu vai ao boxe e lhe dá um beijo carinhoso.
"Entrou no banheiro pelado, me deu um beijo e fez xixi na minha frente. Não tem um pingo de vergonha de mim... escova os dentes e entra debaixo d'água comigo."
Seu pensamento grita e por mais que já tenha certa intimidade, na verdade, muita intimidade. Ainda assim, tudo isso, essa coisa de casal é muito novo para ela.
— Nossa, amor a água está uma delícia! — Geme a tirando do seu mundo da lua. — É claro que você é melhor! — Sorrindo se lembra da luta para dar banho nela ontem. — O banho é fundamental... só para constar, ontem tive que te obrigar a tomar banho de novo. — Revela.
— Gosto de banho tá! — Fazendo beiço reclama.
— Sei... — debocha.
— Para Bronck, eu sou limpinha. — Lhe dá um tapa no peito.
— Suponho que devo te dar um banho. — A puxa para mais perto.
— Acha? Hum! — Sente um beijo no pescoço.
— Uhum. — Afirma.
— Tá bom, esfrega minhas costas.
— Vou te esfregar por inteiro. — Assente animada.
Passando sabão por seu lindo corpo Berriere se escora ao do Bronck. Sua mão vai direto para sua boceta a fazendo sentir o desconforto.
— Pega leve! Estou dolorida, ainda não me acostumei com seu jeito rústico de namorar comigo. — Conta segurando sua mão.
— Quer que eu pare? Se quiser eu paro! — Sem graça a questiona.
— Não é isso, só preciso me acostumar com seu jeito intenso. Tudo tem um tempo, estou me adaptando a toda essa tensão. — Reconhece.
— Pegarei leve. — Decidido a não transar hoje, se afasta mudando de assunto. — A semana foi tão tensa até que enfim um momento de laser, amanhã jantaremos no Benett.
— Tinha até me esquecido... após desmarcar duas vezes por causa dessa situação toda agora teremos um momento de paz. — Se enxaguando pensa na semana tensa que tiveram.
— Vamos! Chega de banho. — Diz e sai do boxe. — Hoje está frio demais amor por favor, se agasalha muito bem.
— Não, você terminará o que começou. — Exclama o vendo secar os cabelos.
— Olha o abuso malcriada, não vou namorar você. Está precisando descansar. — A repreende.
— Eu aguento. — Declara.
— Não! Você não aguenta. Estou cheio de energia, mas só vou te dar o que quer amanhã. Terá que aguardar.
A olha bem sério que a faz abaixar a cabeça.
"Coitada, mas ainda precisa se acostumar."
— Vem, vamos nos preparar, tenho 3 reuniões graças a você e seus novos associados. — Sorrindo confessa.
— Tá bom, é que fui à central de comunicação da empresa os telemarketings que correm atrás das novas empresas para a gente e falei que daria bonificação para quem conseguisse bons contratos. — Explica o que ela e a Carmem tem feito. — Botei eles para caçar os melhores e um deles me disse haver anos tentando entrar em contato com você, mas o Bartra disse que no momento não estava se associando.
Bronck fica estressado com essa informação. Olha para seu corpo nu e pensa em relembrar da injeção, já que faz um tempo que não comenta sobre isso.
— Ei! Estou preocupado com você. Quando você precisa repor sua injeção? — Ingênuo questiona.
— Hã! — Sem entender a pergunta olha através do reflexo do espelho.
— O anticoncepcional amor, você não toma uma injeção?
Ouvir isso a deixa triste e sua mente faz uma viagem no tempo direto para sua vida de casada quando Kamael a fazia tomar as injeções para não ter o que sempre quis.
— Era para ter tomado, mas já que você me lembrou. — Rebate estressada.
— Sério? Estou gozando dentro de você esse tempo todo e só agora que avisa que não tomou o remédio? Pronto! — Sorrindo tenta abraçá-la.
Bruscamente se afasta.
— Pronto, o que você quer que eu tome? Faço isso ainda hoje, satisfeito? — Sem entender a olha querendo saber o que fez para receber essa grosseria.
— O que aconteceu? — Confuso investiga.
— Dá licença do meu quarto por favor. Quero privacidade. — O expulsa.
— Ok. — Concorda para não ter uma briga desnecessária.
"Saio sem entender nada. Como pode uma pergunta besta deixá-la tão estressada... hum! Darei o espaço que ela quer."
— Vou me arrumar, se quer privacidade é isso que vou lhe dar.
Se arruma e vai para a cozinha preparar um café. Como um clarão lembra da situação de ontem e joga tudo fora. Observa a cafeteira e joga no lixo também.
— Pronto. — Não correremos esse risco.
— Vamos? — Arrumada o convida a ir para a empresa.
— Sim. — Vão para o carro e seu silêncio o deixa desconfortável.
— Berriere, o que aconteceu? — Triste pergunta.
— Me deixa quieta por favor. — Grosseiramente solicita.
— Não. Você pode me dizer o que aconteceu, por favor? — Insiste.
— Você ainda pergunta? — Rebate com deboche.
— Claro! Sei que sou lindo e inteligente, mas não sei ler mentes. Então, você terá que abrir a boca para me contar, caso contrário não posso te ajudar com o seu mau-humor. — Se justifica.
— Só me deixa Bronck! — Rangendo os dentes exclama.
— Ok, tudo no seu tempo, deixarei você à vontade. — Dá o assunto por encerrado.
Assim o fez, ficou calado a viagem inteira e ao chegar na empresa sai do carro para abrir a porta para ela que já saiu e a passos firmes some entre as portas da ExporMondova.
— Não acredito nisso! — Rosna.
— Respira fundo Bronck, não se estressa. — Fala para si mesmo. — Como eu disse, darei o tempo que precisa.
Vai até à entrada e a procura, como não está no grande saguão da empresa deduz que já subiu.
— Respira Bronck. Você não fez nada demais. — Mais uma vez dialoga consigo mesmo.
Está caminhando de cabeça baixa mentalizando paz quando uma mão segura seu ombro.
— Posso conversar com você? — Assente que sim. — Vamos comigo até um café aqui próximo.
— Vamos. — Atravessam a rua e na esquina entram em um café.
— Preciso ir à Suíça o mais rápido possível. Estou com um problema na minha empresa. — Nervoso olha para ele.
— Acredito que podemos respirar. Com os dois principais presos dá para relaxar uma pouco. Vai em paz cunhado. — O conforta.
— Suponho que não é bem assim não. — Oliver se expressa.
— Você está certo! — Chateado só concorda.
— Deixarei aqui com vocês um dos meus braços. — Estala o dedo para o homem de cabelos negros cacheados na altura dos ombros.
— Como assim? — Pergunta vendo um cara grande, forte e tatuado se juntar a eles. — Quem é?
— Bom dia sr. Mondova. — Com uma voz calma o cumprimenta.
— Bom dia. — Sem entender o responde.
— Farei a segurança da Riere. — Escutar falando dela tão intimamente o deixa enciumado.
— Você a conhece? — Examina.
— Desde que me entendo por gente. Me chamo Benjamins.
"Para chamá-la assim, deve ter intimidade e não gosto disso."
— Ótimo. — Rude concorda.
— Fique tranquilo é como uma irmã para mim. — O tranquiliza. — Somos da família.
— Ok. — Concorda.
— Andei conversando com o seu sobrinho e descobrir coisas nada agradáveis. — Para relaxar decide mudar o foco da conversa.
— Hum! Que sobrinho? — Olhando para Oliver sonda.
Bronck sente seu celular tocar, confere ser ela e coloca no mudo, está curioso para saber das informações. Continua a conversa, Benjamins conta tudo o deixando ainda mais preocupado, o assunto é bem desagradável e durante quase uma hora trocam informações, hipóteses e bolam um plano para manter Berriere segura.
— Você tem um carro para ficar ao meu dispor? — Benjamins o questiona.
— Faz assim, seja o motorista dela já que estamos juntos, com as coisas da empresa farei mais reuniões externas e a deixarei na Expor e como motorista você pode ficar no meu andar com o Cristophe.
— Terei que usar terno? — Pergunta o óbvio.
— Para o disfarce funcionar sim. — Bronck confirma.
— Tudo bem. — Aceita.
— Tenho que ir, volto em 3 dias no máximo. — Oliver se despede.
— Baby estará lá para te ajudar e já está ciente de tudo.
Oliver concorda com a cabeça.
— Vou arrumar um terno. — Benjamin compartilha com eles.
— Compro um para você. — Pensando que não tem condições oferece essa opção.
— Tenho dinheiro. — Sorrindo admite.
— Não é por isso, é uma gentileza. — Mente sem graça.
— Relaxa chefe. — Os três caem na gargalhada.
— Providenciarei o terno e vou ao seu encontro.
— Ok. Preciso ir, tenho uma reunião daqui a 30 minutos. — Se levanta abotoando seu blazer.
Os dois homens fazem o mesmo fazendo Bronck se sentir um anão.
— Não me deixe às cegas. — Oliver adverte.
— Pode deixar! — Assegura o tranquilizando.
"Nos despedimos, vou direto para a sala de reuniões. Passo as últimas 2 horas em reunião com meu celular no mudo não vi tocar já tinha umas 30 ligações da Berrie. Merda! Corro para minha sala e lá está ela com uma cara nada boa."
— Oi! Estava em reunião. — Nervoso se explica. — Desculpa.
— Tudo bem. — Curta e grossa nem levanta os olhos para encará-lo.
— Desculpa mesmo. — Pede mais uma vez.
— Está bom Bronck. — Quieta o acalma.
Trabalham em harmonia, no decorrer do dia Bronck teve mais quatro reuniões. Ela agendou os novos contratos. Benjamins já está na sua nova função e tudo continua bem.
— Vamos Riere? — Benjamins a escolta.
— Já vou Benja. — Estressada vai até à mesa da Carmem.
Como Brian anda muito ocupado com alguns contratos com Bronck e Fernando, Berriere vai lhe oferecer carona. Como Bronck está em reunião não teve como se despedir. Assim que deixam Carmem em casa, Benjamin a leva em segurança até a dela.
— Vamos estabelecer algumas coisas muito importantes Riere, prometi ao Oliver que cuidaria de você com minha vida e o Baby disse que se eu falhar vai me matar. — Explica a seriedade da situação.
— Sim. — Curta o responde.
— Esse colar contém um rastreador, será um segredo nosso. — Explica para ela.
— Para que isso Benja? — Questiona achando exagero.
— Bota essa porra aí Riere. — Ordena lhe entregando o cordão.
— Você não muda né seu grosso de boca suja. —Sorrir forçadamente.
— Acredite que estou piorando com o passar dos anos. — Afirma.
— Estou vendo. Pronto! Satisfeito? — Exclama.
— É um segredo nosso, se eu falhar, te encontrarei. — Tenta expressar que a coisa é bem séria.
— Você não está exagerando? Quem tinha que ser preso já foi. — Compartilha sua opinião.
— E você continua ingênua, a gente não sabe quem é, mas tem alguém por trás e tudo isso é preocupante. — Benjamin deixa claro que ainda não acabou.
— Para Benja, pare com isso. — Assustada brada.
— Ok. Vou conter minha paranoia, mas meu sexto sentido me diz que dará merda. E por Deus, se acontecer algo não hesitarei. — Assustada assente e sai do carro.
Benja vai com ela para dentro de casa.
— Aonde eu dormirei? — Pergunta.
— Aqui embaixo. — Conclui.
Acompanha até o quarto que era da Katharine que está limpo e arrumado para o acomodar. Berriere vai para o dela.
— Que dia tenso, primeiro o Bronck joga na minha cara que devo tomar remédio igual o Kamael. Depois me ignora por horas e por fim me arruma um motorista grosseiro. — Sorrir lembrando do Benja mais novo. — Que saco!
Toma um banho e se deita, cansada logo pega no sono.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: • MEU SOGRO •
Muito bom a história parabéns !! AMEI...