"Você não pode morrer pela pessoa que ama. Precisa estar vivo para protegê-la, sempre!"
— Autor desconhecido
Após a viagem em silêncio chegam na antiga residência do Bronck hoje coberto por árvores e um mato alto que escondia a casa dos olhares curiosos.
— Ele está aqui? — Oliver pergunta.
Assim que passam por um muro de árvores Bronck tem certeza.
— Olha o carro dele ali. — Aponta para o próprio.
— Iza, pare aqui. — Benjamin ordena. — O lugar não é bom para você né?
— Não. — Afirma estacionando o carro. — Você consegue ver ele daqui? Porque não vejo nada a não ser uma casa velha.
Sai do carro e vai até o porta malas pegar seu brinquedo.
— Você não muda Bell! Porra! Segura aí sua grosseria. — Nervoso Oli a repreende.
— Como vamos fazer? Não precisava de tanta gente para que ele veio? — Monspie questiona aos amigos apontando para Bronck que o ignora totalmente.
— Alguém vai até lá precisamos saber como está a situação. — Benjamin estabelece o plano. — Monspie... estou começando achar que você é um peso morto, se ficar embaçando a operação vai se ver comigo. No momento seus ciúmes platônicos não nos servem de nada. — Vai até ele e segura em sua camisa. — Está me ouvindo Mons?
— Vou até lá conheço a casa. — Bronck informa impaciente. — Ela é tudo que tenho se vocês não começarem a agir vou sozinho. Não sou irmão assassino ou sei lá os poderes especiais que vocês têm. Vou e ponto! A casa está lá e só ir. — Finaliza e sai andando em direção a própria.
— Ouviu o homem né... vamos bonitão! — Izabell o segue toda animada.
— Bronck acho lindo seu amor e essa sua coragem, mas seu irmão matou um cara. — Oliver fala ganhando a atenção de todos.
Bronck e Izabell param e olham para ele.
— Bronck ele é seu irmão então, entre e o distraia e Bell fará o resto. — Benjamin lhe explica o plano.
Eles concordam e sem hesitar voltam a caminhar em direção a casa no trajeto Bell puxa assunto.
— E aí bonitão... gosta mesmo da Riere?
— Como devo te chamar menina? Uns te chamam por Iza outros de Bell... como devo me referir a você? — Investiga já que ela deve ter uma preferência e não quer ser abusado.
— Me chamo Izabell, mas pode me chamar de amor se quiser. — Rindo brinca com ele que a ignora.
— Você é a namorada do Benja? — Já que viu que eles têm mais intimidade.
— Que nojo, ele é meu irmão... sou solteira. — Pisca para ele que a olha mortificado.
— Ok. Sou comprometido com aquela mulher lá dentro que é o amor da minha vida e tem minha lealdade hoje, amanhã e sempre. — Deixa claro que não gostou das brincadeiras.
Próximo à casa ela explica.
— Desculpa o humor negro... só vim porque ouvi boatos na Suíça que era Riere para mim, família vem em primeiro lugar. Sem ninguém saber peguei um avião há dois dias e desde então estou só esperando o Oliver me ligar,
— Se ninguém sabia como ele te ligou? — Sussurra na frente da casa.
— Ele deixou que eu soubesse, sabia que viria. — Explica destravando sua arma. — Seu irmão é um cara morto. — Sorrindo o alerta de seu plano contra o Bartra.
— Só tem uma coisa que eu não entendo... ela se sentia sozinha e tem todos vocês. — Curioso comenta.
— Quando foi embora ainda éramos crianças. Eu tinha 11 anos, Benja 13 e a Riere estava na adolescência. Ela não viu o que aconteceu conosco, houve mudanças muito grandes em nossas vidas e hoje não somos mais inocentes como antes. — Triste explica. — Ela e o Oliver tem o mesmo temperamento tem o coração muito bom e como são da família, quando um dos nossos precisa, nos unimos para ajudá-los não importa o que teremos que fazer. — Ele assente.
— Vem por aqui e muito obrigado por me ajudar. Eu a amo. — Caminhando para a lateral da casa confessa.
— A gente sabe. — Calma. Lhe dá um sorriso sincero.
Bronck não entendia como todos ali mesmo nervosos ainda estão mais calmos que ele. Assim que chegam próximo ao carro avistam a luz da garagem acesa.
— Aqui dá para você ter uma boa visão? — Pergunta.
— Perfeito! Só não fica na reta a potência da minha arma vai furar ele e estourar você. — Explica já que sua arma é uma Barrett M98B.
— Se meu cachorro estivesse aqui. — Se lamenta pensando na hipótese. — Esse velho estava fodido.
Bronck a olha pasmo... e o escuta falando como arquitetou para matar seu filho e isso fez seu coração acelerar. As lembranças dessa velha casa o atormentam.
"Quantas memórias ruins têm essa mansão e agora estamos aqui novamente."
Sem esperar a liberação deixa Izabell para trás e invade a garagem no momento em que Bartra está sobre Berriere.
— Eu sabia que você estava aqui. — Vai a toda velocidade para cima dele.
— Bronck me ajuda tira ele de cima de mim. — Implora entre o choro.
— O que você estava pensando em fazer porra? — Cheio de raiva o puxa para trás.
— Fiquei curioso para saber o porquê de vocês estarem tão apaixonados por essa mulher, primeiro o Kamael e agora você... hum! Essa boceta deve ser viciante.
Tomado pela fúria começa uma luta com seu irmão onde dificulta a mira de Izabell que está sozinha do lado de fora.
— Merda! O que aconteceu? Sai daí porra eu não posso acertar você. — Balbucia com a mira da arma apontada para os dois. — Preciso aguardar a melhor hora ou posso machucar o bonitão.
(...)
— Não encoste na minha mulher! — Após vários socos Bartra cai saindo totalmente da mira deixando Izabell estressada.
Ajuda a levantar do chão e segura sua mão, pronto para sair dali e esquecer definitivamente que tem um irmão. A beija os lábios com carinho.
— Vamos sair logo deste lugar amor. — Se vira dando de cara com uma arma apontada para Berriere.
— Você não fará isso! Sabe o quanto ela é importante pra mim Bartra, não vá fazer besteira. — Usa o pouco de sanidade que ainda tem. — Vai embora, esquecerei totalmente de você.
— Te odeio! — Confessa para o irmão caçula. — Essa putinha vai morrer hoje. Tudo deu errado por causa dela. — Engatilha a arma deixando os dois em alerta.
— Não faça isso, por favor. — Bronck implora. — Ela é tudo que tenho de mais importante.
Izabell pensa em invadir o lugar, mas está preocupada de ser anunciada já que a porta está entreaberta e de onde vinha a voz não teria como atirar com precisão.
— Te amo Bronck... vai, eu não me importo de morrer. — Tenta empurrá-lo.
— Para de palhaçada Bronck, ela é a viúva do seu filho. Deixe-me matá-la. Ele está morto por causa dessa filha da puta nojenta. Agora você irmão, vou te deixar vivo... — um sorriso se espalha em seu rosto.
— Não perderei mais ninguém... ela encontrará outro amor eu já tive a sorte de ter dois amores verdadeiros.
Percebendo que iria atirar, com força a jogou longe. O som corta o vento deixando zumbidos em seu ouvido. Sem entender, não sabe ao certo se teve tempo de protegê-la.
— Bronck! — Um grito desesperador de Berriere ganha sua atenção.
Sente seu corpo fraquejar. Outro tiro ecoa dessa vez mais alto. A escuridão o abraça.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: • MEU SOGRO •
Muito bom a história parabéns !! AMEI...