"A única coisa que devemos temer é o próprio medo."
— Autor desconhecido
Minutos antes...
Após todo o estresse entre Bronck e Bartra o ver sacar uma ama e acredita que ali seria seu fim. No fundo, se sente abençoado por viver um amor verdadeiro. Puxa o ar com o máximo de vontade e força que consegue.
— Te amo Bronck... vai, eu não me importo de morrer. — Tenta empurrá-lo.
— Para de palhaçada Bronck, ela é a viúva do seu filho. Deixe-me matá-la. Ele está morto por causa dessa filha da puta nojenta... hum! Agora você irmão, vou te deixar vivo... — um sorriso se espalha em seu rosto.
— Não vou perder mais ninguém... ela encontrará outro amor eu já tive a sorte de ter dois amores verdadeiros.
"Sinto a mão dele me segurar firme em seguida meu corpo voando com o empurrão que Bronck me deu. Estou tentando organizar meus pensamentos quando escuto um estouro muito grande que invade minha mente sinto meus ouvidos zunindo é tudo tão rápido tento chamar sua atenção, mas ele parece em choque. Olho para seu peito que tem uma mancha avermelhada começando a ficar cada vez maior me levanto com dificuldade e vou para junto do seu corpo. Bartra aponta a arma para mim no fundo eu só queria que me matasse também... viver sem Bronck não faz o menor sentido. O abraço e outro estalo dessa vez bem mais alto e rompe o silêncio."
Mais três tiros foram disparados. Berriere o aperta ainda mais em seus braços.
"Pensei que poderíamos ser felizes e olha eu aqui mais uma vez vendo a felicidade escapar por meus dedos."
— O que foi isso porra?! — Vozes alcançam seus ouvidos.
— Ele está morto Bell? — Oliver pergunta.
— Está sim, o primeiro foi na cabeça os outros foi por atirar no bonitão.
Em choque Berriere só escuta as vozes, mas não se mexe até sentir uma mão a segurando.
— Olha para mim Riere anda, vamos levá-lo para o hospital. — Encara Izabell e não a reconhece de imediato. — Solta ele porra... vamos!
— Leva ela Monspie. — Benjamin ordena.
Outro disparo assusta a todos que olham para Baby.
— O quê? Ele mereceu. — Encolhendo o ombro dispara outro. — Tá! Tá! É o último, vamos embora daqui!
Monspie a segura e Benjamin carrega o Bronck.
— Não... me deixe morrer aqui não quero viver sem ele.
— Cala a boca... só precisa de um médico se ficar nessa loucura vai realmente morrer. — Izabell alerta vendo Benjamin partir com ele porta afora.
No carro Monspie vai com ela sentada em seu colo, Benja entra com Bronck atrás e Bell senta no banco do motorista saindo às pressas.
— A bala atravessou ainda bem. — Benjamin fala.
No carro do Bartra, Baby e Oliver seguem a SUV.
— Para que vim para Seattle com ele se eu tivesse ficado... estaria vivo. — Chorando Berriere se lamenta.
— Ele está vivo Riere! — Monspie a aperta com carinho. — Ele ficará bem, vai por mim, já levei vários tiros e sei que quando a bala atravessa é melhor do que ficar alojada.
Todos no carro concordam. Benja e Bell também já foram baleados. A 120 km por hora Bell faz o trajeto em menos tempo. Berriere ficou calada a viagem inteira.
"Ela realmente ama esse velho! É melhor eu seguir minha vida com minha Samir."
Monspie decide que irá seguir seu caminho. Sabendo que nunca teria o amor de Berriere.
Chegando ao hospital Bronck é levado às pressas para o centro cirúrgico.
— Riere! — Oliver vai até ela.
— Oi! Eu... — lhe abraça forte.
Todos se juntam a ela para ampará-la e dar palavras de conforto.
— Ele foi levado para a sala de cirurgia agora é só aguardar. — Benjamin fala ao celular.
Percebendo que está toda suja de sangue Izabell segura em sua mão.
— Vem comigo Riere. — Às duas vão atrás de um banheiro.
Assim que se afasta Oliver é tomado por seu medo reprimido.
— Porra! Seria ela no lugar dele como a gente foi estúpido, podíamos ter entrado e metido uma bala na cabeça do Bartra. — Segurando a cabeça confessa.
— Ele está morto Oli e ela está viva! O Bronck sairá dessa não surta! Olha pra mim chefe ainda temos que ver um jeito de tirar a Mira da merda que você fez. — Benjamin descreve que os problemas dele ainda não terminaram.
— Que merda? — Curioso Monspie tenta sondar.
— Depois conversamos sobre isso. — Baby o silencia.
Ficam conversando sobre seus problemas na Suíça tentando encontrar uma solução para tudo.
(...)
No banheiro limpa os braços e as mãos de Berriere, tira seu casaco para tentar cobrir as roupas sujas.
— Olha para mim. — Com os olhos vermelhos encara a amiga de infância. — Ele sairá dessa Riere e vai ficar tudo bem. — Afirma para tranquilizá-la.
— Por que cometi a burrada de me apaixonar por ele? Um homem que nunca vi igual. Grosso no início, mas depois... — fechas os olhos. — Não deveria ter vindo... agora ele pode morrer.
— A vida tem seu jeitinho de nos levar à beira do penhasco. Não pula, seja forte! Ele vai sair dessa. — Outra vez tenta lhe passar confiança.
— Eu não deveria ter vindo com ele pra Seattle Bell. — Se lamenta pensando que poderia ser diferente.
— Não sou uma mulher com muita paciência. Você não quer seu homem? — Pergunta na tentativa de dar esperança que tudo ficará bem.
— Quero... muito! — Volta a chorar.
— Então, vamos manter a calma e pensar coisas positivas. Olha para o espelho... você está péssima! — Rude a ofende sem pensar o que realmente ela está sentindo.
— Você quer que eu tenha calma? Quase fui estuprada e morta, aí o homem da minha vida leva um tiro por mim... ME DESCULPA SE NÃO SOU IGUAL A VOCÊ! — Alterada explica o porquê de estar em negação. — Essa sou eu! Consegue entender? Se não, vou te explicar, sou fodida emocionalmente, minha vida é assim, não sou como você que deixa as emoções de lado. Não sei ser assim! — Olha para ela estressada. — Se ponha no meu lugar, quase fui morta, como ter esperança, me fala? Na teoria é uma coisa... na prática é outra bem diferente.
Se afastando de Bell se encolhe no canto, respira fundo, enquanto lembra do passado.
— Na infância vi meu pai e minha mãe brigaram por dinheiro, meu pai e meu tio brigando pelo mesmo motivo. Sair do meu lar, larguei vocês, pois, eu morreria... estava depressiva e a vontade de morrer me perseguia. — Confessa um segredo que manteve com seu pai. — Vocês viveram naquele inferno e se adaptaram, estão acostumados. Talvez se eu tivesse ficado, seria como você ou já estaria morta. — Não sou oca ou sem sentimentos como vocês. Ver uma pessoa morrer e ignorar... você criou essa casca e tá pouco se fodendo para minha dor. Quer que eu olhe para o espelho? Estou me vendo sendo consumida por toda essa situação. Me deixa em paz! — Finaliza o assunto.
— Me desculpa Riere, é como você falou a gente se adaptou a viver no inferno. Isso não significa que somos sem alma e lá no fundo você sabe disso. Quem escolheu ficar sozinha e abandonar a família não fomos nós... você fugiu e não sabe nada do que vivemos na semana seguinte após sua partida... — um sorriso triste aparece no rosto da Bell. — O lixo do seu pai largou a bomba e fugiu te levando junto, te manipulou e te deixou assim fraca. — Tensa aponta para ela. — Você é uma Williams!
— Eu... — Bell a interrompe.
— Se quer saber o que passamos, acha mesmo que é fácil abandonar nossas emoções para não surtar? Você é forte só não teve tempo de aflorar sua confiança... — se contém para não jogar todo o passado em cima dela, já que tem em mente que esse não é o momento certo.
— Eu só quero sentir minha dor, posso? — Chorando a questiona.
— Vou te deixar em paz, nosso passado não vem ao caso nesse momento. Quero que realmente você entenda. Você não está sozinha! — Bell declara e se junta a ela.
— Obrigada! Eu só quero ficar sozinha. — Agradece e pede privacidade.
— Isso será impossível! — Responde deixando claro que não vai sair dali.
— Quer fica ok... só cala a boca. — Com a cabeça concorda.
"Nem sofrer em paz posso, só quero meu Bronck de volta. Só isso."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: • MEU SOGRO •
Muito bom a história parabéns !! AMEI...