Minha Amada Ômega romance Capítulo 16

ZEDKIEL

As horas se passaram e a noite caiu, só então me senti o suficientemente no controle para voltar ao palácio. Matar Odette não foi inteligente... Eu deveria ter matado aquela desgraçada... Meu relacionamento com Alcazer já estava tendo, imagino que isso tenha piorado as coisas.

Quando voltei para meu quarto, a pequena Ômega estava encolhida no canto, os braços em volta de si mesma, o rosto coberto de lágrimas secas e ela dormia profundamente. Como os outros, ela também me temia... Talvez eu devesse matá-la também... Por que eu a estava mantendo comigo?

Ela nem era ideal para aquecer minha cama... incompetente e inútil.

Então afastei-me, peguei algumas roupas e fui tomar banho, afinal, meu pai convocou a minha presença na reunião de família. Engraçado como ele estava com medo de fazer qualquer coisa comigo.

Tolo.

Tomei banho e me troquei rapidamente, então dei uma última olhada na mulher no chão.

Patético.

Saí do meu quarto e fui para o escritório do meu pai. As poucas pessoas que passaram por mim nos corredores, empalideciam ao me ver, era óbvio que a notícia sobre a morte de Odette já se espalhara. Chegando ao escritório do Alfa Supremo, abri a porta, fazendo-a bater na parede com força.

Estavam todos ali, todos os meus seis irmãos. Alcazer estava sentado com Chasyn de pé atrás dele, com a mão no ombro do homem claramente perturbado. Todos se viraram para mim quando entrei, mas não me importei em olhar para o homem parado atrás da mesa.

"Zedkiel, sente-se." Papai disse sério.

"Hm." Eu respondi quando Alcazer olhou para mim, sem deixar de notar o modo como Chasyn o segurava.

Inteligente.

Eu tinha certeza de que ele não queria se juntar a sua companheira, pois se ele me tocasse, não me importaria em estraçalhá-lo em pedaços também.

"O que ocorreu hoje, nunca deveria ter acontecido." Papai disse, sua voz era tensa e grave enquanto ele me encarava com seriedade. Eu quase sorri, pois havia capturar o brilho de medo em seus olhos.

Este era o nosso Alfa dos Alfas.

"Não, não deveria, e exijo justiça, pai!" Alcazer gritou.

Com isso, arqueei uma sobrancelha. "Sua mulher ousou me desobedecer, eu já há dito para ela se afastar." Eu rosnei e meus olhos já estavam vermelhos flamejantes.

"Basta." A voz tensa de meu pai trovejou e ele soltou um suspiro pesado. "Zedkiel, o que aconteceu para você ataca sua própria cunhada..."

"Atacar, pai? Ele a assassinou!" Ragnar bradou, interrompendo-o, ao bater o punho contra a parede.

Apesar da sala estar cheia de Alfas, nenhuma de suas auras me incomodava, mesmo se todas elas se somassem, eu acabaria com todos.

"Não tenho que explicar nada, tenho certeza de que aquela cadela, que infelizmente ainda está viva, já contou a versão dela." Eu zombei e coloquei meus pés na mesa de meu pai.

"Ela nos contou que a sua prostituta Ômega..." Meus olhos faiscaram e em milésimo de segundo, eu estava na frente de Alcazer, mas os gêmeos me bloquearam.

"Calma, Zedkiel." Drystan interveio com espírito apaziguador. "Alcazer, sempre há mais de uma versão da história."

"Essa mulher não vai mais entrar neste castelo, senão vou matá-la." Eu rosnei sentando-me novamente.

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