• MEU SOGRO • romance Capítulo 73

"Confiança é um tecido delicado que não aceita remendos."

— R. Fagundes.

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20:00...

"Observo às horas e decido encerrar o dia por hoje como Benjamins está em casa decidi ficar até mais tarde, saio da minha sala encontro Cristophe me esperando. Juntos vamos para casa de lá deixo ele ir com meu carro para a dele, pois, mora longe e está muito tarde para pegar uma condução. Em casa está um silêncio total."

— Como foi puxado o dia e para piorar a Berrie está com raiva, sabe lá do que. — Exausto tranca a casa e sobe para seu quarto.

A encontra dormindo opta por tomar um banho assim que veste seu pijama tranca a porta e se junta a ela na cama.

— Boa noite amor. — Sussurra beijando seus cabelos.

Se virando de frente para ele o abraça.

— Boa noite. — Triste afunda o rosto em seu pescoço.

— O que está te deixando assim meu amor? Conversa comigo, por favor. — Suplica.

— Só tive um dia ruim. — Esclarece.

— Muitas das vezes a liberdade vêm com certas responsabilidades e isso assusta. Olha para mim. — Pede com carinho.

Ela se senta para encará-lo.

— Não sei o que aconteceu, mas se foi culpa minha, preciso saber, quero me retratar, estou péssimo com você me tratando assim. — Sincero alisa seu rosto.

— Não estou bem Bronck, desculpa pelas grosserias. É que infelizmente meu consciente cria comparações. — Seca uma lágrima que cai do seu rosto ela segura sua mão e leva aos lábios.

— Não entendi, o que está ardendo nessa cabecinha linda?

— Você e Kamael, dois pesos e duas medidas totalmente diferentes. Tenho medo de te magoar. — Confessa. — Hoje passei o dia inteiro comparando vocês dois.

— Isso é normal, não vou te julgar por isso, sou um homem maduro não sou de ficar puto por qualquer coisa. Se tiver algo me incomodando vou te informar gostando ou não, afinal de contas somos adultos. Se fiz algo que não gostou me diga, irei me retratar, mas tenha em mente que a sua verdade não é universal. Eu te amo, mas temos opiniões diferentes. Me colocarei no seu lugar sempre, mas se estiver errada falo com você e espero que também seja assim comigo. — Se expressar abertamente.

— Serei, eu prometo. — Lhe dá um sorriso triste.

— Muito obrigado, agora conta o que eu te fiz. — Exige.

— Você não quer ter filhos? — Fica surpreso com a pergunta.

— Hum? — Esse som a fez acreditar que não.

— Já entendi. — Volta a se deitar.

— Olha para mim, pare com isso porra! — Estressado por ser julgado sem ter respondido exige sua atenção. — Você mal sabe se conter com suas paranoias, filho não é boneco. Se você quer um filho teremos, mas você precisa se preparar para isso. O seu corpo está bem, mas a cabeça tá fudida. Veja como se comportou julgou que eu não queria filho e ficou de bico. Seja adulta não só no corpo, mas principalmente nas suas atitudes era só ter falado comigo Berriere.

As atitudes dela o deixou muito chateado, uma coisa tão simples os manteve longe o dia todo.

— Eu sei Bronck. — Chorando tem a certeza que entendeu tudo errado.

— Não, você não sabe. Toma sua injeção pois, estamos em um momento muito difícil e uma criança no meio de tudo isso não seria bom para nenhum de nós. — Relata na tentativa de clarear a mente dela. — Olha tudo à nossa volta tudo que está acontecendo, nesse momento minha preocupação é em te manter bem, entende?

— Você tem razão, mas se eu já estiver? — Fala pensando no fato.

— Papai já ama, mas não será fácil. Afinal de contas, do jeito que tô gozando dentro de você não seria novidade esse filho.

— Sinto muito! Só fiquei triste, me desculpa por tudo que fiz hoje. — O beija para selar as pazes.

— Vamos comer uma pizza? Estou com fome. — Pega o telefone para pedir uma pelo aplicativo. — Qual sabor?

— Portuguesa. — Informa sua preferência.

— Vem, vamos descer e chamar Benjamins. — Se levanta e juntos vão para o primeiro andar.

— Pensei que vocês não se alimentavam. — Sério se expressa.

— É que depois do envenenamento jogarei tudo que tem na cozinha fora. Vamos comer besteiras ou em restaurantes. — Bronck comunica.

Os três concordam com a pizza já que está chovendo e todos estão com roupa de dormir.

— Riere, finalmente achou um cara que realmente gosta de você. — Ela concorda com um sorriso no rosto.

Estão conversando quando a pizza chega Benjamin vai buscá-la. Comem e conversam sobre a empresa como não quer estragar a noite prefere não comentar sobre o passado.

— Como vai a Bell? — Berriere pergunta comendo o pedaço que Bronck estava segurando.

— Vai bem, está trabalhando com o pessoal do Baby desertou a pouco tempo. — Compartilha com ela.

— Mentira! E a Bella? — Interroga.

— Não quero falar sobre isso. — Encerra o assunto.

Respeitando sua decisão muda o foco.

— Diz a verdade para mim, o Oliver? — Tenta sondar sobre seu irmão.

— O que tem meu chefe? — Investiga abocanhando sua pizza antes que Berriere a coma, já que comeu mais que os dois.

— Ele virou um assassino? — Benjamin paralisa tentando entender a pergunta.

— Que porra é essa! — Cai na gargalhada. — Que pergunta é essa Riere?

— Tem uma facilidade muito grande quando fala em matar. — Encolhendo os ombros se explica.

— Oliver é um empresário muito inteligente. — Finaliza sua pizza. — Tem um império e com isso tem inimigos. É igual a você de coração mole, mas devo minha vida a ele. É o meu melhor amigo você sabe disso.

— Só estou preocupada. — Catando um pouco de queijo na caixa enfia na boca. — Quero ele bem. — Esclarece sua preocupação com o irmão.

— Eu sei, mas assim como você ele também é tímido. Criou uma casca para não ser manipulado, o Baby é a mão que aperta o gatilho e eu limpo a sujeira. — Explica sorrindo. — Sentido figurado. — Se retrata. — Oliver é a cabeça, somos ricos, muito ricos, nos ajudou muito na adolescência e desde então segura nossa onda.

Catando algo na caixa ela olha para Bronck que pede outra pizza já que todos ali ainda estão famintos.

— Monspie era seu vizinho esse tempo todo. — Benjamin resolve revelar toda a situação.

— Vizinho? — Incrédula pergunta.

— Quem é esse agora? — Enciumado questiona.

— Dele você pode ter ciúmes. — Rindo comunica. — Morreria por ela e claro que eu também, só que ele tem sentimentos o que nos diferencia.

— Cala a boca. — Berriere ordena deixando algo no ar.

— Quando seu marido ameaçou matar o Oliver, seu irmão arrumou alguém da nossa confiança para te vigiar e foi ele. — Você não sabe, mas é um dos melhores rastreadores do exército americano.

— Meu Deus! Benja esse tempo todo? Já faz dois anos. — Não acredita no que está ouvindo.

— Se as paranoias do Oliver gritam, nós corremos a favor dela ele ligou para o Monspie que estava na China fazendo Deus sabe o que, em vinte quatro horas já estava na Suíça bolando um plano para se infiltrar e nos manter informados de tudo.

— Já disse para a Berrie, confiar no seu sexto sentido. — Bronck relembra do fato.

— Falo muito palavrão, sou grosso, ignorante, falo alto, mas sou um cara de confiança. Se estou aqui é porque sou o melhor para te proteger. Gostaria que você entendesse a seriedade das coisas. — Benja adverte mais uma vez.

— Querida ele tem razão. — Aprecia o que acabou de ouvir.

— Darei o meu melhor. — Berriere garante.

— Muito obrigado. — Os dois falam uníssono.

A segunda pizza chega eles comem e vão se deitar. No quarto Bronck fica agoniado com a conversa e o nome Monspie vagando sua mente.

— Quem é Monspie? — Pergunta de uma vez.

— Uma paixãozinha de infância. — Brinca com ele.

— Devo me preocupar? — Contesta.

— Não. Vem, vamos dormir.

— Hum! Sou ciumento. — Declara.

— Vem, quero dormir agarrada em você. — O puxa para se deitar. — Confia em mim ele não é uma ameaça.

— Confio em você. — Afirma a puxando para seus braços.

— Também confio em você. — Rebate beijando seus lábios.

— Vamos ao médico amanhã pela manhã, mudei o jantar para almoço na casa do Benett. — Compartilha a mudança de planos. — Se estiver grávida vamos nos preparar.

— Ok. — Concorda meio receosa.

— Assim que tudo isso acabar podemos ter um filho ou dois. Já temos o Kauã, não ficará tão puxado. — Beijando seus cabelos conta seus planos.

— Sério? — Animada o questiona. — Dois!

— Muito sério! — Confirma.

— Obrigada. — Agradece.

— Temos que resolver o problema do seu casamento com o Kamael, não sabemos até onde vai toda essa mentira. — Já que está falando do futuro toca no assunto.

— Está me pedindo em casamento? — Sorridente o encara.

— Ainda não. — Sem graça responde.

— Tá bom. — Sabe que sim, mas decide não tocar mais no assunto.

Se abraçam e ficam quietos compartilhando carinho.

"Não sei como tive a sorte de encontrar um homem que me entende melhor que eu mesma."

Cansados ambos se entregam ao sono.

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